terça-feira, 5 de novembro de 2019

Chico Mendes inspira novos ambientalistas

Chico Mendes Herói Brasileiro foi homenageado ontem (4) na Chácara dos Professores, em Brasília. A exposição permanente de mesmo nome contou com uma inauguração diferente. Extrativistas, estudantes, professores e companheiros históricos do seringueiro compartilharam histórias, experiências de sustentabilidade e anseios para a construção de um mundo novo.
Em 2019 relembra-se os 31 anos do assassinato de Chico Mendes. Ao mesmo tempo, comemora-se os 34 anos do Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS), que adicionou Memorial Chico Mendes ao nome. Joaquim Belo, atual presidente da instituição, e resume a função dela. “Lutamos pela liberdade da comunidade e pelo direito de manter nosso modo de produção”.
Zezé Weiss, editora da revista Xapuri, uma das organizadoras do evento, ressaltou o papel de diversas organizações na realização do mesmo. CNS, SinproFENAE e Ipam tiveram seu papel reconhecido por juntar os povos da floresta à população da cidade para recontar a história de um guardião da Amazônia. Segundo ela, “Chico Mendes vive e Chico Mendes vive em nós”.
Leia mais em Reconta aí.

segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Obra de Nilo Diniz homenageia Chico Mendes

“Herói nacional, que foi um verdadeiro educador, organizador, articulador e comunicador”. É assim que Nilo Diniz define Chico Mendes, seringueiro ativista morto em 1988 em Xapuri, no Acre. Sob o título baseado em uma frase do jornalista Antônio Alves, ex- secretário de Cultura do Acre, Nilo lançou nesta segunda-feira (4/11), em Brazlândia o livro Chico Mendes: Um grito no ouvido do mundo.

A obra, que está na primeira edição, apresenta um relato histórico sobre os conflitos sociais e ambientais na Amazônia e uma análise detalhada de coberturas de grandes jornais do Rio Janeiro e de São Paulo, em especial a resistência dos povos da floresta. 
Em entrevista ao Correio, o escritor disse que o atual cenário político o ajudou a publicar a obra. “A motivação pela publicação agora veio da atual conjuntura política desfavorável para as populações tradicionais, indígenas e extrativistas. É uma reação também a pronunciamentos desinformados de autoridades ambientais atuais, desconsiderando a importância histórica do Chico Mendes”, afirma o autor. 

domingo, 3 de novembro de 2019

Portões fechados

Os portões dos 10.133 locais de aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019 foram fechados às 13h, horário de Brasília, deste domingo, 3 de novembro. Neste primeiro dia de realização do exame, serão aplicadas as provas de linguagens, códigos e suas tecnologias, ciências humanas e suas tecnologias e a redação.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela aplicação do exame, informa que os participantes só poderão deixar as salas, em definitivo, duas horas após o início das provas, 15h30, sob pena de eliminação do participante. Só é permitido sair com o Caderno de Questões nos 30 minutos que antecedem o término das provas, ou seja, a partir das 18h30.
O envelope porta-objetos, entregue pelos aplicadores, deverá ser lacrado e identificado pelo participante antes de ingressar na sala de provas. Entre 13h e 13h30, o participante deve aguardar na sala de aplicação até que seja autorizado o início do exame. Durante esse período, são realizados procedimentos de segurança, como fiscalização dos lanches e conferência dos documentos de identificação já apresentados para o acesso à sala. O envelope porta-objetos deve ser mantido embaixo da carteira, durante a realização das provas.
Prova – Os participantes terão cinco horas e meia para fazer as provas deste domingo, com 90 questões, além da redação. São mais de 5 milhões de provas, distribuídas para 10.133 locais de aplicação, em 1.727 municípios brasileiros.

sábado, 2 de novembro de 2019

Finados em Xapuri teve chuva pela manhã

Foi grande o movimento de pessoas no cemitério São José nas primeiras horas deste dia de Finados. Às 8 horas da manhã, foi realizada a primeira das duas celebrações programadas para o dia. A segunda será um terço,  rezado por volta das 17 horas.
Depois das 11 horas da manhã, a tradicional chuva de Finados se fez presente e reduziu a movimentação no cemitério por todo o horário de almoço. O fluxo deve voltar a crescer depois das 14 horas.
Também em Xapuri o comércio informal aproveita a data para faturar. Vendedores de flores, velas, balas, água mineral e até da famosa raspadilha, xarope de frutas com raspas de gelo, dão plantão em frente ao cemitério mesmo com a chuva. 
Chico Mendes é o xapuriense mais ilustre sepultado no lugar. Ao lado do túmulo do líder seringueiro está outro personagem dos conflitos rurais da década de 1980, Ivair Higino, assassinado meses antes de Mendes em uma emboscada na BR-317.

Um destaque positivo deste dia de Finados foi o bom serviço de limpeza realizado no cemitério pela prefeirura.

Morte, tema tabu?

Frei Betto

2 de novembro é dia de finados, dos que findaram, os mortos. Será, no futuro, o dia de cada um de nós. Mas quem encara este destino inelutável?

Entre crianças de seis anos de idade convidadas a escrever cartas a Deus, uma delas propôs: “Deus, todo dia nasce muita gente e morre muita gente. O Senhor deveria proibir nascimentos e mortes, e permitir a quem já nasceu viver para sempre”.

