Conhecida internacionalmente por causa da luta de Chico Mendes pela preservação do meio ambiente, Xapuri nem sempre dá bons exemplos quanto aos cuidados mais básicos com a natureza. Exemplos disso não faltam. Uma draga de extração de areia já destruiu a Praia do Inferno, no rio Acre, uma das mais belas da região, o igarapé Braga Sobrinho agoniza sufocado pelos impactos provocados pela ação do homem às suas margens, e o aterro sanitário, que mesmo tenho recebido recursos federais para a sua devida implantação no município, continua funcionando como um mero lixão, se constituindo, atualmente, em um dos principais problemas ambientais do município.
Na manhã deste, sábado, 21 de abril, os alunos do curso de pós-graduação em Educação, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, do Instituto Várzea-Grandense de Educação - IVE, do qual também faço parte, testemunharam mais uma amostra de como, em muitos casos, a consciência de preservação defendida na retórica de intelectuais e professores, não é colocada em prática e nem mesmo ensinada aos alunos do ensino fundamental como necessidade básica para a garantia do futuro das espécies vegetais e perpetuação da vida no planeta e etc., etc. Alunos da escola Divina Providência, participando de uma gincana ou outra atividade escolar similar, orientados por um professor, supostamente de Geografia, destruíram uma tenra palmeira, recentemente plantada na praça da igreja de São Sebastião. Arrancaram suas palhas para se enfeitar de índios na apresentação da atividade escolar.
O fato mostra que as escolas e seus professores precisam avançar muito, ainda, quanto ao tema preservação do meio ambiente. Alguns acham que o problema está distante e, alheios à realidade que os cerca, se omitem em um dos seus mais importantes compromissos, que é preparar a juventude atual para o futuro que se aproxima, cheio de perspectivas ameaçadoras relacionadas aos problemas ambientais.
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