quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Xapuri e Epitaciolândia disputam Cachoeira

A comunidade do seringal Cachoeira decide nesta quarta-feira, através do voto, se quer pertencer a Epitaciolândia ou permanecer em Xapuri.

A consulta popular realizada pela Comissão dos Limites Geográficos e Territoriais do Alto Acre acontece desde as nove horas da manhã na comunidade Chora Menino, no seringal Cachoeira.

O Condiac, Consórcio Intermunicipal do Alto Acre e Capixaba, está auxiliando os municipios na elaboração de mapas dos limites municipais na Regional Alto Acre desde 2002.

De acordo com o geólogo do Condiac, Pável Jezek, com a nova reforma dos limites no Acre, algumas comunidades atendidas por um municipio passaram a ser atendidas por outro território.

Para o relator da Comissão dos Limites Geográficos e Territoriais do Alto Acre, representante de Xapuri, Joscires Ângelo, a postura do municipio de Xapuri é responsável e respeita o direito dos moradores. O Cachoeira é atendido por Xapuri desde sua criação e foi palco de grandes empates ambientais no municipio.

Na década de oitenta a comunidade do seringal Cachoeira decidiu através de audiência pública que pertenceria a Xapuri. A decisão foi levada à justiça. Depois da reforma territorial uma nova discussão se tornou necessária. Para Nilson Mendes, morador da comunidade, o plebiscito não seria mais necessário.

Residem na comunidade cerca de 120 familias, destas existem as que querem pertencer a Epitaciolãndia e as que querem permanecer em Xapuri. Há a previsão de que o debate não termine nesta quarta feira

terça-feira, 30 de outubro de 2007

José

Carlos Drummond de Andrade

E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?

Está sem mulher,
está sem carinho,
está sem discurso,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?

E agora, José?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio - e agora?

Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?

Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse...
Mas você não morre,
você é duro, José!

Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja a galope,
você marcha, José!
José, para onde?

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Patrimônio histórico do Brasil

Edmilson Ferreira
O Conselho Consultivo do Instituto de Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan) avalia em dezembro próximo o tombamento da Casa de Chico Mendes, em Xapuri, como patrimônio histórico do Brasil.
Parceria entre o escritório regional do Iphan e a Fundação Elias Mansour (FEM) conduz o projeto Referências Culturais de Xapuri que faz um inventário do patrimônio material e imaterial em quatro regiões: Seringal Cachoeira, Centro Histórico da Cidade de Xapuri, Bairro da Sibéria e parte da Reserva Extrativista Chico Mendes, elementos ligados ao tombamento da casa.

No dia 5 de setembro do ano passado, a casa localizada no número 492 da rua Dr. Batista de Morais, no Centro de Xapuri, onde o ambientalista Chico Mendes viveu parte de sua vida, foi tombada como patrimônio histórico do Estado através do decreto governamental 15.025.

Às 18h45 de 22 de dezembro de 1988, Chico Mendes foi assassinado nessa casa. O local virou atração turística e já recebeu milhares de visitantes.

Geoglifos, patrimônio da humanidade – O Iphan acompanha o início de um movimento para transformar os geoglifos do Acre em patrimônio da humanidade. A primeira etapa é tombar esses sítios arqueológicos patrimônio do Acre e, em seguida, do Brasil.

A preservação dos geoglifos é objetivo do Governo. O Instituto da Diversidade Social e Ambiental do Acre, a Biblioteca da Floresta Marina Silva, a Fundação de Tecnologia do Acre e a FEM mantém ações de apoio às pesquisas. O próximo livro sobre o tema, escrito por Alceu Ranzi, Denise Schaan e Martti Pärssinen, será publicado com apoio dessas instituições. O lançamento está previsto para novembro próximo.

Anônimo

A verdade precisa ser recolocada. O valor da emenda individual que o Senador Geraldo Mesquita alocou para a prefeitura de Xapuri junto ao OGU foi mesmo de R$250.000,000 e não de R$230.000,00. Se ele comprou a Retro por R$159.000,00 sobraram 91.000,00 e não R$70.000,00. Me desculpem, mas precisava fazer esse esclarecimento. Por fim faço uma pergunta. E O RESTANTE DAS ATIVIDADES MENCIONADAS COMO A SEREM DESENVOLVIDAS NO MUNICIPIO UTILIZANDO ESSA VERBA? É corrupção que não acaba mais..... Espero que a Controladoria Geral da União faça essa pergunta ao Prefeito do nosso municipio. Além de tantas outras que sei que vão perguntar.

  • Mensagem deixada por um anônimo na postagem "Casa de Mãe Joana".

domingo, 28 de outubro de 2007

Fim de semana na floresta

Neste final de semana fugi da gente carrancuda da cidade e parti para a região dos seringais Cachoeira e Equador. Almocei com o meu amigo Miguel Mendes, na colocação Ressaca. Lá, fomos recepcionados (eu e o Dito Perdigão) pela Dona Nêga, esposa de Miguel, uma cozinheira de mão cheia.

Aliás, de ressaca a colocação do Miguel Mendes (primo legítimo de Chico Mendes) só tem mesmo o nome. É um lugar de gente feliz, alegre por natureza, que vive sorrindo com o tempo. Na casa, todo mundo toca instrumentos musicais. Miguel tinha um conjunto, formado por ele e pelos filhos, mas vendeu os instrumentos recentemente. Arrependido planeja comprar outra sanfona e recomeçar o grupo.
Na colocação Fazendinha, seringal Cachoeira, acompanhamos a entrega de equipamentos, feita pela Seaprof, aos manejadores da Associação do Projeto Agroextrativista Chico Mendes. A entrega foi feita pelo diretor de assistência técnica da instituição, Francisco Ubiracy Machado de Vasconcelos.
A associação realizou eleição no sábado para a presidência. Sai Nílson Mendes, depois de três mandatos, e entra Raimundo Monteiro, antiga liderança na região.
Passamos também pela Pousada Ecológica, que já está pronta e aguarda ser inaugurada. Falta apenas a revitalização do lago que fica ao lado da pousada e que será mais um atrativo para os turistas que poderão passear de barco pelas suas águas.
Lá encontramos uma excursão de alunos da Escola Brasil-Bolívia, de Brasiléia. A pousada será administrada por uma empresa particular, a ser licitada pelo governo, mas a comunidade do seringal Cachoeira terá participação direta na sua administração.
Trinta moradores da comunidade foram capacitados pela Setur para trabalhar na pousada. Os produtores da região também fornecerão parte de sua produção de alimentos para a pousada.
Enfim, foi um final de semana de "trabalho desestressante".

A vez da Estrada do Café

A Estrada do Café, uma rodovia estadual que liga Xapuri à BR-317, começará ser recuperada pelo governo nesta semana.

Auricélio Azevedo*

Mais conhecida como Estrada do Café, a Estrada Variante, é uma senhora de quase 30 anos que corta um dos mais antigos projetos de assentamentos do INCRA, o loteamento Aquidabam, um pedaço de terra de mais de 7.500 hectares, que pertencia ao Estado.

A região foi repassada para o Instituto de Colonização e Reforma Agrária em 23 de Outubro de 1974 pelo então governador Francisco Wanderley Dantas, através do decreto nº 554 de 23/10/74.

A estrada dá acesso a diversas comunidades rurais de Xapuri, além de ligar a cidade à BR 317, com aproximadamente 18 km. É na variante que está localizado também um dos projetos do governo Jorge Viana, o Pólo Agroflorestal da Variante, um projeto que destinou um pedaço de terra para famílias que viviam na periferia da cidade, invertendo assim o êxodo rural.

É pela variante que os produtores de duas comunidades escoam seus produtores, uma delas é a comunidade Morro Branco; a outra é a comunidade Ribeiracre, que também é usada como corredor para os extrativista da Resex Chico Mendes, que saem dos seringais Albrácia e Palmari.

Segundo informações do Gerente da Seaprof em Xapuri, Nilberto Menezes, na próxima semana o Deracre estará fazendo a recuperação dos pontos críticos e construção dos bueiros e pontes existentes na rodovia estadual.

As informações são animadoras, pois as obras podem trazer de volta à vida uma finada que há muito tempo está esquecida. E pensar que um dia até linha de ônibus circulou por essa estrada.Vamos esperar pra ver o resultado, como o Nilberto Menezes gosta de citar que não é político pra prometer as coisas, é confiando nele que acredito que é dessa vez que a variante desencalha.

*Presidente da Associação de Produtores Ribeiracre.

sábado, 27 de outubro de 2007

Dos Siderais a H. Welem

O músico xapuriense Antônio Cosmo Rocha, o Magão, como é carinhosamente chamado por seus conterrâneos, é autor de um projeto cultural formidável. "Resgate Cultural: Dos Siderais a H. Welem" conta a história da música xapuriense tocada pelos grandes conjuntos musicais formados a partir da década de 60.

Amante inveterado da música, Magão vive em função dessa arte. É funcionário público municipal, contratado como músico da Banda de Música Dona Júlia Gonçalves Passarinho, um dos maiores patrimônios culturais do municipio, da qual é o atual coordenador. Já coordenou também a fanfarra-mirim Criança Esperança, projeto social apoiado pelo Ministério Público, mas que foi deixado de lado pelos atuais governantes.