Faz sentido. Evitar-se-iam a superpopulação do planeta e o sofrimento de morrer ou ver desaparecer entes queridos. Mas quem garante que, privados da certeza de finitude, essa raça de sobre-humanos não tornaria a nossa convivência uma experiência infernal? Simone de Beauvoir deu a resposta no romance “Todos os homens são mortais”.

É esse ideal de infinitude que fomenta a cultura da imortalidade disseminada pela promissora indústria do elixir da eterna juventude: cosméticos, academias de ginástica, livros de auto-ajuda, cuidados nutricionais, drágeas e produtos naturais que prometem saúde e longevidade. Nada disso é contra-indicado, exceto quando levado à obsessão, que produz anorexia, ou à atitude ridícula de velhos que se envergonham das próprias rugas e se fantasiam de adolescentes.

Conto sete amigos com câncer nos últimos dois anos. Dois, em estado terminal, me chamaram para conversar sobre a morte. Um deles observou: “Outrora, era tabu falar de sexo. Hoje, é falar de morte”. Concordei. A morte era vista como um fenômeno natural, coroamento inevitável da existência. Hoje, é sinônimo de fracasso, quase uma vergonha social.

A morte clandestinizou-se nessa sociedade que incensa a cultura do prolongamento indefinido da vida, da juventude perene, da glamourização da estética corporal. Nem sequer se tem mais o direito de ficar velho. Nós, que já temos acesso ao Estatuto do Idoso, somos tratados por eufemismos que visam a aplacar a “vergonha” da velhice: terceira idade, melhor idade ou, como li na lataria de uma van, “a turma da dign/idade”. A usar eufemismos, sugiro o mais realista: turma da eterna idade, já que estamos próximos a ela.

No tempo de meus avós morria-se em casa, cercado de parentes e amigos, no espaço doméstico impregnado de pessoas e objetos que constituíam a razão de ser da existência do enfermo. Hoje, morre-se no hospital, um lugar estranho, cercado por pessoas – médicos, enfermeiras, auxiliares – cujos nomes ignoramos. 

A agonia é suprimida pelos avanços da ciência – o coma induzido, a medicação que elimina a dor. Não há quase choro nem vela nem fita amarela. O rito de passagem – unção dos enfermos, luto, missa de 7º dia, proclamas – é quase imperceptível.

“Morrer é fechar os olhos para enxergar melhor”, disse José Martí por ocasião da morte de Marx. As religiões têm respostas às situações limites da condição humana, em especial a morte. Isso é um consolo e uma esperança para quem tem fé. Fora do âmbito religioso, entretanto, a morte é um acidente, não uma decorrência normal da condição humana.

Morre-se abundantemente em filmes e telenovelas, mas não há velório nem enterro. Os personagens são seres descartáveis como as vítimas inclementes do narcotráfico. Ou as figuras virtuais dos jogos eletrônicos que ensinam crianças a matar sem culpa.

A morte é, como frisou Sartre, a mais solitária experiência humana. É a quebra definitiva do ego. Na ótica da fé, o desdobramento do ego no seu contrário: o amor, o ágape, a comunhão com Deus.

A morte nos reduz ao verdadeiro eu, sem os adornos de condição social, nome de família, títulos, propriedades, importância ou conta bancária. É a ruptura de todos os vínculos que nos prendem ao acidental. Os místicos a encaram com tranqüilidade por exercitarem o desapego frente a todos os valores finitos. Cultivam, na subjetividade, valores infinitos. E fazem da vida dom de si – amor. Por isso Teresa de Ávila suspirava: “Morro por não morrer”.

Padre Vieira, cujo quarto centenário de nascimento se comemora este ano, advertia no sermão do 1º domingo do Advento, em 1650: “No nascimento, somos filhos de nossos pais; na ressurreição, seremos filhos de nossas obras”.

Frei Betto é frade dominicano e escritor. Autor de 51 livros, editados no Brasil e no exterior, nasceu em Belo Horizonte (MG). Estudou jornalismo, antropologia, filosofia e teologia.

quinta-feira, 24 de outubro de 2019

O Ibama levou


O café da manhã no restaurante Açaí, na pousada Chapurys, continua muito bom, mas perdeu uma de suas principais atrações. Essa dupla com quem eu batia um papo antes de quebrar o jejum já não está mais lá. Foi recolhida pelo Ibama para a tristeza do proprietário da pousada, João Garrinha.

Lei é lei, e sou legalista por natureza, mas gostava muito pássaros e acho que eles eram felizes ali, numa gaiola sim, mas bem ampla e num lugar arborizado. Espero que para onde foram levados estejam tendo o mesmo tratamento dado pelo Garrinha. Não sei ainda podem ser devolvidos à natureza.

quarta-feira, 23 de outubro de 2019

Natex vive!

A fábrica de preservativos de Xapuri continua na ativa, agora sob gerenciamento privado por meio de parceria com o governo.

Nesta terça-feira, 22, fui conferir o processo de embalagem e expedição. Duas cargas de preservativos foram despachadas para Rio Branco.

Fui recebido de maneira atenciosa pelo Emerson Feitosa, presidente da Indústria de Produtos de Látex da Amazônia, a nova gestora do empreendimento.

Os detalhes e fotos estão no novo site da Agência de Notícias do Acre.

terça-feira, 22 de outubro de 2019

Olhar de Futuro

O prefeito Ubiracy Vasconcelos trouxe uma boa notícia de Brasília, onde esteve garimpando recursos para o município no Orçamento Geral da União para o ano que vem. 

