quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Filhos e Amigos de Xapuri

Julinho e Rubinho

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O sufixo diminutivo comum ao primeiro nome de Júlio Dias Figueiredo Filho e Rubens Menezes de Santana não fala pela grandeza que as duas figuras tiveram com uma bola nos pés e também nas mãos. Julinho e Rubinho foram dois dos maiores jogadores da história do futebol xapuriense. O primeiro foi um dos grandes atacantes do Acre na década de 1980 e o segundo um dos maiores goleiros que o esporte bretão produziu em Xapuri, cidade que já teve o melhor futebol de todo o Estado.

Alerto que o “já teve” acima não pertence àquele mantra saudosista da “terra do já teve”, que uma vez ou outra entra em discussão aqui no blog. É fato negado por poucos que a bola que os filhos da princesa jogavam naqueles tempos realmente era de encher os olhos. O próprio futebol como instituição, conduzido pela velha LXD, possuía, com seus times tradicionalíssimos, uma dimensão que se perdeu no tempo e hoje resiste apenas nos registros fotográficos da época.

Julinho começou no futebol atuando como goleiro no Vasco da Gama, time do saudoso dirigente Francisco Evangelista de Abreu, falecido este ano. Jogou também no Brasília, mas foi no América que se destacou como goleador nato, alavancando uma fama que o levou ao Vasco da Gama da capital acreana, Independência, Atlético Acreano e Juventus de Esmeralda, no Equador. Ao voltar para o Brasil, foi estudar em Adamantina (SP), cidade pela qual disputou 3 campeonatos brasileiros de futsal.

Já o goleiro Rubinho defendeu apenas o Brasília e a seleção xapuriense. Não saiu de Xapuri para jogar em Rio Branco por pura opção, pois convites não faltaram. Mas, mesmo não tendo andado tanto quanto Julinho, se tornou um dos nomes mais importantes do nosso futebol. Quando deixou Xapuri foi para se dedicar a outra coisa que sabia fazer como ninguém: ensinar. Hoje professor aposentado da Universidade Federal do Acre, voltou a se dedicar à cidade natal.

Rubinho preside atualmente a Associação dos Filhos e Amigos de Xapuri, uma entidade plural e suprapartidária que se ocupa de debater democraticamente os mais variados assuntos relacionados com a história e a vida social e política do município, sugerindo alternativas para o enfrentamento dos problemas locais e se propondo a ser parceira e interlocutora da sociedade xapuriense diante das instâncias e órgãos oficiais constituídos.

Julinho e outros bons xapurienses fazem parte do grupo liderado por Rubinho. Cliquei os dois senhores durante a exposição Xapuri fotografada: muitas histórias, muitas memórias, que foi apresentada em Xapuri na primeira semana de agosto em homenagem aos 110 anos da Revolução Acreana. Fora da foto estão a Simone Daniel e Milena Barros, outras duas participantes do movimento em favor da valorização das coisas de Xapuri.

A exposição Xapuri fotografada: muitas histórias, muitas memórias foi apresentada em várias escolas da cidade, na praça Getúlio Vargas e no Museu Casa Branca, entre outros, no período de 6 a 10 de agosto deste ano. Promovida pela associação e organizada pelo historiador Sérgio Roberto Gomes de Souza com o apoio da professor a Raimunda Euri Figueiredo, a mostra fotográfica resgata vários momentos do cotidiano xapuriense entre os anos de 1910 e 1950.

Como vocês podem ver numa postagem ligeiramente anterior a esta, no feriado da Independência do Brasil, no próximo dia 7 de setembro, às 9 horas, no restaurante Açaí, na Pousada Chapurys, será realizada uma Assembleia Geral Extraordinária do grupo com o objetivo avaliar a exposição fotográfica realizada neste mês de agosto e discutir a elaboração do Plano de Trabalho da Associação Filhos e Amigos de Xapuri.

E a propósito do futebol que Rubinho e Julinho jogaram no passado, a ideia de uma nova exposição, desta vez sobre o esporte xapuriense, já está se desenhando. Uma novidade que poderá ser colocada em prática nesta nova realização é o convite à participação da comunidade xapuriense, que poderá contribuir de maneira direta com esse resgate oferecendo ao acervo cópias dos registros fotográficos sobre a história do nosso futebol e seus personagens que por ventura possuam em seus álbuns de família.

Um comentário:

Sued disse...

Caro Raimari parabéns pela homenagem a esse personagem chamado RUBINHO,eu era adolescente na epoca que o Rubiho era goleiro em XAPURI,sinceramente nunca ví em todo o BRASIL um goleiro que nem Rubinho,o cara era um Gênio,infelizmente naquela epoca, não tinha quem levasse o historico ou video do jogador como hoje,mais se tivesse Xapuri seria o responssael por formar a seleção Brasileira com tantos talentos,posso cítar alguns nomes pra quem não conheceu,GOLEIROS: LILÍU E RUBIHNO,ZAGUEIROS:ZECA DA PERCÍLIA E CURÍCA,E NO ATAQUE: PIRRUxINHA E CARDOZINHO,AINDA TINHA O MIRIM E PIPIÚNA,ESSES CARAS FAZEM A GENTE LEMBRAR DOS BONS MOMENTOS DE UM FUTEBOL REFINADO, DIFERENTE DO FUTEBOL DE HOJE, QUE FAZ AGENTE TER VERGONHA DESSA PORCARÍA QUE CHAMAM DE SELEÇÃO BRASILEIRA....