O projeto de Magão foi aprovado e diplomado recentemente pela Fundação Elias Mansour, através da Lei de Incentivo à Cultura. Consiste em um baile que vai reunir todos os músicos que fizeram e fazem parte da rica musicalidade xapuriense.

Será produzido também um folder contendo o histórico da trajetória dos grupos musicais da nossa cidade. Dos Siderais a H. Welem, Antônio Magão descreve todos os momentos da trajetória desses conjuntos com riqueza de detalhes sobre momentos que com o passar do tempo foram ficando esquecidos pela população, mas que continuam muito vivos na lembrança de quem fez parte dessa bonita e importante história.

Magão relata que tudo começou com a Bandinha do Ginásio, da escola Anthero Soares Bezerra, composta por grandes baluartes da sociedade xapuriense como Zequinha do Correio, Tatu (Nem), e os saudosos Válter Nicácio e Manuel Ramos. A bandinha animava, com instrumentos rústicos, as festas da escola e outros eventos da cidade. Mas os músicos acalentavam o sonho de alçar vôos mais longos. Adquirir instrumentos modernos se tornou necessidade vital.

Com o apoio da grande educadora Raimunda Euri Gomes Figueiredo, então diretora da escola, a Bandinha do Ginásio foi equipada com instrumentos que ainda nem existiam por aqui. Magão conta, entre risos, que muitas cordas de guitarras e baixos, trazidos de Manaus, foram quebradas pelos músicos antes que qualquer resultado prático fosse efetivamente concretizado.

Foi a partir da Bandinha do Ginásio que nasceu o conjunto Os Siderais, precursor de uma série de outras bandas que animaram o povo xapuriense e marcaram época eternizando os grandes bailes sociais e carnavalescos que ainda vivem na memória de amantes da arte e da cultura desta histórica cidade acreana, como o próprio Magão.

As histórias guardadas como relíquias na memória de Antônio Magão certamente renderiam um livro de muitas páginas. O projeto envolve quase quarenta músicos, pessoas que já não estão mais em Xapuri e outras que não estão mais nesse plano espiritual, mas que serão lembrados no grande evento que deve acontecer em dezembro deste ano.

Antes de qualquer coisa, o baile do projeto de Magão será um grande e raro momento de confraternização entre essas figuras inesquecíveis que não vou citar aqui por nomes para não cometer o pecado de omitir alguns. Mas faço questão de dar destaque para um nome que faz parte tanto da história contada por Magão quanto da história da emissora de rádio à qual pertenço e dedico quase vinte anos da minha vida: a Rádio Educadora 6 de Agosto. Falo de Náder Melo Sarkis, grande cantor e locutor, amigo e parceiro de Antônio Magão no grupo H. Welem.

A propósito da citação da querida Rádio 6 de Agosto neste artigo, há a possibilidade de a emissora transmitir o evento ao vivo. A idéia está sendo avaliada pela Secretaria de Comunicação.

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Casa de Mãe Joana

Fontes garantem que a tal máquina retroescavadeira recém-chegada a Xapuri teve uma sobra de recursos de 70 mil reais. A emenda do senador Geraldo Mesquita foi de 230 mil e a engenhoca que cava buracos 159 mil. Dizem então que já houve uma licitação para se gastar os tais 70 mil. Vão comprar um trator. Será que vão mandar o trator para a Sagarana, Auricélio?

Dizem também que a tal licitação abriu e fechou no mesmo dia. Será que isso é mesmo possível? Os ganhadores? Fefa e Tarauacá. Era essa a conversa que "rolava" hoje pela cidade. Se é verdade não sei. Afinal de contas, na bandalheira generalizada que se instalou na Casa de Mãe Joana, fica difícil se saber de algo ao certo.

A mesma fonte informa que houve também uma licitação para a construção de duas pontes na estrada da Variante, que já vai começar a ser recuperada pelo governo do Estado. Já se passaram 75 dias e nada de ponte. Como o processo licitatório na prefeitura está praticamente monopolizado, torna-se desnecessário dizer quem é o vencedor.

Outra novidade é que o pastor Raimundo Nonato (lembram? A espécie de guru espiritual do Vanderley) esteve na cidade hoje. Veio explicar à justiça porque não pagou um carro que comprou de um tal Fábio, tratorista da prefeitura. A história é um pouco complicada, mas vamos lá, à explicação.

É assim: o Bolinha aradou umas terras para a prefeitura a pedido do pastor. Como demoraram a pagar, o Bolinha pegou o carro do pastor como pagamento. O pastor receberia a dívida da prefeitura no valor do carro. O pastor, em seguida, comprou o carro do Fábio e repassou a dívida que era do Bolinha para o Fábio que não recebeu nada porque o pastor tomou um pontapé do prefeito e partiu para outras paragens. Se mudou para uma cidade chamada Concórdia, em Rondônia, que pode mudar de nome para Discórdia, se não abrirem dos olhos. Entenderam? Nem eu.

São esses os tipos que cuidam desta cidade. Não é de bom alvitre adjetivá-los, pois isso poderia dar ensejo a ações por danos morais na justiça. Mas não se pode também deixá-los impunes às nossas críticas, fruto de tamanha indignação. Não se pode calar diante de tanta falta de respeito e descaramento com que tratam da coisa pública. Não estão cuidando de suas casas, e sim da casa de todos nós. À luta, enquanto é tempo. Caso contrário, não restará pedra sobre pedra.

Deu na Poronga

Treze quilos

Se o oficial de Justiça de Xapuri Daniel Araújo resolver mencionar o nome dos seus clientes, o poder no município vai tremer. Consta que ele era o primeiro fornecedor da cidade. Caiu com 13 quilos.

Droga na Princesinha

O consumo e o tráfico de droga em Xapuri são problemas sérios, principalmente entre os mais jovens. A molecada tem mau exemplo dentro do poder constituído do município. Quem sabe eles pensam que, fumando e cheirando, um dia podem chegar ao cargo de maior autoridade.

Da coluna Poronga, do jornalista Leó Rosas.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Nota de Esclarecimento do TJ

Assessoria de Imprensa do TJ/AC

O Tribunal de Justiça do Estado do Acre, diante da prisão em flagrante realizada pela Superintendência da Polícia Federal no Estado, de Daniel Araújo de Sousa, servidor do Quadro de Pessoal Efetivo do Poder Judiciário, exercendo a função de Oficial de Justiça da Comarca de Xapuri, esclarece oficialmente que se manteve ciente do curso das investigações, colaborando com a PF quando solicitado e prestando as informações necessárias à averiguação dos fatos.
Desembargador Pedro Ranzi
Presidente do TJAC em exercício

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Tapeação

A máquina retroescavadeira que acaba de chegar a Xapuri sob trovoadas de fogos de artifício é o resultado da rasteira que o prefeito Vanderley Viana aplicou nos produtores da Gleba Sagarana. O dinheiro deveria ter sido usado para a compra de um trator para mecanizar as terras daquela gente e para a abertura de poços semi-artesianos para aplacar a escassez de água naquela região. A destinação da emenda individual para esse fim foi promessa cumprida pelo senador Geraldo Mesquita Júnior, mas o prefeito tapeou a todos e modificou o projeto para adquirir a retroescavadeira.

De acordo com o presidente da Associação de Produtores Ribeiracre, Auricélio Azevedo, mais de 400 famílias foram prejudicadas com a atitude de Vanderley Viana. "O trator e os poços eram o sonho de centenas de produtores para melhorar suas condições de trabalho e sobrevivência. Tudo o que o senador Geraldo Mesquita prometeu (e cumpriu com a palavra) pessoalmente aos trabalhadores rurais daquela região se transformou em uma máquina que para nós não terá nenhuma utilidade", lamenta o líder comunitário.

Com o convênio federal destinado à construção da Saboaria Xapuri, que fechou as portas por não possuir um local adequado para funcionar, aconteceu mais ou menos o mesmo. Os recursos eram destinados também à abertura de açudes e compra de um carro traçado, que pela natureza da fonte dos recursos - o Ministério do Desenvolvimento Agrário - facilmente entende-se que o veículo fosse destinado a atender os produtores rurais. Qual nada. O tal carro, único bem que foi adquirido com esse recurso, nunca entrou em um ramal. Os açudes e a Saboaria foram esquecidos. Quem quiser saber mais sobre o assunto procure a Associação do Bairro Sibéria, responsável pela premiada indústria artesanal, que ficou a ver navios até agora.

Releiam a postagem que publiquei sobre o assunto em maio deste ano.

Quarta-feira, 2 de Maio de 2007

Convênio Federal

Xapuri recebe recursos para construção da fábrica de sabonetes, abertura de açudes e compra de um veículo traçado para escoamento da produção agrícola. Comunidades e associações da região da Estrada de Petrópolis devem ficar atentas à execução dos projetos.

A Prefeitura de Xapuri recebeu, no último dia 23 de março, repasse no valor de R$ 134.381,00 (cento e trinta e quatro mil, trezentos e oitenta e um reais) referentes a convênio firmado entre o Ministério do Desenvolvimento Agrário e o município para a construção das novas instalações da Saboaria Xapuri, que funciona em um local improvisado pelo Grupo de Mulheres da Associação de Moradores do Bairro Sibéria, além da compra de um veículo traçado para ser utilizado no escoamento da produção agrícola da região da Estrada de Petrópolis. O convênio prevê ainda a abertura de açudes naquela região.

