terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Dengue hemorrágica

Os casos de dengue hemorrágica, ou Febre Hemorrágica de Dengue (FHD), nunca foram tão letais como no ano passado. Em 2007, 158 mortes foram registradas no país. Isso é mais do que o dobro de 2006, ano em que 76 óbitos foram confirmados. O número supera também o recorde anterior de 2002, quando 150 pessoas morreram em conseqüência da doença. O vírus da dengue tem quatro subtipos. A pessoa que se infecta pela primeira vez adquire a dengue clássica. Curada, fica imune contra esse subtipo específico, mas não contra os outros três. Quando ocorre uma segunda infecção, a doença se manifesta de maneira mais violenta e pode matar.

De acordo com o boletim sobre a situação da dengue no País, divulgado ontem pelo Ministério da Saúde, 559.954 casos foram registrados em 2007, 1.541 de dengue hemorrágica. Procurado pela reportagem, o secretário adjunto de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde, Fernando Pimenta, não foi encontrado. Em 2007, 86% dos casos de dengue hemorrágica foram concentrados nos Estados do Ceará, Rio, Maranhão, Pernambuco, Amazonas, Mato Grosso do Sul, Piauí, Goiás, Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte. Em relação aos óbitos, 64% ocorreram nesses mesmos Estados.

São Paulo registrou o maior número de casos (82.912), enquanto o Rio liderou o ranking das mortes (29). A região Centro-Oeste, no entanto, teve a maior taxa de incidência do País (827 casos por 100 mil habitantes), sendo classificada como de alta incidência de dengue. Em 2007, foram notificados no Centro-Oeste 111.757 casos de dengue e confirmados 192 de hemorrágica, o que causou a morte de 35 pessoas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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