Com a ajuda do deputado federal Alan Rick, o prefeito está conseguindo liberar os recursos para a construção do novo prédio da creche Olhar de Criança.

São R$ 2 milhões para as novas instalações que vão proporcionar, inclusive, a ampliação do número de crianças atendidas pela creche, hoje cerca de 200.

segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Moro prorroga GLO

A permanência das forças militares na Amazônia vai se prolongar até abril de 2020.

A prorrogação do apoio federal ocorre nos estados que possuem unidades de conservação federais.

No Acre, a Resex Chico Mendes, principalmente, tem sido alvo de constantes operações de combate a ilícitos ambientais.

A permanência dos militares será de 20 de outubro até 16 de abril de 2020 nas unidades de conservação federais em apoio na fiscalização do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, o ICMBio, nas ações de fiscalização das unidades de conservação federais.
A portaria assinada pelo ministro Sergio Moro afirma que a continuidade do apoio das forças terá ênfase no combate ao desmatamento na região amazônica, em caráter episódico e planejado, por mais 180 (cento e oitenta) dias. A portaria diz ainda que a permanência da Força Nacional pode ser prorrogada, se for necessário.

domingo, 20 de outubro de 2019

Boa medida

Louvável a medida da empresa Energisa de promover a limpeza do terreno onde está a antiga usina termelétrica da Eletroacre.

Não bastasse a horripilância das ruínas a estragar a paisagem, a área costuma passar longos períodos tomada pelo matagal.

Ao lado da velha usina está o bairro Amadeo Dantas, que no último mês de janeiro foi castigado por vários casos de dengue, alguns tendo beirado a complicação.

sábado, 19 de outubro de 2019

Consciência zero

Rua Amadeo Dantas, no bairro de mesmo nome. Nesta região de Xapuri, explodiram casos de dengue em janeiro deste ano. Teve morador que quase morreu. A falta de consciência ambiental também pode matar. 

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Apuí (AM)

O município amazonense é um dos campeões de queimadas em 2019, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Foto: PrevFogo.

Elivan Verus é condenado a mais 14 anos de reclusão

Quatro anos depois de ser condenado a mais de 60 anos de reclusão pelos crimes relacionados às mortes da estudante Janaína Nunes e do delegado Antônio Carlos Marques Mello, o presidiário Elivan Verus da Silva, 37, sentou mais uma vez ao banco dos réus no Tribunal do Júri de Xapuri.

Dessa vez, Elivan foi julgado pela tentativa de homicídio contra o sargento do BOPE Antônio de Jesus Batista, que foi quem o prendeu quando da grande operação montada para capturá-lo após ter baleado o delegado no dia anterior àquele 15 de dezembro de 2015.

O Conselho de Sentença não se convenceu de suas afirmações de que não estava armado durante a perseguição policial, o que o impossibilitaria de ter atirado no policial. A sentença novamente foi dura. 14 anos em regime inicialmente fechado.  

quinta-feira, 17 de outubro de 2019

Romaria

O prefeito Ubiracy Vasconcelos está em Brasília desde o começo da semana em busca de recursos para o município no Orçamento Geral da União (OGU) 2020.

Ele conta que tem sido muito bem recebido pelos parlamentares acreanos, que têm se mostrado solícitos com as demandas apresentadas.

O deputado federal Manuel Marcos, do PRB, já garantiu a destinação de emendas para as áreas de saúde, educação e esporte.

"Estou percorrendo todos os ministérios e também os gabinetes dos nossos parlamentares da bancada federal acreana em busca de recursos, emendas, enfim, sensibilizando a todos, da importância dos recursos para fazermos o melhor para a nossa Xapuri", afirmou o prefeito por meio de sua assessoria.

Letras

Uma estudante de 10 anos está enchendo de orgulho os pais e os professores. Nicole Verçosa vai representar o Acre na semifinal regional da 6ª Olimpíada Brasileira de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro, que ocorrerá de 4 a 6 de novembro deste ano, na cidade de São Paulo.

Nicole tem 10 anos e estuda o 5º ano do Ensino Fundamental na escola municipal rural Santa Clara, em Xapuri. Classificada entre os mais de 50 finalistas no gênero Poema, a estudante conta que seu texto buscou retratar as origens de sua terra, especificamente do Polo Agroflorestal da Variante, local onde reside.

“Meu texto é um breve retrato do meu Polo, o da Variante, que mostra o dia a dia nesta terra”, disse.

Nicole concorreu com alunos de escolas públicas de todo o Estado. Como semifinalista, foi premiada com uma medalha e um kit escolar, no dia 9 deste mês, em Xapuri, e concorre ao ouro, nas duas últimas fases restantes - regional e nacional.

Na imagem que ilustra o post, a estudante recebe a premiação entregue pela secretária municipal de Educação de Xapuri, Fernanda Abreu.

A Olimpíada

A Olimpíada de Língua Portuguesa é um programa que visa aprimorar a didática dos docentes de Língua Portuguesa e contribuir com a melhoria do ensino público. A edição deste ano tem como tema Escrevendo o Futuro, com intuito de aproximar os estudantes do lugar onde vivem. Só de inscritos teve mais de 170 mil e adesão de todos os estados brasileiros.

Gestão Municipal

A Prefeitura de Xapuri, por meio da Secretaria Municipal de Educação – SEMED – afirmou que o resultado obtido pela estudante é um marco para a gestão educacional do município.