As informações sobre os valores, objeto e vigência do convênio estão disponíveis no site do Portal da Transparência da Controladoria Geral da União. Lá, pode-se encontrar o detalhamento de convênios firmados entre o município de Xapuri e o Governo Federal desde 1996. Assim, o cidadão pode acompanhar o montante de repasses que são feitos para a sua cidade e verificar se esses recursos estão tendo a destinação correta ou se estão sendo desviados para outros fins, diferentes daqueles que constam no objeto dos convênios. A população tem que ficar bastante atenta a isso.

Vale lembrar que os produtores da Gleba Sagarana estão denunciando a prefeitura de Xapuri por tentar transformar o objeto de uma emenda parlamentar, do senador Geraldo Mesquita Júnior, no valor de R$ 250 mil, que é a compra de um trator agrícola e abertura de poços artesianos nas propriedades rurais. De acordo com os dirigentes das associações de produtores da área, o prefeito Vanderlei Viana pretende comprar uma máquina retroescavadeira no lugar do trator e dos poços. A prefeitura, através do ex-secretário de meio ambiente, Carlos Luís, alegou aos produtores que teria autorização da AMAC (Associação dos Municípios Acreanos) para proceder tal mudança.

O senador Geraldo Mesquita, através de seu escritório em Xapuri, informou que após intervir junto ao prefeito para fazer valer a palavra dada por ele (senador) aos produtores, lavou as mãos. O senador, muito aborrecido com o fato, garantiu não mais destinar emendas para o município durante essa gestão. O representante do senador em Xapuri, Antônio Maria Alves, informou também que a prefeitura já teria apresentado à Caixa Econômica Federal, gestora do projeto, a proposta de compra da máquina retroescavadeira.

Cartunista Braga


O cartunista Braga autografa nesta quarta-feira, no Café Martinica, na 303 Norte, Bloco A, Loja 4, em Brasília, o livro História desenhada – Charges do Braga (edição do autor, Rio Branco, Acre, 2006). A charge acima, que trata da famosa "poda" das castanholas da praça São Sebastião, foi a vencedora do Prêmio José Chalub Leite de 2006.
"As charges confirmam, como nenhum outro veículo, que sua função não é, prioritariamente, fazer rir, mas produzir reflexão. Os bons chargistas sintetizam em poucos traços aquele sentimento que está na cabeça das pessoas e que muitas vezes não consegue ser expresso em palavras ou imagens" – ensina a jornalista Soraya Pereira, na quarta capa do livro de Braga.
Para conhecer mais o trabalho do talentoso Braga é só acessar o seu blog: www.cartunistabraga.blogspot.com/.

Leila Galvão reivindica ALC em Brasiléia

Treze anos depois do anúncio oficial, a Área de Livre Comércio (ALC) para a fronteira brasileira com a Bolívia, no Acre, ficou no papel. Por esse motivo, a prefeita de Brasiléia, Leila Galvão, está reivindicando urgência na construção de um galpão alfandegado, espaço para administração da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e definição da cota de exportação.

Brasiléia fica a 221 quilômetros de Rio Branco (AC). Segundo a prefeita, que pediu hoje o empenho do deputado Fernando Melo (PT-AC) na consolidação do projeto, a Lei 8.857 (8 de março de 1994), que define a ALC, se estende também ao município de Epitaciolândia e Cruzeiro do Sul.

"A realidade de Brasiléia e Epitaciolândia não corresponde ao proposto, já que os problemas de fiscalização e o fortalecimento do setor comercial se agravaram ainda mais pelas condições desiguais em que se processa o comércio com a Bolívia", queixou-se Leila Galvão.

A prefeita disse que os brasileiros compram em território boliviano diversos tipos de eletroeletrônicos, calçados, roupas, brinquedos, equipamentos de informática, não apenas para consumo, mas para a venda ilegal. "A preços mínimos não compatíveis com os praticados no mercado interno", frisou.

Isso, de acordo com Leila Galvão, acarreta prejuízos para o comércio da região, que é responsável por grande parte dos empregos, assim como do pagamento de impostos pagos pela atividade comercial.

Em junho deste ano, em parceria com as prefeituras, as associações comerciais de Brasiléia e Epitaciolândia promoveram um seminário para debater a ALC. Participaram prefeitos, vereadores, lojistas e representantes do Serviço Brasileiro de Apoio à Pequena e Média Empresa, Banco da Amazônia S/A e Receita Federal.

Por unanimidade, eles decidiram unir as forças para reivindicar apoio político e estruturar os municípios que necessitam dos benefícios fiscais semelhantes aos da Suframa.

Da página do deputado federal Fernando Melo

terça-feira, 23 de outubro de 2007

O dia em que a Câmara parou

São misteriosos os motivos pelos quais a Câmara "não funcionou" nesta terça-feira, dia consagrado à reunião semanal dos nobres vereadores. Todos os esforços foram inúteis para se desvendar os motivos do apagão parlamentar. Consegui falar com três dos vereadores. O primeiro, José Cecílio Evangelista, do PT, estava acompanhando funcionários do Incra em uma comunidade rural. Cecílio disse desconhecer a razão para que, estranhamente, nenhum vereador comparecesse à câmara no dia de hoje. O petista informou que o seu colega de partido, José Maria Miranda, estava em Rio Branco.

O segundo foi o presidente da Casa, Raimundo Francisco Gondim, o França. Ele foi direto quanto ao motivo da "gazeta". O presidente da Câmara, Ronaldo Ferraz, do PMDB, viajou para fora do estado a tratamento de saúde e não transmitiu a ele o cargo. "Não iria a câmara fazer papel de palhaço", disse ele. França disse também desconfiar que Ronaldo Ferraz não queira lhe repassar o cargo pelo fato de ter solicitado (o vereador França) ao Tribunal de Contas do Estado do Acre, um parecer sobre a situação do presidente, que acumula os cargos de vereador, funcionário de carreira da câmara, funcionário público estadual e o cargo de presidente do Poder Legislativo.

O terceiro vereador foi Erivélton Soares, primeiro-secretário. Não quis falar sobre o assunto. Talvez considere sem importância o fato de que o único dia efetivo de trabalho dos vereadores tenha sido enrolado sem que explicações fossem dadas à sociedade. Até aí tudo normal. Quem irá se importar com isso, não é mesmo? Afinal de contas as sessões são tão freqüentadas pelo público que facilmente passaria despercebida a sua não realização.

Paradoxalmente, a coisa começa a se tornar mais feia quando começa a ficar mais clara. Por volta das 11 horas do dia, o suplente de vereador do PT, José Selmo Dantas, me procura para informar que tudo pode não ter passado de pura tramóia de alguns vereadores para beneneciar o presidente Ronaldo Ferraz. Explico: sabendo da ausência de alguns vereadores, outros edis, que não tiveram os nomes citados, teriam se combinado para não comparecer à sessão e assim riscar do mapa um dia de falta à sessão que, dada a ausência de Ronaldo, que deve durar mais de vinte dias, pode ser somado a mais dois, o que resultaria em três faltas que poderiam custar o seu mandato. Esse é o raciocínio.

Pois bem. E o que mais poderia ser motivo para que os cargos não sejam transmitidos em caso de viagem do presidente? Não sei responder. Mas há relatos que precisam ser esclarecidos sobre a compra superfaturada de um computador. Uma fonte segura afirma que uma máquina foi comprada pela bagatela de R$ 4.000,00 pela câmara. Isso é uma compra apenas. Deve ser um mega PC "last generation".

São histórias como essas que fazem de Xapuri uma cidade totalmente distinta dos demais povoados acreanos. Aqui acontecem coisas inacreditáveis. Enquanto a maioria anda pra frente, nós, infelizmente há que se admitir, confirmamos o velho ditado pejorativo que diz que "Xapuri anda em marcha ré".

Voltando ao fato da ausência total de quórum na câmara, o episódio lembra a música de Raul Seixas "O dia em que a terra parou", em que todas as pessoas do planeta inteiro resolveram não sair de casa. Confiram a seguir:

O Dia em que a Terra Parou
Raul Seixas
Composição: Raul Seixas e Claudio Roberto


Essa noite eu tive um sonho de sonhador
Maluco que sou, eu sonhei
Com o dia em que a Terra parou
com o dia em que a Terra parou

Foi assim
No dia em que todas as pessoas
Do planeta inteiro
Resolveram que ninguém ia sair de casa
Como que se fosse combinado em todo
o planeta
Naquele dia, ninguém saiu saiu de casa, ninguém

O empregado não saiu pro seu trabalho
Pois sabia que o patrão também não tava lá
Dona de casa não saiu pra comprar pão
Pois sabia que o padeiro também não tava lá
E o guarda não saiu para prender
Pois sabia que o ladrão, também não tava lá
e o ladrão não saiu para roubar
Pois sabia que não ia ter onde gastar

No dia em que a Terra parou (Êêê)
No dia em que a Terra parou (Ôôô)
No dia em que a Terra parou (Ôôô)
No dia em que a Terra parou

E nas Igrejas nem um sino a badalar
Pois sabiam que os fiéis também não tavam lá
E os fiéis não saíram pra rezar
Pois sabiam que o padre também não tava lá
E o aluno não saiu para estudar
Pois sabia o professor também não tava lá
E o professor não saiu pra lecionar
Pois sabia que não tinha mais nada pra ensinar

