quarta-feira, 18 de abril de 2007

Gilvam Borges homenageia o ex-governador do Acre Jorge Viana

Em discurso em Plenário, nesta quarta-feira (18), o senador Gilvam Borges (PMDB-AP) elogiou o ex-governador do Acre Jorge Viana pela administração do estado durante os mandatos de 1999/2002 e 2003/2006.

Mesmo tendo pedido esclarecimentos, na última sexta-feira (13), sobre reportagem publicada na revista Veja com o título "Devastação no Acre durante a gestão de Jorge Viana foi maior do que se pensava", Gilvam Borges destacou o importante papel desempenhado pelo ex-governador em defesa do manejo sustentável das florestas nativas do país.

- É internacionalmente conhecida a preocupação do engenheiro florestal Jorge Viana com o desenvolvimento sustentável do Acre. O Acre da "Moto-serra do Hildebrando Pascoal" é, hoje, o Acre da "Florestania do Jorge Viana"- disse.

Gilvam Borges ressaltou ainda o trabalho de saneamento das finanças públicas do Acre desenvolvido por Jorge Viana a partir de janeiro de 1999, quando o estado devia R$ 45 milhões em salários de servidores. Na ocasião, lembrou o senador, Jorge Viana conseguiu aprovar um pacote de corte de gastos através do qual do qual foi restabelecido o equilíbrio das contas do governo estadual.

Em apartes, Sibá Machado (PT-AC) e Tião Viana (PT-AC) agradeceram a Gilvam Borges o reconhecimento do trabalho desenvolvido por Jorge Viana em prol da exploração racional dos recursos da floresta amazônica.

Laércio Franzon / Repórter da Agência Senado

3 comentários:

Editor disse...

Explorar petróleo no Acre é instituir a perda de biodiversidade



O Estado do Acre é detentor de uma das maiores biodiversidades do planeta. Inclui-se aí a variedade genética dentro das populações e espécies, a variedade de espécies da flora, da fauna e de microorganismos, a variedade de funções ecológicas desempenhadas pelos organismos nos ecossistemas e a variedade de comunidades, habitat e ecossistemas formados pelos organismos.

Não podemos perder de vista a necessidade de conservação dessa biodiversidade. Nossa geração é chave nesse processo, responsável pela perpetuação ou pela destruição da vida no planeta. O futuro depende das ações que sabiamente tomarmos hoje, para tanto, precisamos saber escolher nossos caminhos.

Nesse momento crítico, onde o modelo predatório (liderado por forças governamentais) busca legitimidade através da tentativa de monopolizar o direito de definir parâmetros de sustentabilidade, precisamos ampliar nossa capacidade de resistência, vigiando o poder e participando ativamente do debate, para que a integridade do patrimônio genético acreano não venha a ser prejudicado.

Se assim não for feito, veremos, em curto espaço de tempo, o maior patrimônio genético da humanidade ser dragado pela sanha sem limites dos abutres do capital destrutivo, já acampado nas fronteiras do Acre, em detrimento da ética ambiental e dos bens de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, das presentes e futuras gerações.

Precisamos assumir o debate a cerca do papel crítico que esses recursos desempenham no desenvolvimento sustentável de longo prazo. A tentativa, via defensores da prospecção, de atalhar esse caminho, não pode prosperar. Se a referência de sustentabilidade, na exploração do petróleo for aquela mentirosamente implantada pelo governo anterior, então temos motivos de sobra para afirmar que o Acre caminha para o caos ambiental.

O Senador Tião Viana tenta legitimar seus argumentos diante de uma suposta herança de sustentabilidade que, em verdade, nunca existiu. Sua falência retórica, se dá exatamente em função da incoerência entre o que foi dito e o que efetivamente ocorreu no Acre em matéria ambiental nesses anos todos. Basta uma olhada nos indicadores ambientais.

Foram tolos de achar que a repressão democrática iria durar para sempre. Acabaram sim, reprimindo as demandas de opinião, porém, não impunemente. Se o projeto de sustentabilidade usado de forma recorrente por Tião fosse verdadeiro e honesto, não haveria tanta opinião represada. Aos poucos, a barragem vai se rompendo e alagando a falácia do modelo fascista que tentaram nos empurrar goela a baixo.

O crédito que o Senador Tião Viana está a exigir dos acreanos, na questão da prospecção, não pode ser dado. O que pede é a instalação de uma atividade econômica potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente. Dar crédito agora, é o mesmo que pactuar com as contradições que afloraram nesses anos todos, ou seja: “desenvolvimento insustentável, socialmente e culturalmente injusto e o que pior, excessivamente discriminatório com as minorias”.

Defender a biodiversidade em oposição à política de prospecção de petróleo não é apenas uma questão de opção, é dever de todos que acreditam no maravilhoso fenômeno da vida e compreendem o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado como um “direito humano fundamental”, com fundamento na ética e na qualidade ambiental.

Abrir uma “janela energética” diante do maior patrimônio genético da humanidade não nos parece uma saída razoável. Precisamos afastar a possibilidade de que seja plantada a “semente da catástrofe” frente aos recursos da biodiversidade.

O biólogo E. O. Wilson resumiu essa preocupação em relação à destruição da biodiversidade em uma frase que se tornou famosa: "a tolice que nossos descendentes estarão menos dispostos a nos perdoar".

Não é de energia que precisamos. Precisamos é de pesquisa!




Edinei Muniz é professor e biólogo.

Unknown disse...

Sofremos, eu e os outros leitores que ousam ler esses textos. A causa de tudo é a falta de respeito com que escrevem. A população de Xapuri é sabedora dos descasos e desmandos do prefeito Wanderley, isso nunca foi novidade para ninguém, mas mesmo assim Archibaldo tenta lhe imputar qualidades que na realidade não tem; As razões para isso, puramente financeira creio eu, visto que não é daqui, não conhece nosso povo nem os problemas que enfrentamos. Ainda tem o Raimari, esse sim é de Xapuri, e conheçe nossos problemas, seu maior deslize talvez seja o de tentar defender o espólio do ex-prefeito Júlio que, todos nós também sabemos, foi um desastre administrativo. Isso só já bastaria para deixar-los falando sozinhos, mas guerreiros que somos, e eu falo por vários leitores amigos meus, que por serem funcionários ou do governo ou da prefeitura se acovardam na hora da crítica, continuamos a tarefa de tentar se informar sobre a terrinha sem no entanto ter que nos deparar com essa guerrinha particular dos blogueiros, que, com um alto grau de virulência se engalfinham na defesa dos seus. De forma alguma queremos que abandonem suas linhas editoriais, nós só queremos uma coisa de vocês, além dos textos é claro, queremos RESPEITO. Pode ser?
Obs: Por favo, me corrijam os erro, pois sou ignorânte na iscrita.

Raimari Cardoso disse...

Jairo: Concordo com vc. O leitor não merece ser insultado por esse tipo de jornalismo que alguns, se dizendo experientes e competentes, insistem em alimentar. Da minha parte, quero lhe dizer que este modesto blog não será mais palco para esse tipo de espetáculo deprimente. Agradeço o "toque" e conto com suas leituras e sugestões para que, com muita humildade, possamos melhorar sempre.

Abraço.