- A prefeitura tem trabalhado incansavelmente na promoção de formações e encontros pedagógicos aos professores e coordenadores de ensino das Escolas Municipais urbanas e rurais, com a oferta de reuniões e acompanhamentos pedagógicos semanais, tanto em escolas de zona urbana como rural. Fruto disso é a seleção desta jovem estudante que agora representará o município e o Estado do Acre na fase semifinal das Olimpíadas de Língua Portuguesa 2019. 

Um grande aprendizado

Serenidade, mansidão, suavidade, mas com firmeza de posições. Talvez seja essa a melhor descrição para a minha impressão como jornalista a respeito do padre Francisco das Chagas Monteiro, 67 anos, pároco de São Sebastião, em Xapuri, desde o ano de 2005.

Homem de uma enorme simplicidade, padre Chagas se tornou uma grande referência em Xapuri já nos primeiros momentos de sua condução à paróquia local. Ex-seringueiro da região do Alto Purus, alfabetizado já adulto e ordenado sacerdote aos 40 anos de idade, o vigário é hoje uma das figuras mais carismáticas da cidade, com uma forte presença na vida das comunidades mais necessitadas do município.

Talvez por sua origem, Padre Chagas seja tão envolvido com os problemas de sua comunidade. Não se envolve, no entanto, com a política paroquiana. Circula em todos os ambientes da rotina pública local, sempre como uma pessoa muito respeitável e equilibrada em suas posições. Não se envolve em polêmicas, mas já foi, involuntariamente, envolvido em algumas. 

Em 2011, foi acusado de se negar a celebrar uma missa durante a programação da Semana Chico Mendes daquele ano. Na verdade, a organização do evento programou a celebração à revelia da igreja e do pároco, que apenas soube da missa na véspera de sua realização, quando já tinha um compromisso assumido no município de Sena Madureira.

Mais recentemente, padre Chagas foi acusado por membros de um grupo formado por fiéis de sua igreja de comprar uma caminhonete sem permissão da Diocese, entre outras acusações e insinuações de maior gravidade. Nada do que foi dito foi comprovado e tudo do que foi feito foi devidamente explicado pelo pároco e sua equipe, que ainda colocou toda a prestação de contas da igreja à disposição do público em geral.

Chego até aqui para dizer que os imblóglios foram resolvidos pelo religioso sem lançar mão de respostas duras e sem querer fazer de sua verdade um instrumento de revide contra os que lhe acusaram, mas com o uso daqueles pontos que citei no começo desta postagem sobre a minha impressão com o homem e com o padre Francisco das Chagas. Serenidade, mansidão, suavidade, mas com firmeza de posições. Sem dúvidas, um grande aprendizado.

quarta-feira, 16 de outubro de 2019

Mártires

Banner exposto em Roma durante o Sínodo da Amazônia. Foto enviada pela sindicalista Dercy Teles de Carvalho, que participa das manifestações em defesa da floresta amazônica durante o evento.

A maldade humana

Denilza Florentino da Conceição, 40 anos. Trabalhadora rural, portadora de um determinado grau de deficiência física que não a impede de trabalhar no roçado para produzir os alimentos para a sua família na colocação Bela Vista, seringal Floresta, na Reserva Extrativista Chico Mendes, em Xapuri.

Na manhã da última segunda-feira, 14, ela teve a sua casa de morada e o paiol onde guardava ferramentas de trabalho e os alimentos colhidos na lavoura incendiados criminosamente. A família, composta por Denilza, o esposo Valdecir e um neto, perdeu tudo. Só restou a roupa do corpo.

A Polícia Civil de Xapuri já comprovou a origem criminosa do incêndio e já identificou a autoria do delito. De acordo com o delegado Alex Danny todas as diligências foram feitas e os procedimentos criminais já estão sendo tomados. Testemunhas estão sendo ouvidas e o pedido de prisão preventiva do suspeito será pedida à justiça.

Dona Denilza e família estão acolhidos em Xapuri, contando com a ajuda das pessoas para superar o momento difícil. Ela havia quebrado um braço dois dias antes do ocorrido. No dia do incêndio havia ido ao município de Brasiléia tratar do ferimento adquirido durante o trabalho no roçado.

“Além da casa onde eles moravam, foi queimado também o local onde eles guardavam os seus materiais de trabalho, tipo roçadeira, motosserra, armas de fogo, enfim, todos os seus instrumentos de trabalho. Também foram destruídos barris onde estavam guardados o arroz, o feijão e todos os alimentos que iam ser consumidos pela família”, relatou o policial Eurico Feitosa, que fez levantamentos sobre o crime no local.

Paolo Almeida no Boa Conversa













O sertanejo universitário e o gospel são os dois gêneros musicais que não sabem o que é crise nos últimos anos. Exemplo é a música gospel acreana que tem produzido novos artistas. Um deles é Paolo Almeida. Nascido em Xapuri, o cantor e compositor já gravou 5 discos autorais. Paolo vai representar o Acre na Expo Cristã 2019, que acontece em São Paulo, e é a maior feira de música cristã da América Latina. Assista, Paolo Almeida em uma Boa Conversa com Leônidas Badaró, no site ac24horas.

terça-feira, 15 de outubro de 2019

Depois de algumas reflexões

Depois de ensaiar por algumas semanas, fazendo algumas postagens eventuais, resolvi reativar o blog Xapuri Agora me comprometendo com pelo menos uma postagem por dia.

Retorno pela necessidade de manter vivo um espaço que tanto ajudou no meu crescimento profissional e pessoal.