No dia em que a Terra parou (Ôôôô)
No dia em que a Terra parou (Ôôô)
No dia em que a Terra parou (Uuu)
No dia em que a Terra parou

O comandante não saiu para o quartel
Pois sabia que o soldado também não tava lá
E o soldado não saiu pra ir pra guerra
Pois sabia que o inimigo também não tava lá
E o paciente não saiu pra se tratar
Pois sabia que o doutor também não tava lá
E o doutor não saiu pra medicar
Pois sabia que não tinha mais doença pra curar

No dia em que a Terra parou (Oh Yeeeah)
No dia em que a Terra parou (Foi tudo)
No dia em que a Terra parou (Ôôôô)
No dia em que a Terra parou

Essa noite eu tive um sonho de sonhador
Maluco que sou, acordei

No dia em que a Terra parou (Oh Yeeeah)
No dia em que a Terra parou (Ôôô)
No dia em que a Terra parou (Eu acordei)
No dia em que a Terra parou (Acordei)
No dia em que a Terra parou (Justamente)
No dia em que a Terra parou (Eu não sonhei acordado)
No dia em que a Terra parou (Êêêêêêêêê...)
No dia em que a Terra parou (No dia em que a terra parou)

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Luiz Calixto é condenado a indenizar PMs

O deputado estadual Luiz Calixto (PDT) foi condenado pelo Juizado Especial Cível da Comarca de Xapuri a pagar indenização no valor de 6 mil reais aos quatro policiais que o prenderam no dia 16 de junho, no entroncamento da BR-317 com a Estrada da Borracha, quando o parlamentar retornava de uma sessão itinerante realizada em Brasiléia, a 222 km de Rio Branco.

Luiz Calixto foi preso por não permitir que seu carro fosse vistoriado pela fiscalização policial. O deputado não se identificou como parlamentar e entrou em luta corporal com os militares que o imobilizaram e conduziram-no à Delegacia Geral de Polícia de Xapuri. Na luta, Luiz Calixto desferiu um chute no sargento Messias, comandante da patrulha que o abordou instantes antes.

Ao chegar à delegacia, de acordo com testemunhas arroladas nos autos da reclamação cível impetrada pelos militares, o deputado teria afirmado “que não permitiria que seu carro fosse revistado sem a sua presença, pois era costume da polícia jogar drogas dentro dos veículos para incriminar os outros”. Após ser preso, o deputado foi ouvido pelo delegado Alex de Souza Cavalcante, sendo liberado em seguida.

Os policiais militares acusaram Luiz Calixto de agredi-los verbal e fisicamente, além de resistir à prisão, e o denunciaram por crime de danos morais com pedido de indenização. Perdedor da causa, o deputado foi condenado a indenizar o sargento Messias Lucas da Cruz com o valor de R$ 2 mil e os outros quatro policiais, os cabos Ribeiro, Raimundo, Ismar e Jorginaldo, com o valor de R$ 1 mil para cada um deles.

Na sentença, a juíza Zenair Ferreira Bueno Vasquez Arantes, da Vara Cível, afirma que o deputado poderia ter evitado todo o incidente caso tivesse se identificado como parlamentar. A juíza afirma ainda que a condição de deputado, esclarecido e responsável pela elaboração de lei aumenta a reprovação de sua conduta.

Na época dos fatos, o deputado Luiz Calixto afirmou à reportagem da Rádio Educadora 6 de Agosto que teria apenas reagido às agressões que sofreu. O deputado confirmou que não se identificara como parlamentar pelo fato de achar que deveria ser tratado pela polícia como cidadão e não como deputado.

Calixto pode recorrer da decisão da juíza.

domingo, 21 de outubro de 2007

Barco da Leitura

Projeto Acreano é finalista do Prêmio Vivaleitura

O projeto Barco de Leitura, que funciona há dois anos na Reserva Cazumbá, em Sena Madureira-Acre, é um dos 15 projetos finalistas do Prêmio Vivaleitura e poderá ganhar R$ 25 mil em dinheiro. A premiação é uma iniciativa conjunta do Ministério da Educação (MEC), Ministério da Cultura (MinC) e Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI) e integra o Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL). “Para nós foi uma realização chegar à final, pois somos o único projeto do Norte a chegar lá”, afirma a coordenadora do projeto, Valdeneide Queiroz.

Barco da Leitura forma leitores em Sena Madureira

O desafio de incentivar a leitura na comunidade Resex Cazumbá-Iracema, em Sena Madureira, no Acre, era grande. O acesso às escolas é feito por meio do barco, no inverno e também por caminhadas pela floresta, no verão. A maioria da população, 62%, é formada por crianças e jovens e 50% dos adultos são analfabetos.

O local é uma Unidade de Conservação Federal de Uso Sustentável onde vivem 247 famílias, totalizando uma população de 1.232 pessoas. No ano passado, um grupo de professores decidiu criar um projeto para promover a aprendizagem e incentivar a valorização dos jovens por meio da leitura, reduzindo os indicadores negativos na área educacional.

Tinha início o projeto Barca da Leitura, que atende 500 crianças e jovens por meio de uma série de ações baseadas nos diversos gêneros literários como contos infantis, lendas, fábulas, poesia, cordel e romances.

Um dos principais desafios era criar um mecanismo de bibliotecas que não dificultasse o acesso à leitura em razão das dimensões da reserva e a dispersão da população. Para resolver o problema, a principal estratégia utilizada foi a criação de Círculos de Leitura, espaços públicos ou residenciais, cedidos voluntariamente, onde são oferecidos livros e materiais para os leitores.

O trabalho proporcionou o desenvolvimento na área de leitura, interpretação, comunicação escrita e oralidade. O projeto contou com a participação de oito professores e quatro escolas, de onde saíram 20 estudantes, escalados para atuar como agentes voluntários de leitura, inclusive na comunidade, lendo para aqueles que não sabem ler.

Eles também ficaram responsáveis pelo empréstimo e controle das obras, por atividades de leitura na família e ações culturais nos finais de semana. O trabalho deu frutos, como o expressivo crescimento do volume de livros emprestados e a visível melhoria da auto-estima dos participantes.

Mais informações:

sábado, 20 de outubro de 2007

Olho Vivo no Dinheiro

A Controladoria Geral da União começa nesta segunda-feira os trabalhos de fiscalização quanto à aplicação de recursos repassados pela União para a execução descentralizada de programas federais nos 60 municípios sorteados para esta edição que é a 25ª.

No sorteio, realizado no dia 9 deste mês, a bolinha de Xapuri foi a primeira a cair. É uma boa hora para o prefeito Vanderley Viana provar que não há esqueletos no armário de sua administração. Que as suspeitas de mau uso dos recursos federais que aqui chegaram não passam de intrigas de seus opositores.

Nos 60 municípios e 8 estados que foram sorteados, entre eles o Acre, os auditores da CGU visitarão obras, hospitais, escolas, farão checagem de documentos e de bens, além de entrevistas com cidadãos. Para se ter uma idéia, nas 22 primeiras edições do Programa de Fiscalização de Municípios, foi fiscalizada a aplicação de R$ 7,5 bilhões em recursos federais. As equipes da CGU trabalham agora na conclusão dos relatórios referentes aos 23º e 24º sorteios.

Na última semana de outubro, os técnicos da CGU participam do evento "Olho no Dinheiro Público", em Brasiléia, com a participação dos municípios do Alto Acre. O evento tem como objetivo estimular e instruir os cidadãos para atuarem como fiscais da correta aplicação do dinheiro público.

O cidadão tem o direito de saber como o dinheiro público é utilizado. É de fundamental importância que cada cidadão assuma a tarefa de participar da gestão pública, exercendo o controle social do gasto do dinheiro público.

A CGE, dentro de seu Planejamento Estratégico 2007/2010, definiu a criação do Portal da Transparência Pública, a exemplo do Portal da Transparência do Governo Federal que tem o objetivo de informar ao cidadão como o dinheiro público está sendo gasto, facilitando assim a fiscalização e ajudando no controle social*.

O Portal da Transparência é um instrumento que proporciona a transparência pública e onde cada secretaria terá o seu portal com informações sobre os gastos com: licitações, convênios, contratos, execução orçamentária e financeira, além de passagens e diárias.
Além disso, no sítio da CGE há um canal para que o cidadão possa fazer denúncias sobre o uso indevido do dinheiro público no Estado.

*participação da sociedade no acompanhamento e verificação das ações da gestão pública na execução das políticas públicas, avaliando os objetivos, processos e resultados.

VEJA AQUI A CARTILHA 'OLHO VIVO NO DINHEIRO PÚBLICO'

"É briga do prefeito, êba!"

Os alunos da escola municipal Rita Maia, em Xapuri, na sua grande maioria crianças e adolescentes, foram submetidos dias atrás a um espetáculo deprimente e altamente contra-indicado a estudantes do ensino básico. Por motivos não confirmados, o prefeito Vanderley Viana travou uma séria discussão com um antigo e respeitado funcionário da prefeitura: Sancler Salim Lima, naquele momento à disposição da escola, que reagiu às agressões do prefeito e por muito pouco não aplicou um corretivo na "autoridade" à base de tabefes.

