Os 30 anos de ausência física de meu pai representam para mim uma forte razão para continuar acreditando na existência Divina, por mais que os pragmáticos da ciência me digam que essa mesma razão seja motivo para crer exatamente no contrário. Há algo grande e incompreensível aos olhos da razão que talvez somente na morte seja devidamente explicado.
Apego-me a essa convicção para que possa continuar vivendo, lutando firmemente para deixar aos meus filhos, que carecem de exemplo e conselho, pelo menos um pouco daquilo que o senhor Antônio Firmino da Silva, um simples seringueiro do Novo Catete, um dia me deixou. A certeza de que vale a pena viver e prosseguir lutando por um mundo melhor e mais justo.
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