O objetivo continuará a ser o mesmo: divulgar os fatos e as ideias do universo xapuriense, garantindo acesso a todos, sem distinção. Aqui não haverá cor nem paixão político-partidária ou ideológica.

O blog é de Xapuri e está à disposição de todos, xapurienses ou não.

Disponham do espaço.

sábado, 12 de outubro de 2019

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Ouço (e leio) rumores de que membros do grupo "Amigos de São Sebastião" desautorizaram, em uma nota interna, o José Cláudio Mota Porfiro, que foi quem assumiu as afirmações relacionadas ao padre Francisco das Chagas, chefe da paróquia de Xapuri, em razão deste, junto com o seu Conselho Paroquial, haver comprado uma nova caminhonete para dar suporte às atividades da Festa de São Sebastião e outras demandas.
Dizem por lá que o Zé Cláudio não pertence ao grupo e que não acreditam que uma fonte cuja identidade foi, a pedido, mantida em sigilo, pertencesse à união de fiéis xapurienses, como afirmo na matéria. Ou seja, sugere-se que minhas fontes não eram autorizadas pelo dito grupo e, consequentemente, que meu trabalho foi construído sem fundamentação jornalística, uma vez os amigos de São Sebastião são solidários ao padre, sempre ajudaram o padre e sempre obedeceram às diretrizes do sacerdote.
"O repórter lançou fogo para ver as cinzas, fez seu trabalho, pois ganha para isso".
Ora, em nenhum momento tive o interesse em tal pauta, mas acossado por dois dias seguidos, em razão de haver feito uma matéria dias antes mostrando a igreja revitalizada e entrevistando o padre que, feliz, agradeceu a todos que ajudaram na realização, resolvi ouvi o que me dizia uma pessoa a quem TENHO COMO PROVAR QUE PERTENCE À LINHA DE FRENTE DO GRUPO.
Segundo essa participante do "Amigos de São Sebastião", o grupo estava pronto para denunciar o padre à imprensa de Rio Branco e que minha matéria não condizia com a realidade dos fatos uma vez que, além de a igreja não estar com a reforma concluída, omitia que o padre havia preterido a conclusão das obras pela compra, SEM AUTORIZAÇÃO DO BISPO DOM JOAQUIM, de uma nova caminhonete. Afirmou que há tempos o grupo vinha suspeitando de uso indevido de dinheiro da igreja conforme as gravações que detenho muito bem guardadas.
Afirmou-me que o grupo desejava que eu complementasse o assunto com uma nova matéria abordando as denúncias até então enclausuradas pelos indignados fiéis. Ao solicitar que me apresentasse personagens para a tal matéria, me disse que o grupo queria que ela fosse publicada sem citar nomes. Ouvindo que isso seria impossível, me pediu um tempo para resolver o problema e eis que em poucos minutos me telefona o Zé Cláudio afirmando que era o representante que "topava a parada".
Citou-me os nomes dos componentes de um tal "grupo executivo", que seria, ao que pude entender, uma espécie de nata gerencial da, digamos, organização. O resto já é conhecido. Ouvi a todas as partes, inclusive mantendo em sigilo a identidade de quem me procurou e a quem eu, por mais de uma vez, disse que não tinha interesse algum em fazer PUBLICAÇÃO DESFAVORÁVEL OU FAVORÁVEL ao padre. Escrevi. E antes de publicar, avisei: O PADRE CHAGAS E O PADRE ASFURY GARANTEM QUE NÃO HÁ NADA DE ERRADO COM A COMPRA.
Não há nada de venal na decisão de fazer a matéria. Não, não ganho dinheiro para isso. Apenas atendi a uma demanda a mim apresentada e insistentemente cobrada. Fiz meu papel sim, mas sem nenhuma paixão, tendência ou parcialidade. Considero que se não a fizesse estaria me omitindo a um fato que ainda não era notícia meramente por falta de oportunidade de quem o queria ver publicitado. Proporcionei que explicações fossem dadas, que luz fosse jogada sobre as trevas de uma confusão que se arrastava pelos sacros corredores da paróquia em forma de boatos e leviandades.
Depois de lançada ao ar, a "infeliz matéria" provocou mais estragos ao próprio grupo de onde saíram as acusações que mesmo ao padre que, sereno e inabalável, sustentou de cabeça erguida a todas as argumentações que ofereceu a mim, que o procurou com sinceridade e pediu-lhe que falasse sobre o assunto que ele mesmo já sabia que contaminava o ar de sua paróquia. Do outro lado, o que houve foi um afã denuncista com desejo de anonimato. Depois, apenas sussurros, lamúrias e medo das consequências. Publicamente, apenas um silêncio sepulcral.
Penso que notas de esclarecimento devam ser públicas. Se os "Amigos de São Sebastião" não coadunam com o que os dois denunciantes expuseram, que se manifeste publicamente em vez de, no submundo da hipocrisia e da covardia infames, se restringir a manifestações desprovidas do mínimo de caráter como a que chegou ao meu conhecimento.
E caso fique comprovado que as duas fontes realmente não pertencem ao grupo, digo-lhes que fui ENGANADO E INDUZIDO AO ERRO POR PESSOAS A QUEM CONHEÇO HÁ DÉCADAS e de quem, mesmo sendo jornalista, não ousei duvidar. Então, pedirei desculpas pelo meu erro não ter exigido comprovação documental do pertencimento de ambos os cidadãos (a) na referida organização voluntária, cuja contribuição para o que se fez para na paróquia de Xapuri foi memorável.
É o meu relato. Versão única e inabalável. E caso algum membro do grupo duvide do que digo, basta me contatar no privado. Estarei amigavelmente à disposição.
Minhas desculpas aos membros do grupo que verdadeiramente de nada sabiam e que, de toda maneira, foram prejudicados pela situação. As palavras mais duras desta manifestação não se dirigem a eles.

domingo, 22 de setembro de 2019

O adeus de dona Maria Cosson


Morreu neste domingo, 22, em Rio Branco, aos 89 anos de idade, dona Maria Cosson, uma das quituteiras mais tradicionais de todo o Acre e uma das pessoas mais queridas e respeitadas de Xapuri.