Funcionários da escola informaram que o prefeito foi até o estabelecimento de ensino comunicar a Sancler Salim que o mesmo seria transferido dali para outro local da administração. Revoltado com a decisão de Vanderley Viana, o funcionário municipal fez o prefeito ouvir algumas verdades há muito entaladas na garganta, o que aferventou o clima da discussão. Em pleno pátio do estabelecimento escolar os dois trocaram ofensas mútuas ao som do coro que surgiu da platéia mirim que a tudo assistia: “É briga do prefeito, êba”.

O debate esquenta

O debate sobre a sucessão municipal esquenta no blog. Um anônimo postou o seguinte comentário no post anterior, assinado pelo professor Carlos Estevão Pereira Castelo:

"Meu nobre professor,

Tudo que você disse faz muito sentido, claro, mas reafirmo que a honestidade com a coisa pública é o que se espera de todo administrador público. Quanto ao tecnicamente despreparado, eu pergunto, e se for politicamente articulado? E se tiver votos o suficiente para ganhar do "Wandeco"? Precisará ele ser técnico por excelência? Será que não poderia se cercar de bons técnicos?

Agora me responda se no Acre de hoje existe algum prefeito com independência política!? A menos que Jorge Viana queira disputar essa eleição por Xapuri, penso que o candidato deverá ter, no mínimo, bom trânsito no governo.

Eu reafirmo que na nossa atual conjuntura o importante seja que o candidato tenha: honestidade, seriedade, articulação e trabalho; além de condições reais de disputar e ganhar a prefeitura. Também concordo que precisamos de visionários, mas de visionários com votos suficientes".

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Solução caseira ou Prefeito visionário?

Carlos Estevão Ferreira Castelo

“Xapuri precisa é de soluções caseiras, de gente que mora e conhece bem nossos problemas, que seja sério, honesto, articulado politicamente e principalmente que seja trabalhador, pois precisamos é de trabalho pra tirar xapuri do atoleiro”.

Bem, concordo apenas com o honesto (preferiria dizer ético), mas vamos lá...Se a solução caseira for desonesta? Lascou... E se for despreparada tecnicamente? Lascou, de novo (não esqueça que o Wandeco vai deixar a Prefeitura um caos – imagino o trabalho que o futuro Prefeito terá no primeiro ano para “arrumar a casa”). Articulado politicamente? Não seria melhor um Prefeito persuasivo, independente e com uma forte rede de contato (com o Setor Público e Privado) Vale lembrar que o Jorge Viana conseguiu revolucionar a Prefeitura de Rio Branco mesmo com um presidente do PSDB e com o Orleir no Governo). Trabalhador? Verdadeiramente todos nos somos, o problema é que a maioria trabalha sem foco e não consegue gerar valor para si próprio e para a sociedade.

Portanto, acho que Xapuri precisa mesmo é de um Prefeito visionário, é simples. Uma criatura com visão de futuro. Que possa liderar o processo de construção de uma comunidade da visão em Xapuri. Sempre acreditei que uma visão positiva de futuro faz a diferença, em qualquer situação. Mas o que observo na velha princesa é o contrário (observo estou quase toda semana ai, mesmo não comparecendo aos eventos sociais, etc,...).

As pessoas, legitimamente, reclamam demais. Reclamam muito do Prefeito atual, do anterior, da Zona Franca Boliviana, da Zona de Livre Comércio de Epitaciolânida que quebrou o comércio, etc...... Mas o que podemos fazer para, é isso. Essa é a chave. Xapuri precisa assumir a responsabilidade pelos seus resultados (a sociedade é claro).

Uma das realizações mais importantes da psicologia moderna tem sido a constatação de que a nossa visão da realidade desempenha um papel importante na formação do nosso mundo: as imagens que mantemos em nossas mentes podem modelar os eventos externos, fazendo com que realmente possamos criar nosso próprio futuro. Como o pai da psicologia moderna, William James, escreveu, “A maior revolução do nosso tempo é a de que os seres humanos, ao mudarem as atitudes internas de suas mentes, podem mudar os aspectos externos de suas vidas”.

Atenção: EU NÃO SOU CANDIDATO.

Meu desejo é contribuir tecnicamente com minha cidade, e isso vou fazer independente do futuro Prefeito.

Xapuriense e professor de Teoria Econômica da UFAC

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Universidade Aberta

O sonho da formação superior começa nesta sexta-feira a se tornar realidade para cerca de cinquenta pessoas de Xapuri. É o início das aulas do programa Universidade Aberta do Brasil, idealizado pelo Ministério da Educação e parceiros, que em consórcio com o Estado do Acre vai oferecer cursos de artes visuais, artes cênicas e música. O evento inaugural acontece na escola Divina Providência, a partir das oito e meia da manhã, com a presença de representantes da Secretaria de Estado de Educação e da Universidade de Brasília.

A Universidade Aberta do Brasil (UAB) é um projeto construído pelo Ministério da Educação, Empresas Estatais e a Associação dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino, no âmbito do Fórum das Estatais pela Educação, para oferta de cursos e programas de educação a distância, em parcerias com universidades públicas, por meio de consórcios nos Estados da Federação. Até o momento foram aprovados 290 Pólos presenciais da UAB em diferentes municípios, sendo que a meta é a aprovação de 1.000 Pólos.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Conselho de Turismo coordena setor em Xapuri

Fernanda Gomes*

O Conselho Gestor de Turismo foi criado pela Associação Comercial de Xapuri, por determinação da Secretaria de Estado de Turismo e está funcionado com a participação de seis entidades ligadas à prestação de serviços ao turista no município.

O objetivo é valorizar as fontes turísticas, como a história de Chico Mendes. O município foi berço da Revolução Acreana e também está incluído no programa Rotas Turísticas do Acre, que tem como objetivo o desenvolvimento do ecoturismo. A atividade deve modificar, de forma positiva, o panorama econômico de Xapuri, de acordo com o presidente do conselho João Cardoso.

O conselho já discutiu e fez diagnósticos dos pontos turísticos existentes em Xapuri e agora se prepara para montar o calendário das ações que serão desenvolvidas no município.

Com 103 anos, Xapuri é considerado o berço da revolução acreana e também o primeiro foco de resistência pacífica em defesa da floresta e do meio ambiente, cujo líder, Chico Mendes, ganhou reconhecimento mundial e é seu maior símbolo.

A cidade foi fundada em 22 de março de 1904. Durante o auge da produção da borracha e da castanha viveu seu esplendor. Foi sede das melhores casas de comércio, que abastecia os seringais da região de toda classe de mercadorias.

Xapuri foi também sede dos melhores colégios do estado, que posteriormente geraram "homens ilustres" em âmbito mundial.

As informações históricas do município podem ser encontradas no museu casa branca, fundação Chico Mendes e Museu do Xapury.

Agência de Notícias do Acre/Rádio Educadora de Xapuri

CGU fiscaliza Xapuri a partir da semana que vem

Joseni Oliveira*

Xapuri está entre os 60 municípios que serão fiscalizados pela Controladoria Geral da União, que fiscalizará a aplicação de recursos repassados pela união para a execução descentralizada de programas federais. Os auditores da CGU participaram da sessão realizada ontem na câmara municipal de Xapuri para comunicar ao legislativo sobre o trabalho a ser realizado.

Esta é a 25º edição do sorteio que é realizado cerca de seis vezes por ano pela caixa econômica federal. Xapuri foi sorteado pela primeira vez e será o único município do estado a ser fiscalizado nesta edição. O Estado do Acre também será fiscalizado.

A controladoria geral da união é o órgão do poder executivo federal responsável por fazer auditorias e fiscalizações para verificar como o dinheiro público está sendo aplicado. Essa atribuição é exercida pela CGU por meio da sua secretaria federal de controle interno, área responsável por avaliar a execução dos orçamentos da união, fiscalizar a implementação dos programas de governo. O órgão faz também auditorias sobre a gestão dos recursos públicos federais sob a responsabilidade de órgãos públicos e privados.

*Repórter da Agência de Notícias do Acre em Xapuri

Reforma Agrária no seringal Floresta

Joseni Oliveira

Representantes do INCRA iniciaram hoje as inscrições das famílias residentes no seringal Floresta para o modelo de reforma agrária denominado Projeto de Desenvolvimento Sustentável que será implantado na área.

O projeto tem por objetivo fomentar atividades produtivas, especialmente aquelas ligadas a produtos agroflorestais, visando o desenvolvimento sustentável da região.

O projeto será desenvolvido nos 6 mil e 500 hectares de terras do seringal floresta que ficaram fora da Reserva Extrativista Chico Mendes. De acordo com o INCRA, cerca de 60 famílias residem hoje no local.

O projeto de desenvolvimento sustentável não é um projeto de assentamento tradicional que doa o lote de terra para os produtores. Diferente dos assentamentos, o projeto não garante o título definitivo da terra, e sim um termo de cessão de uso por um tempo determinado, podendo ser prorrogado e passado de pai para filho, não podendo ser comercializada.

Além do Acre, o projeto está sendo desenvolvido nos estados do Amazonas, Rondônia, Pará e parte do Maranhão. Na próxima sexta-feira, dia 19, será realizada a assembléia geral para constituir a associação do projeto.

Agência de Notícias do Acre/Xapuri.

