A diretora interina do Hospital Epaminondas Jácome de Xapuri, Aucelina Oliveira, reagiu com indignação à matéria assinada pelo jornalista Archibaldo Antunes, através da qual estaria atribuindo a ela afirmações inverídicas.
Aucelina desmente que o hospital possua falhas no atendimento e que encontra-se em precárias condições. Segundo ela, o jornalista, que está na cidade a serviço do prefeito Wanderlei Viana, em conluio com o duplo procurador jurídico (CRM e prefeitura de Xapuri), Miguel Angel Suárez Ortiz, "colocam palavras na sua boca".
A gestora informa que foi convidada à Câmara para, durante a sessão da última terça-feira, prestar esclarecimentos aos vereadores sobre a situação do hospital e supostas denúncias da população com relação ao atendimento oferecido pela unidade de saúde. Ela afirma que em nenhum momento confirmou nenhum fato descrito na matéria e que sequer foi entrevistada pelo repórter.
“Afirmações de que o hospital não teria condições de funcionamento e de que uma paciente morreu no ano passado por falta de uma ambulância foram feitas pelo procurador jurídico do prefeito, o doutor Miguel Ortiz. Reconheço que o hospital enfrenta algumas dificuldades por causa da reforma do prédio, mas o atendimento está acontecendo dentro da normalidade”, disse ela.
A gestora informa, inclusive, que nos três primeiros meses do ano, o hospital de Xapuri realizou mais de 10 mil atendimentos ambulatoriais porque a prefeitura não dá conta da sua meta mensal. Ademais, todos os procedimentos que necessitam do aval de um médico com registro no CRM, isso tem que ser feito no hospital, pois, segundo ela, nenhum dos médicos contratados pela prefeitura possui assento no órgão.
Aucelina diz que solicitará à presidência da Câmara, nos próximos dias, cópias das fitas gravadas no plenário da Casa e que poderá processar a dupla de assessores do prefeito caso eles não se retratem com relação às informações ou as corrijam. Administrando o hospital de Xapuri há mais de 5 anos, Aucelina não é cotada para continuar no cargo que deverá ter uma nova direção definida nos próximos dias.
“CRM não tem autoridade para fechar hospital nenhum”
O Subsecretário de Saúde, Sérgio Roberto, afirmou ontem à noite que ficou surpreso que uma manchete como essa tenha sido subsidiada pelo CRM, cuja função é fiscalizar a situação irregular dos médicos que atuam no Estado. Segundo ele, não cabe ao conselho de classe fechar hospitais, apesar de constar no seu rol de atividades a observação das condições de funcionamento da unidades de saúde da capital e do interior. Ele considerou estranho que o procurador jurídico do CRM, Miguel Ortiz, seja, também, procurador da prefeitura de Xapuri.
Sérgio Roberto informou, ainda, que a Secretaria de Estado de Saúde pedirá explicações à direção do CRM.
O vice-presidente do órgão, José Wilkens Dias Sobrinho, também esteve em Xapuri no dia em que a diretora do hospital foi convocada pela Câmara.
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