Maria Cosson ficou famosa pela qualidade de seus doces e licores, especialmente a cajuína. Também era conhecida pela sua personalidade forte e pela sinceridade com que se manifestava sobre os problemas da cidade que tanto amava.

Em 2012, ela contava a uma equipe do UOL, que esteve na cidade fazendo algumas reportagens, que a cajuína estava ameaçada de desaparecer em Xapuri. Relembre clicando no link a seguir: https://tvuol.uol.com.br/video/doceira-de-xapuri-preve-o-fim-da-cajuina-na-cidade-04028D9A3162CC993326/.

Minha solidariedade à família.

terça-feira, 17 de setembro de 2019

E se os livros fossem proibidos?

Conheça a obra que indaga qual seria o destino de uma sociedade que, fascinada pelos avanços tecnológicos, abolisse os livros

Todos sabem que os livros são fundamentais e possuem uma grande importância no desenvolvimento da sociedade e para o crescimento intelectual do indivíduo. As obras literárias, sejam didáticas ou de ficção, também permitem que o ser humano registre fatos importantes, crie histórias e, assim, dão a oportunidade de repassar tudo isso às sociedades posteriores, atuando como portador de conhecimento e informação.
Além da enorme relevância de disseminar conhecimento de geração em geração, o livro abre portas para a liberdade criativa de cada novo autor que se lança no mercado editorial. A cada obra um universo completamente novo é apresentado ao leitor, sempre com novas histórias a serem descobertas.
Os livros são verdadeiros companheiros, desde a infância até a fase adulta e, claro, agregam infinitamente. Mas o que você faria se os livros fossem terminantemente proibidos? Ao longo da história, é possível identificar alguns períodos onde as obras literárias foram perseguidas e proibidas como, por exemplo, na Alemanha Nazista e na Ditadura Militar Brasileira. Poderia isso acontecer novamente?
A obra “O Silêncio dos Livros”, escrita pelo Doutor em Ciências Jurídicas, promotor e fotógrafo Fausto Luciano Panicacci, narra a história de um tempo futuro onde os livros são considerados “antidemocráticos”, e tê-los é considerado crime em diversos países!
Nesse novo cenário, não há espaço para leitores e muito menos escritores.  Aqui, o leitor acompanha a chegada do misterioso Santiago Pena à Vila Nova de Gaia, em Portugal, onde conhecerá Alice, uma garota desprezada pelos pais. Sonhadora e apaixonada por histórias, a menina fica obcecada por um caderno de anotações que Santiago carrega e acidentalmente deixa cair. Curiosa, a garota passa e ficar mais e mais interessada pelas anotações do rapaz.
De maneira surpreendente, a história desse estrangeiro enigmático, da menina abandonada, de um editor corajoso e de uma fotógrafa inspirada se interligam. Juntos, eles arriscam a própria liberdade para manter um perigoso segredo. Em meio a suspense, resistência e aventura, o livro carrega profundas reflexões sobre os paradoxos da condição humana. Alternando-se entre a perspectiva de uma curiosa menina e a de um enigmático homem, O Silêncio dos Livros trata de amor, paixão, amizade, egos, dores latentes e cicatrizes, e é, sobretudo, uma autêntica declaração de amor à Literatura.

domingo, 8 de setembro de 2019

ENCANTADORA

No centro de Xapuri, juntinho do Painel dos Mártires, se desenvolve essa maravilha da floresta amazônica. Trata-se de uma samaúma (Ceiba pentandra). A samaumeira é tipicamente amazônica, conhecida como a “árvore da vida” ou “escada do céu”. Os indígenas consideram-na “a mãe” de todas as árvores. Suas raízes são chamadas de sapobemba. Estas raízes são usadas na comunicação pela floresta, que é feita através de batidas em tais estruturas. Possui uma copa frondosa, aberta e horizontal. Além disso, a árvore apresenta propriedades medicinais e é considerada pelos povos da floresta, uma árvore com poderes mágicos, protegendo inclusive as demais árvores e os habitantes da floresta.

ESPERANÇA

O Rio Acre esteve, este ano, com um dos menores níveis de água das últimas décadas. Em Xapuri já esteve com altura inferior a 2 metros antes das chuvas que caíram no fim do mês de agosto. Anima ver as margens sendo novamente tomadas pela vegetação na foz do Rio Xapuri, em frente à cidade que lhe tomou o nome emprestado. Esperança que se renova. Deixemos os rios em paz.

quarta-feira, 28 de agosto de 2019

SEGUE A IMPRUDÊNCIA NO RIO ACRE

Apesar do nível das águas do Rio Acre estar muito baixo nessa época do ano e de, na maior parte do leito, ser possível atravessar o manancial andando, as medidas com a segurança não devem ser desprezadas. Por determinação da Marinha do Brasil, as catraias podem transportar apenas 10 passageiros por vez, sendo obrigatório o uso de coletes salva-vidas.

