quinta-feira, 18 de março de 2010

Sobre as denúncias na Pisos Xapuri

A repórter da Rádio Educadora de Xapuri, Fernanda Gomes, manteve contato com o médico contratado pelas empresas Pisos Xapuri e Preservativos Natex com o objetivo de obter informações sobre o caso do ex- funcionário da empresa Sebastião Nonato da Silva, o “Gavião”, que está hospitalizado em Rio Branco com problemas de saúde que supostamente seriam decorrentes do uso de produtos químicos que são aplicados na madeira processada na fábrica.

A jornalista informou ao blog que o médico Amsterdam Sandres se mostrou bastante irritado com as perguntas feitas a ele a respeito do assunto. Se disse legalmente impossibilitado de prestar informações sobre o quadro clínico de um paciente sem a sua autorização expressa. Dada a gravidade da situação do rapaz informada pela família, presume-se então que a dúvida permanerá sobre o assunto, sendo que dificilmente o enfermo terá condições de assinar uma autorização.

Reforço que o objetivo do blog é colocar luz sobre os fatos. De um lado temos a afirmação da mãe de criação do ex-funcionário de que o rapaz passou a apresentar sintomas após de ingressar na fábrica e manuseiar produtos tóxicos e ainda de que teria sido demitido depois disso; de outro a negativa do gerente administrativo da empresa, afirmando que os sintomas apresentados por Gavião não têm relação com o manuseio dos inseticidas usados pela pisos Xapuri.

Sobre a demissão, que teria, segundo a mãe do paciente, ocorrido quando a empresa tomou ciência do problema de saúde, o vereador Zeca da Emater, que tem acompanhado o caso, levantou a informação de que Sebastião Nonato deu entrada no hospital de Xapuri no dia 20 de fevereiro às 20h:50m, sendo transferido para Rio Branco no dia seguinte. O dado bate com a afirmação do gerente Wágner Oliveira de que o funcionário foi demitido no mês de janeiro e apresentado os sintomas em fevereiro.

Ainda sobre o assunto, o delegado de Xapuri, Thiago Fernandes Duarte, informou a intenção de fazer esta semana uma visita a fábrica acompanhado de um especialista em questões de acidentes com produtos químicos para averiguar as denúncias veiculadas por este blog. Antes, consultaria outras instâncias para confirmar se teria ele jurisdição para tratar do caso.

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