Jobim não foi a Epitaciolândia

O Ministro da Defesa, Nelson Jobim, não foi a Epitaciolândia como estava programado para a tarde de ontem. De acordo com a assessoria de comunicação do prefeito José Ronaldo o mau tempo na região de Cruzeiro do Sul causou atrasos na agenda do ministro que voou de Assis Brasil, onde almoçou, direto para Rio Branco. Na capital acreana, ele visitou as unidades do 4° Bis, e do 7° Bec. O ministro Jobim está visitando todas as unidades do exército na Amazônia.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Professor de SP ganha 39% menos que do AC

Se for levado em conta o custo de vida, a diferença entre São Paulo e Acre, que lidera a lista de melhores salários, aumenta para 60%

Daniela Tófoli
Folha de São Paulo.

Os professores em início de carreira da rede estadual paulista recebem salário 39% menor do que os do Acre. Enquanto um docente com formação superior e piso inicial de São Paulo ganha R$ 8,05 por hora, o colega acreano recebe R$ 13,16. Se levado em conta que o custo de vida lá é menor, a diferença aumenta para 60%.

O ranking dos salários do país mostra que o Acre lidera a lista dos Estados que pagam melhor seus professores em início de carreira, seguido por Roraima, Tocantins, Alagoas e Mato Grosso. São Paulo vem em oitavo lugar, apesar de ter o maior Orçamento do país. Pernambuco tem o pior salário.

A remuneração acreana, porém, ainda não é a ideal para especialistas. "O baixo salário dos docentes é uma questão histórica no país. Basta ver o de outros países da América Latina, como Chile e Argentina, que são maiores", afirma Célio da Cunha, assessor especial da Unesco no Brasil. Para ele, o salário baixo é uma das explicações para a má qualidade do ensino. "Um salário justo motiva os professores.

"O salário um pouco melhor no Acre começa a dar resultado. Prova disso pode ser a análise do Saeb (exame do MEC que avalia estudantes), divulgada em fevereiro. Na comparação entre 2003 e 2005, o Acre foi onde as médias dos alunos de 4ª série mais evoluíram. Em português, houve aumento de 13,8 pontos (de 156,2 para 170). Já São Paulo melhorou 1,1 ponto (de 176,8 para 177,9).

Leia mais na página da Agência de Notícias do Acre.

Notícia quente

O maluco Ronaldo Duarte e o time da Rádio Difusora de Sena Madureira acabam de lançar um blog com as notícias de lá. Trata-se do Notícia Quente, página onde Aldejane Pinto, Márcio Farias e o próprio Ronaldo contam as histórias da cidade. Vale a pena dar uma olhada.

domingo, 14 de outubro de 2007

A piada das pesquisas

O jornalista Luís Carlos Moreira Jorge, respeitado colunista político acreano, precisa rever as suas fontes em Xapuri. Aqui e acolá, ele afirma em seus comentários que o prefeito Vanderley Viana lidera pesquisas no município para as próximas eleições e que a população aprova sua administração. Só posso entender isso como mais uma das muitas piadas sem graça que já se tornaram comuns contra o município em razão do momento político lamentável que atravessa.

Primeiro, deveriam ser mostradas as tais pesquisas que, garanto, não existem. Vanderley Viana não aguenta uma consulta popular a respeito de seu trabalho pela simples razão de que um prefeito nunca foi tão impopular quanto ele nesta cidade. Desafio alguém a apontar um levantamento em que o prefeito obtenha a aprovação de pelos menos quatro em cada dez pessoas consultadas. A aversão a ele começa por aqueles que o apoiaram e o levaram de volta à prefeitura.

Vanderley não tem mais apoio sequer dos irmãos. Traiu a todos em nome de um grupo que desde a administração passada vive a rondar a prefeitura e a abocanhar todos os processos de licitação. Não estou afirmando aqui que existam irregularidades, pois não posso provar, mas essa relação cada dia mais estreita entre o prefeito e alguns empresários cheira a podridão e promiscuidade. A população desconfia, mas cala. É compreensível, pois até mesmo a Câmara assim o faz.

Tenho todo o respeito ao caro jornalista Moreira Jorge, de quem sou leitor assíduo e admirador, mas afirmar que a população de Xapuri aprova a administração de Vanderley Viana é prestar um desserviço a essa comunidade sofrida que luta pelo resgate da sua dignidade. Sugiro ao Luís Carlos que faça uma visita a Xapuri e entreviste a população. Da esburacada área central da cidade aos sofridos bairros periféricos. Garanto que terá um subsídio mais confiável às suas análises.

sábado, 13 de outubro de 2007

Um canto a Xapuri

Procurando textos sobre Xapuri na internet encontrei esta jóia do xapuriense José Ribamar, publicada em 2004, no jornal Página 20:

Quero-te tanto
E ainda não sabes
Quero-te tanto
Terra do meu pai
Quero as tuas mangueiras
Que me fazem lembrar
Os teus rios tristes
Que me fazem chorar
Um canto a Xapuri
Terra dos meus pais
Um hino a Xapuri
Minha terra natal
Tenho calafrios,
Sinto saudades
Porque estou longe
Dessa comunidade
Desses teus lares
Desses teus bares
Do teu futebol belo
Do teu sol forte
Da fonte do bosque
Do teu “Raimelo”
Do privilégio
Desse teu colégio
Do teu tacacá
Do teu vatapá
Das jutas no bilhar
E no “Caçula Bar”
Das tuas educadoras
Elaís e Eurí
As melhores professoras
Da terra dos chapurys
Do restaurante Açaí
Um beijo no coração
Da Nilce e do João
Um canto a Xapuri
Que saudade!

(José Ribamar Pinheiro de Almeida, filho de Xapuri)

Precisa-se de coragem pra vencer a indecência

Um visitante anônimo deste blog diz que as ações de PT e PSB, atinentes aos preparativos para as eleições municipais do ano que vem, são puro "caldo de piaba". De acordo com ele, que postou seu comentário no artigo "É uma vergonha", Ubiracy Vasconcelos tem "rejeição" no município e Manoel do Ibama "lidera um grupo que esteve sempre ao lado do poder, se aliando a tudo e a todos". Com base nisso, o caro anônimo afirma que o atual prefeito de Xapuri já pode preparar o paletó para a próxima posse.

Não entrarei no mérito das qualidades e defeitos dos nomes que surgem como possíveis candidatos à prefeitura de Xapuri, mas a idéia de que o tosco Vanderley Viana figura neste momento da contagem regressiva às eleições como favorito me parece no mínimo insensata para não dizer absurda. A insistência de alguns em querer reforçar essa idéia me causa preocupação, pois revela um sentimento de comodismo com o a balbúrdia que aí está. Em minha opinião isso é puro "entreguismo".

Aqueles que amam Xapuri e que sonham com um futuro mais digno para essa terra e seus habitantes não podem se entregar tão facilmente. Há que se lutar contra o cancro em metástase que está instalado na prefeitura e, mais do que isso, fazer valer a nossa condição de cidadãos preocupados com a nossa cidade e ajudarmos a construir um governo que tenha o mínimo de decência e vergonha na cara a partir de 2009. Isso é possível, basta botar o jegue na estrada e participar do processo.

Não acredito que os partidos que disputarão as eleições definam seus candidatos à revelia da opinião popular. Se assim o fizerem cometerão os mesmos erros do passado que resultaram na anomalia que todos já conhecemos e à qual não queremos com certeza reviver. Nesse ponto sou obrigado a concordar com um pouco do que o anônimo diz: "Xapuri carece de bons e bem intencionados candidatos". Que se habilitem aqueles que atendam aos critérios que a população estabelecer como necessários. Com a palavra os partidos.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Montezuma Cruz escreve

Raimari, estimado.

Ao deparar com a mediocridade estampada nos atos desse prefeito, vejo que Pablo Neruda nunca foi tão atual: Lá como cá, temos o câncer.

Não quero chamar Sua Excelência de doente. Jamais desejaria isso a alguém. Mas demonstrar, sim, que o besteirol e a insensatez caminham de braços dados de norte a sul deste País – do Oiapoque a Xapuri, e daí para qualquer canto.

E quando um jornalista preocupado com a sua terra e o bem-estar de sua gente põe o dedo na ferida, recebe impropérios. É o seu caso.

Ligue não, Raimari. Continue com seus olhos clínicos, críticos e saudáveis sobre a sua cidade. As pessoas de bem saberão avaliar o quanto vale a sua luta.

Abraço, Montezuma.

Montezuma Cruz é jornalista veterano de muitas coberturas na Amazônia. Hoje trabalha no Jornal de Brasília.

ELENIRA E O LEGADO DE CHICO MENDES

Assista no site Viva America ao vídeo de uma palestra de Cristina Narbona e Elenira Mendes, em Madri, sobre o legado do líder sindical e ecologista Chico Mendes. Elenira Mendes é presidente da Fundação Chico Mendes, que leva o nome do pai dela. Cristina Narbona, ministra de Meio Ambiente da Espanha. Clique aqui.

Apanhado no blog do Altino.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Fiscalização da CGU

O município de Xapuri será fiscalizado pela Controladoria-Geral da União (CGU) quanto à aplicação de recursos repassados pela União para a execução descentralizada de programas federais. O sorteio da CGU foi realizado no final da tarde de ontem. Acre e Rondônia também receberão equipes de fiscalização do CGU. Os auditores visitarão obras, hospitais, escolas, farão checagem de documentos e de bens, além de entrevistas com cidadãos.