No entanto, percebe-se facilmente que a segunda norma não tem sido obedecida. Em uma das catraias que faziam a travessia do rio por volta das 7 horas da manhã do último dia 22 de agosto, uma quinta-feira, haviam nove pessoas no barco sem o uso dos importantes equipamentos de segurança que permaneciam cobertos por uma lona preta. Perguntado sobre a razão de dispensar o uso do colete, um morador que não quis se identificar afirmou que “é uma questão de costume” não usar.

O catraieiro Valdir Verçosa explicou que as pessoas se recusam a usar os coletes usando para isso várias desculpas. Uns alegam que o equipamento está sujo ou que o material esquenta, e outros consideram que não há a necessidade de se usar o item de segurança numa travessia tão pequena.

“Os adultos não costumam usar e nós não podemos criar caso, mas os alunos nós obrigamos a usar”, explicou.

Tragédia

No dia 3 de junho de 2012, Xapuri registrou a maior tragédia da história da travessia pelas catraias. Uma embarcação naufragou depois de ser atingida por um tronco matando três pessoas da comunidade do bairro Sibéria. Havia cerca de 20 passageiros a bordo e nenhum usava colete salva-vidas.

domingo, 18 de agosto de 2019

Maravilha xapuriense

Uma das grandes atrações da terra de Chico Mendes ainda é uma saborosa cuia de tacacá nos fins de tarde, quando o calor tá mais ameno. Servida extremamente quente, a iguaria amazônica pode elevar bastante a temperatura do corpo se degustada mais cedo nos dias de verão amazônico. Se o tempo estiver frio a delícia vai bem em qualquer horário. 

Como todos sabemos o tacacá é um caldo à base de tucupi com jambu e goma de tapioca temperado com cebola, alho e cheiro-verde - corrijam-me se estiver faltando algum. É tomado em cuias naturais com muita pimenta.

É uma das mais populares iguarias amazônicas, consumida e vendida em todas as cidades da região. Segundo o antropólogo Luís da Câmara Cascudo (1898-1986) é “derivada de um tipo de sopa indígena denominada mani poi…”. 

Em Xapuri, não são muitas as opções. Conheço o tacacá da Natália (foto), da Gilda e da Dona Fátima, que é irmã da primeira. Em qualquer uma delas a garantia de uma grande experiência gastronômica com o sabor das nossas raízes.

quinta-feira, 8 de agosto de 2019

CONVERSA COM BIRA VASCONCELOS


Conversei com o prefeito Bira Vasconcelos na manhã desta quinta-feira, 8, no programa Manhã Educadora, pelas rádios Educadora 6 de Agosto e Aldeia FM. Momento da administração, obras em andamento, relação com a Câmara e parcerias com o governo do estado foram alguns dos assuntos. Clicando no link abaixo você pode assistir à entrevista no Facebook. O Programa está na íntegra. Para ir direto à entrevista, basta avançar no cursor do vídeo.

https://www.facebook.com/raimari.cardoso/videos/2795643133782554/

quarta-feira, 7 de agosto de 2019

ENCONTRO DE GERAÇÕES EM ATO DE CIDADANIA

Do casal mais experiente que está vivendo o segundo matrimônio, ao casal mais jovem que até então estava noivo: essas são algumas das várias histórias que ocorrem a cada edição do Casamento Coletivo, realizado pelo Projeto Cidadão, do Tribunal de Justiça do Acre.

Dessa vez, o feriado de 6 de agosto, que marca a Revolução Acreana, foi a data escolhida para 35 casais de Xapuri oficializarem o matrimônio. Uma cerimônia que seguiu a tradição das demais, inclusive, na decoração do lugar que é toda preparada pelas equipes do TJAC, em parceria com a Prefeitura, que recebe o projeto.  A cerimônia aconteceu na praça da cidade, e teve também o apoio da Associação dos Ministros Evangélicos de Xapuri (Amex).
A desembargadora Waldirene Cordeiro participou representando o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Francisco Djalma. Também participaram o prefeito Ubiracy Vasconcelos, o diretor do Foro da Comarca de Xapuri, juiz de Direito Luiz Pinto, a primeira-dama do município Daiana Vasconcelos, a vice-prefeita Maria Auxiliadora, o representante da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Acre, Mathaus Novais, o delegatário Manoel Gomes, o comandante da Polícia Militar no município, sub-tenente João Ribeiro, o presidente da Amex, pastor Edmar Felício, os diretores do TJAC, Euclides Bastos e Sérgio Quintanilha, e o pastor Josimar Ramalho, que fez uma saudação aos casais.
Responsável pela criação e realização do Projeto Cidadão, o Tribunal de Justiça do Acre comemora mais de um milhão de atendimentos, e a marca de mais de 50 mil matrimônios oficializados no Casamento Coletivo.
Mais que números, como fez questão de frisar em suas palavras, a desembargadora Waldirene falou da emoção que é cada momento como o vivido em Xapuri. “O Casamento Coletivo é uma das ações mais emocionantes do Tribunal de Justiça do Acre. Desejamos aos casais que o compromisso se estenda por toda a história de vocês, que se tornem companheiros de vida”, enfatizou.
O prefeito de Xapuri agradeceu pela ação do Poder Judiciário no município. “Agradecemos muito ao TJAC pela distinção em fazer esse importante projeto na cidade. Acreditamos muito na parceria institucional e sabemos que ela é essencial para atendermos cada vez mais as necessidades da população, ressaltou.
Histórias de vida

Entre as 35 histórias, duas foram escolhidas para representar todos os casais. Sebastião da Costa Ferreira, 62 anos, foi casado por 40 anos e há oito estava divorciado, e Aldenira Pessoa da Silva, 68 anos, foi casada por 23 anos e há 25 também estava divorciada. Eles se conheceram há um ano, apresentados pela irmã da noiva e depois de iniciarem namoro e irem morar juntos, decidiram que estava na hora de oficializar a união. “Nós tínhamos decidido casar e fomos ao cartório, mas teve um problema no processo e esperamos dois dias, mas aí soubemos do Casamento Coletivo e decidimos fazer tudo por aqui. Estou muito feliz e emocionada”, comentou a noiva.
“Eu não imaginava mais viver um amor na minha vida. Mas encontrei a Aldenira e estou muito feliz junto dela. A gente soube do casamento na igreja, então decidimos que seria aqui”, contou o noivo.
Os mais jovens

Já o casal mais jovem, Daniel Nascimento de Souza e Aglaíne da Conceição de Araújo Pires, ambos de 18 anos, estava noivo há poucos meses, decisão tomada após um ano e dois meses de namoro. “Nós já estávamos planejando casar, já vendo papelada e tudo, mas minha sogra avisou do Casamento Coletivo e isso foi melhor ainda, porque ficou mais fácil e sem custo”, comentou o noivo.
“Eu fico emocionada com esse momento. Está tudo arrumado e bonito pra gente. É um momento muito importante na minha vida”, disse Aglaíne.

terça-feira, 6 de agosto de 2019

FIM DO RECESSO

A Câmara de Vereadores de Xapuri retornou aos trabalhos na noite desta segunda-feira,5, após o recesso parlamentar do meio de ano. Três ausências foram registradas. O presidente da Casa, Ronaldo Ferraz, do MDB, está fora do Acre em tratamento de saúde. Os vereadores Fernando (MDB) e Guinaldo Alves (DEM), alegando razões pessoais,  também não compareceram.

Sob o comando do vice-presidente Manoelzinho, do DEM, a maioria dos parlamentares presentes demonstrou que estava ansiosa pelo retorno aos debates. Problemas do município como o preço dos combustíveis e a falta de médicos no hospital Epaminondas Jácome foram fortemente ressaltados pelos vereadores Joseni Oliveira (PT) e Gessi Nascimento (MDB). O petista cobrou do Ministério Público uma posição sobre os pedidos de investigação da situação dos altos preços e da possível "cartelização" do comércio de combustíveis na cidade. O emedebista afirmou que a situação do hospital local é crítica e disse que "não queria ser um deputado em Xapuri para não conseguir colocar um médico no hospital".
 
Gessi Nascimento também fez cobranças ao prefeito Bira Vasconcelos (PT) que, segundo ele, não está respeitando a Câmara por não responder a seguidos pedidos de providência. Chegou a citar a Lei 201/67 que trata das responsabilidades do prefeito e dos vereadores para dizer que a Câmara já poderia tomar uma medida contra o chefe do Executivo.

Outra crítica do vereador Gessi Capelão ao prefeito foi em razão de uma lei que foi aprovada no ano de 2015 ainda não estar sendo obedecida. Trata-se da Lei 861, de 19 de outubro daquele ano, que dispõe sobre a proibição de depósitos de areia, barro, brita e outros derivados dentro do perímetro urbano do município. De acordo com ele, após quase 4 anos nada foi feito.

O vereador José Maria Miranda (PT) reagiu ao discurso do colega afirmando que em outros tempos ele já foi mais calmo. Sugeriu que a uma pretensa candidatura de Gessi à prefeitura estaria ensejando uma mudança de postura do ex-presidente da Casa. Miranda defendeu a gestão do prefeito petista afirmando que apesar das dificuldades e limitações financeiras Bira Vasconcelos faz uma boa administração. Fez referência à reforma do prédio da antiga Rádio Educadora 6 de Agosto, fruto de recursos próprios, que em breve vai ser a nova sede da Secretaria Municipal de Saúde.

Estreando à frente da Mesa Diretora, o vereador Manoelzinho (DEM) protestou contra a qualidade do som que a Secretaria Municipal de Cultura disponibilizou para a abertura a realização da Marcha Profética, na abertura da Semana Evangélica. "Ou se faz uma coisa com amor ou é melhor que não se faça", disse ele.

O último vereador a usar a tribuna foi o petista Equi, líder do prefeito na Câmara. Segundo ele, a casa legislativa tem conseguido propor uma agenda harmônica em prol dos interesses do município. Criticou a intenção da empresa Energisa de propor que os consumidores de energia da zona rural façam por si mesmo, por meio de fotografias dos medidores, as leituras mensais e as entreguem no escritório da empresa no fim do mês. O vereador chamou a essa ideia de "papagaiada". Há algumas semanas, durante reunião sobre o assunto na própria Câmara de Xapuri, o representante da Energisa, Jaílson Oliveira, afirmou que a empresa estaria se comprometendo em resolver os problemas de leituras por média que tanto tem insatisfeito a população rural.

Próxima terça-feira mais informações da Câmara aqui no blog.