Da coluna Brasília 24 Horas, assinada pelo jornalista Mariano Maciel.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Luz para Todos

Depois de dois dias sem poder acessar a internet, estou eu de volta. As novidades não são muitas, mas algumas são animadoras. Uma das boas novidades é a vinda da coordenadora do programa Luz para Todos, Nadma Farias, a Xapuri para prestar informações na Câmara sobre as ações e metas previstas para o município no restante deste ano. Xapuri já tem quase 150 quilômetros de eletrificação rural concretizados, mas a demanda ainda é grande e a população rural cobra firmemente a chegada da luz às suas residências.

A sessão na Câmara foi movimentada, com a presença de muitos produtores, todos com muitas dúvidas a serem tiradas e outras tantas perguntas a serem feitas. O vereador José Cecílio Evangelista, autor do requerimento que deu origem ao convite à coordenadora, afirmou que o resultado foi amplamente positivo e que o encontro foi um sucesso. Segundo ele, as respostas e informações apresentadas pela coordenadora satisfizeram à grande maioria dos produtores presentes. "O objetivo do convite foi trazer a coordenação do programa para tirar pessoalmente as dúvidas e prestar informações sobre os trabalhos diretamente à população", disse ele.

À tarde, Nadma Farias e sua equipe foi até a colocação Rio Branco, no seringal Floresta, encontrar-se com os produtores rurais selecionados para testar os fogões geradores de energia desenvolvidos pela Funtac. Os fogões poderão vir a servir como fonte alternativa de energia para o programa de eletrificação rural.

sábado, 6 de outubro de 2007

Foto de Capa do Jornal Página 20
















xxxxxxxxxxxxxx


Conflito pela terra na periferia de Rio Branco.

Leia a reportagem de Danielle Albuquerque (Clique aqui).

É uma vergonha

Na sua última aparição nas telas dos poucos televisores que se atrevem a acompanhar o bizarro show de horrores que é o programa intitulado "Jornal Xapuri", em uma das retransmissoras locais, o prefeito Vanderley Viana deveria ter fornecido explicações sobre os já mencionados convênios para pavimentação de ruas e construção da Saboaria Xapuri, cujos recursos já foram liberados, mas que até agora não apareceram em forma de realizações.

Desgastado pela verdadeira catástrofe que é a sua gestão, o prefeito preferiu distribuir ofensas e acusações contra muita gente. Se referiu à decisão da câmara de reprovar o parecer do Tribunal de Contas do Estado que apontava irregularidades na prestação de contas do ex-prefeito Júlio Barbosa, do ano de 2001. "É uma vergonha a câmara apoiar tanta roubalheira", disse ele aos costumeiros berros.

Vanderley pode até estar certo. Sou da opinião que irregularidades em prestação de contas devem ser tratadas pelo Ministério Público e não por vereadores clientelistas. Mas o prefeito esquece que a mesma câmara que agora defendeu Júlio Barbosa, também o protegeu no caso das irregularidades com os recursos do Fundef denunciadas pelo Sindicato dos Servidores em Educação. Na época, também foi considerado "uma vergonha" o fato de a câmara fazer vista grossa para tantos indícios de pura patifaria?

Independentemente da boa ou má gestão de Júlio Barbosa, o que a população de Xapuri quer, agora, é respeito e responsabilidade com o trato à coisa pública, o que certamente não está acontecendo neste momento. Essa administração é digna de envergonhar o pior dos cafajestes. O prefeito mente e engana a todos. De funcionários do próprio município a mecânicos de motocicletas, partem ações na Justiça do Trabalho e no Juizado Especial por calotes perpetrados pela própria pessoa do governante municipal.

Os absurdos observados no interior da prefeitura chegam ao ponto de um funcionário do Setor de Cadastro e Arrecadação dizer a um prestador de serviços, no ato da emissão de uma nota de serviços, que o mesmo não teria a necessidade de efetuar o pagamento do Documento de Arrecadação Municipal no banco. Uma atitude no mínimo estranha, para não dizer suspeita. Coisas assim estão se tornando comuns e ninguém diz mais nada.

A câmara esqueceu que foi eleita para fiscalizar os administradores e defender o povo. O povo por sua vez não acredita mais nos seus vereadores, nem mesmo na sua própria capacidade de reagir às circunstâncias que tornam Xapuri, hoje, uma cidade bem atrás das demais cidades acreanas em termos de desenvolvimento.

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Sabão social x descaso total

Nem fábrica de sabão escapa da irresponsabilidade da atual administração municipal. A Saboaria Xapuri, gestada pelo Grupo de Mulheres do Bairro da Sibéria, parou de produzir seus produtos por falta de condições da estrutura física do prédio, na realidade uma velha casa de madeira caindo aos pedaços. Os R$ 37 mil destinados pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, via município, para a construção das novas instalações da fábrica ainda não deram o ar da graça.

O dinheiro foi liberado no dia 23 de março deste ano, dentro de um montante de R$ 134.381,00 - Convênio 562973 (clique no número e leia) - para, além da construção da sede da fábrica comunitária, atender a abertura de açudes e compra de um veículo traçado. Pela origem dos recursos, acredito que o tal carro traçado deveria ser destinado a atender aos produtores rurais, mas o único veículo desse tipo que foi adquirido pela prefeitura vive a desfilar beleza pelo asfalto desta e de outras cidades vizinhas.

O carro gasta diesel até nos finais de semana e já chegou a ser visto fazendo turismo em ambos os lados da fronteira, fato que infelizmente não posso provar, mas creio que existam testemunhas oculares do fato. Sobre os açudes é melhor nem falar. Só existem no objeto do convênio e nos sonhos de quem ainda acredita nos farsantes que tocam a prefeitura como se fosse uma propriedade particular.

Com relação à Saboaria Xapuri é inaceitável o silêncio das pessoas da comunidade da Sibéria sobre o assunto. Ninguém diz nada e apregoa o velho ditado que quem cala consente. Procurado algumas vezes, o presidente da Associação de Moradores, João Jorge Cosmo da Silva, se esquivou de falar o que acha da situação. A Dona Carmita, líderança de enorme respaldo na comunidade, também não se pronunciou.

A Saboaria é um grande exemplo de que Xapuri, de maneira especial a comunidade liderada por João Jorge, tem grande potencial para encontrar soluções para os seus problemas, principalmente o da falta de empregos. Vejam o que disse o jornalista Juracy Xangai em uma reportagem sobre a fábrica:

"Sabão social

A falta de empregos levou as mulheres da Associação dos Moradores do Bairro da Sibéria, em Xapuri, a buscar formas alternativas de gerar renda a partir da produção do sabão tradicional feito de sebo de gado ou restos de gordura da cozinha. Lideradas por Carmita Pereira de Souza, elas logo descobriram que além do sabão poderiam produzir e vender detergente, desinfetante, pasta para polir panelas, sabão em pó e ainda sabonetes e outros produtos de beleza a base de óleos e ervas da floresta.Foi assim que surgiu a Saboaria Xapuri que com apoio tecnológico da Funtac e empresarial do Sebrae está ampliando suas instalações e colocando seus produtos no mercado atingindo finalmente seu objetivo de gerar ocupação e renda para aquela comunidade que é uma das mais carentes de Xapuri".

Vencedora do Prêmio Chico Mendes de Florestania, na modalidade Iniciativa Comunitária, em 2006, mesmo ano em que conquistou o terceiro lugar no Prêmio Finep, na categoria Inovação Social, a Saboaria Xapuri tornou-se uma referência de empreendedorismo comunitário para o município e para o Acre. Não merece passar por situação tão constrangedora diante da presença de autoridades da vigilância sanitária. Pior ainda é ver o resultado de um trabalho tão bem organizado e de uma importância social tremenda se transformar em bolhas de sabão.

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

O pândego prefeito de Xapuri

Arreliado por receber cobranças justas, em nome de uma população que não suporta mais tanto descaso e desrespeito por parte de quem se diz administrador de um município entregue a um verdadeiro bando de sanguessugas e parasitas sanguinários, o prefeito Vanderley Viana foi mais uma vez ao seu lamentavelmente famoso programa de TV para cuspir impropérios contra este linguarudo radialista.

Xingou-me daquilo que ele mesmo sempre foi, continua sendo e permanecerá a ser por todo o resto de sua inútil existência: um zero à esquerda, destrambelhado, massa de manobra nas mãos de pessoas que, ao contrário dele, possuem a quantidade mínima de massa cinzenta para manobrá-lo enquanto posa de "doido da baladeira", no dizer da moda vulgar ao seu caráter.

Outra vítima do novo faniquito do tiranóide foi o professor Wemerson Fittipaldy, ex-secretário municipal de educação, que afirmou dias atrás, em mensagem enviada a este blog, haver deixado a prefeitura por perceber a existência de "um grupo de interesses instalado dentro daquela gestão e por ter pensamento voltado ao social e defender as coisas certas, honestas e organizadas".

Certamente por não concordar com o que se passa por dentro das paredes sombrias da prefeitura, Fittipaldy foi convidado a sair de fininho, mesmo que não confirme isso. Dizer a verdade, para o prefeito-mamulengo, é a pior das afrontas. Apontar-lhe os muitos defeitos e os poucos méritos de sua administração é a senha para vê-lo perder a compostura, se é que um dia a possuiu.

Apesar das injustas ofensas, resultado da incapacidade de explicar o óbvio, o prefeito Vanderley não é digno de rancor. A figura já se tornou lendária por suas histórias desgraçadamente cômicas e se verteu em ícone da caçoada e mangação. Dia em que não há uma boa história vinda das bandas da prefeitura não é dia feliz no triste cotidiano da velha e sempre boa Xapuri. Só o que não tem graça é a falta de resposta à pergunta que não quer calar: cadê o dinheiro das ruas? O gato comeu?

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

O legado de Chico

Elenira Mendes está há cerca de 15 dias na Europa. A filha de Chico Mendes refaz os caminhos do pai no exterior, desta vez para buscar apoio para projetos que a Fundação e o Instituto Chico Mendes planejam executar por aqui. Um desses projetos tem o objetivo de reflorestar as margens do Rio Acre desde Assis Brasil até a sua foz, no Rio Purus.

Só para o início desse projeto há uma previsão de recursos da ordem de R$ 4 milhões. Sua execução depende da confirmação de convênio com duas empresas européias do ramo de papel e celulose que não tiveram seus nomes divulgados.

Mas a busca por apoio não é a única razão da viagem de Elenira ao exterior. Ela também divulga a herança ideológica e a história de luta do pai, através da palestra "O legado de Chico Mendes", com a qual participa, no próximo dia 11, do Festival Ibero-Americano de Cultura, Política, Arte e Variedades em Madri/Espanha, que estará acontecendo entre 5 e 14 de outubro de 2007.

O Festival incluirá vários eventos culturais, tem previstos debates políticos e sociais sobre temas do espaço iberoamericano, nos quais deverão participar o primeiro-ministro José Luis Rodríguez Zapatero, responsável do governo madrileno e o ministro da cultura brasileiro, Gilberto Gil.

Xapuri em debate

O xapuriense Carlos Estevão Ferreira Castelo sugere o início de um bom debate, através deste blog, em favor da nossa querida, amada e tão mal-tratada Xapuri.

"Poderíamos iniciar um qualificado debate no no seu blog. Que tal? Sinto que Xapuri está perdendo uma oportunidade histórica de melhorar a qualidade de vida de sua população".

Acho excelente a idéia. Temos que descruzar os braços e partir para as atitudes. E elas começam com a discussão saudável, com a propositura de idéias firmes e bem fundamentadas.

O espaço está à disposição daqueles que ainda acreditam ser possível modificar a realidade triste que aí está. Xapuri não merece tanto desprezo e humilhação.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Devastação amazônica

As imagens não mentem, mas assustam. A floresta amazônica está cada vez mais devastada, entre o Aripuanã, na região noroeste mato-grossense, e o leste de Rondônia.

Reportagem do jornalista Montezuma Cruz, da Agência Amazônia, mostra a devastação da floresta amazônica no noroeste do Mato Grosso e no leste de Rondônia. Imagens do satélite CBERS-2B mostram a voracidade da motoserra ao longo da BR-364, área de acelerado processo de ocupação agrícola ocorrido desde meados da década de 70.

A região sob influência dessa rodovia que liga Cuiabá a Porto Velho e a Rio Branco (AC) foi habitada por uma maioria de migrantes procedentes dos estados do Paraná, Mato Grosso, Minas Gerais e do Espírito Santo.

O mais recente testemunho desse fenômeno provocado pelas mãos do homem pertence ao Programa CBERS, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).Os dados recebidos pelo satélite CBERS-2B são empregados pelo governo brasileiro na agricultura e no combate ao desmatamento na Amazônia. Leia a reportagem completa na Agência Amazônia.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Movimento em prol de Xapuri

O presidente da Associação Comercial de Xapuri, João Honorato Cardoso, pretende mobilizar representantes dos diversos setores da sociedade local para criar um movimento extra-partidário com o objetivo de colocar na mesa de debates os principais problemas do município e deliberar sobre as decisões a serem tomadas na busca de soluções.

João Cardoso foi recebido na semana passada pelo governador Binho Marques que garantiu ouvir as principais demandas da população xapuriense, caso haja um movimento organizado em torno da discussão de idéias. O encontro com o governador incentivou o comerciante a dar início a esse movimento popular, sem interesses políticos, segundo ele.

"A idéia é tentar reunir o máximo de gente, dos diversos setores da sociedade, para tentar tirar Xapuri do caos em que se encontra", disse João Cardoso.

Pelo comodismo instalado em Xapuri, principalmente da parte daqueles que ajudaram a construir a excrescência chamada administração "Para ver Xapuri Renascer", a tarefa de João Cardoso não deverá ser fácil. Mas a verdade é que já são quase três anos de braços cruzados sem que ninguém tome uma iniciativa contra a inércia acampada na prefeitura. Mãos à obra, então.

Luz nossa de cada dia

Não bastasse a luz faltar constantemente, nesse calorão de cozinhar os miolos, a qualidadade da energia gerada pela Quascor e a nós vendida a peso de ouro pela Eletroacre, está de mal a pior. É queda de fase, oscilação, saída de barramento, entre outros termos técnicos que pouco explicam e muito confundem a cabeça dos pobres consumidores reféns de taxas e tarifa. De eficaz mesmo só a fatura mensal, bem medida e pontual. Os curto-circuitos causados por galhos que atingem a rede elétrica são os causadores dos apagãos, de acordo com os bravos homens que dão a luz.

Wemerson Fittipaldy

O ex-secretário de educação da prefeitura de Xapuri, Wemerson Fittipaldy, anotou o comentário a seguir na postagem "Xapuri adere ao Todos pela Educação".

Caro Amigo Raimari Cardoso,

Gostaria de expressar a imensa admiração que tenho por sua pessoa, não só eu como também minha esposa Márcia Pereira. Hoje li sua reportagem e confesso que não entendi o termo usado "Novo Pontapé", pelo que sei solicitei minha exoneração e não fui demitido pelo prefeito, saí por entender que não fazia parte de um grupo de interesse instalado dentro daquela gestão, por ter pensamento voltado ao social e por defender as coisas certas, honestas e organizadas.

No entanto, gostaria de deixar registrado que a assinatura do Termo de Compromisso de Todos Pela Educação é uma necessidade emergente de todas as prefeituras e estados da Federação Brasileira, sendo Xapuri o terceiro a ter recebido os técnicos do MEC, isso porque foram mandados todos os documentos necessários ao MEC por minha pessoa em tempo ágil. Esta é apenas mais uma ação implementada por minha pessoa nos poucos dias que passei a frente daquela secretaria, todavia outras surgirão como: Pró-Letramento (curso de formação Continuada para professores das séries iniciais do Ensino Fundamental) Pró-Infância (convênio para melhoria das escolas de educação Infantil e Creches- formação, construção, aquisição de materiais e outros), Mídias na Educação (curso de educação Tecnológica), Curso Profissionalizante em Pós-médio (técnico em Gestão Empresarial, Técnico em Gestão Pública e Técnico em Manutenção de Aparelhos e eletrônicos), assinatura e adesão para aquisição de mais um microônibus e embarcação entre outros.

Além de ter realizado muitas outras pequenas ações internas na secretaria, tudo isso visando o melhor pela educação deste município que precisa hoje mais do que nunca de pessoas que lutem mais pelas classes menos favorecidas, que por si mesmo. Lamento não poder ter feito algo a mais, mas não tive apoio merecido. Estou colocando isso, não pra me vangloriar, mas para deixar registrada minha passagem por este município como útil a uma sociedade, e não como intruso e/ou forasteiro como fui tratado.

Espero que a educação em Xapuri possa dar passos largos, mas sei que isso só será possível se houver em toda a sociedade algo que chamo: Despojar dos interesses individuais e vestir-se de ações coletivas, acabando assim com a rivalidade, partidariedade e individualidade, algo intrinsecamente presente na maioria das pessoas que se dizem interessadas em mudar a vida das pessoas desta cidade. Mais Acredito que o povo xapuriense está mais preparado que nunca para mudar essa triste realidade, ou diria, entrar no caminho certo, o caminho do desenvolvimento e isso só será possível investindo em educação, cultura, e acima de tudo se tiveram coragem pra mudar.

Por último coloco-me a disposição deste Blogger.

Atenciosamente,

Professor Wemerson Fittipaldy de Oliveira

Xapuri Acre, 27 de setembro de 2007.


Meu comentário: Admito o exagero e a impropriedade da expressão utilizada, motivo pelo qual a substituí por termos mais adequados. Em nenhum momento tive a intenção de faltar com respeito ao professor Fittipaldy, de quem não tenho más informações e a quem reconheço a qualificação e a competência para o cargo que ocupou nesta atual administração, tão carente de profissionais capazes e idôneos, independemente de serem xapurienses ou não. Quando usei a expressão "novo pontapé", quis me referir à maneira usual com que o prefeito Vanderley Viana trata àqueles que trabalham com ele, sejam secretários ou simplesmente servidores comuns: aos pontapés, quando não se depara com alguns que o fazem encontrar, vez por outra, o chapéu da viagem. Também encontro-me à disposição para o que for necessário.