sábado, 19 de janeiro de 2013

Dona Júlia Gonçalves Passarinho

Banda de Música de Xapuri completa quatro décadas de presença na vida cultural do município com uma história de glórias e abandono pelo poder público.

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Um dos maiores patrimônios da cultura xapuriense, a Banda de Música Dona Júlia Gonçalves Passarinho completará 40 anos de história no próximo domingo, 20 de janeiro. O nome homenageia a genitora de um “xapuriense ilustre”, o ex-senador, ex-ministro da república e ex-governador do estado do Pará, Jarbas Passarinho.

Testemunha fiel dos mais importantes momentos da história da cidade desde de que foi criada, no ano de 1973, através de decreto baixado pelo ex-prefeito Édson Dantas, a “Dona Júlia” há muito tempo não é tratada com o respeito que merece. Esquecida pelo poder público, a banda resiste. Mais pelo esforço dos seus membros, que pelo apoio da prefeitura, que não tem dispensado a ela a menor atenção.

Presença obrigatórias em todos os eventos municipais, a única banda de música municipal do Acre, animou gerações. Seja nas arquibancadas do velho estádio Góes e Castro, depois transformado em Álvaro Felício Abrahão, seja no coreto da praça Getúlio Vargas, os dobrados da nossa bandinha se tornaram parte da identidade xapuriense.

Neste sábado (19), a partir das 8 horas da noite, a Banda de Música Dona Júlia Gonçalves Passarinho receberá uma justa homenagem organizada por uma legião de músicos ligados à sua história. Participarão do evento a Banda do 2º Batalhão de Polícia do Exército de São Paulo, sobre a regência do filho de Xapuri, Maestro Capitão Adalcimar Coelho da Cruz, e a Banda da Polícia Militar de Rio Branco, sobre a regência do 1º Tenente Raimundo Ferreira Nunes, também xapuriense. Pode-se dizer que os dois maestros são filhos da banda de Xapuri.

O evento, que será realizado na praça São Gabriel, será uma confraternização entre diversas pessoas que fazem parte da história gloriosa da Banda de Música Dona Júlia Gonçalves Passarinho, que o o berço de muitos músicos que se destacam na atualidade em vários lugares do Brasil. Na programação, de acordo com o organizador do evento, o músico Antônio Magão, haverá desfile e  execução de grandes dobrados, além de um repertório de músicas pop.

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Festa deste sábado será também uma homenagem aos muitos músicos que fizeram parte da história da banda no curdo de sua história. A seguir, a relação  dos primeiros componentes da Banda de Música Dona Júlia Gonçalves Passarinho:

Maestro-Regente: Ruy Francisco de Melo - in memorian

Músicos: José Peres de Souza
Oneide Tomé de Oliveira - in memorian
João Marcelino da Silva
Orlandino Ferreira Lima
José Gomes Pereira
José Ferreira Nunes
Antônio Cosmo da Rocha
Belarmino Coelho da Cunha
Francisco Coelho da Cruz – in memorian
Pedro Ferreira Nunes
Bartolomeu Bispo dos Santos
Ernesto Bispo dos Santos
Raimundo Nonato de Araújo
José Almerindo de Souza - in memorian

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Na imagem acima, uma foto antiga da Banda de Música Dona Júlia Gonçalves Passarinho em uma das famosas datas cívicas que eram muito comemoradas na cidade, como o Dia da Independência, em 7 de setembro. O ano é incerto e inexistente a identificação dos músicos.

Banda Dona Júlia G Passarinho (formação atual)

Um dos quadros mais recentes da Banda tem a seguinte formação:

José Peres de Souza – toca clarineta (aposentado)
Aldecir Moreira de Oliveira – toca clarineta
Antônio Cosmo da Rocha – caixa
Mauro Martins – contra-baixo
Rener Azevedo – contra-baixo
Alderiza Sandas de Moraes – surdo
Judite Melo – prato
Cláudio Roque – trompete
José Ribamar – saxes tenor
Eliésio – saxes tenor
Édson Isidoro – bombardino
Belarmino Coelho da Cunha – bumbo (aposentado)
Raimundo Nonato de Araújo – bumbo
Marcus Vinícius Daniel de Souza – caixa
Orlandino Ferreira Lima – trombone
José Gomes Pereira – trompete (afastado)
José Dias de Souza – sax alto
José Ferreira Nunes – bumbo

Esses músicos, incluindo-se aqueles que aqui não foram citados, são, acima de tudo, heróis que merecem todas as homenagens nesse dia importante. São pessoas que têm no sangue e na alma o amor pela música e que tornam possível a existência e a resistência de um bem cultural que não tem gozado da menor atenção por parte do munícipio que a criou naquele distante ano de 1973.

Um comentário:

Sued disse...

Bom Dia Amigão Raimari...Olha valeu pela bela reportagem!!!!!nossa!!! voce me fez voltar ao meu maravilhoso tempo de infância,,,,nesse tempo sim a gente podia dizer que era feliz em Xapuri,tinha um amigo da nossa familia que morava em Brasiléia e o meu alegre e extrovertido irmão, Saudoso Messias Cavalcante, so faltava morrer de rír dele,pois as vezes esse amigo estava hospedado na nossa casa aí em Xapuri e a banda passava tocando a Musica QUAL CÍSNE BRANCO EM NOITE DE LUA,,,musica oficial da MARINHA e ele dizia pro Messias:isso que Banda,aquela porcaria de Brasiléia em pleno 7 de Setembro só sabe tocar uma música,Hô JARDINEIRA PORQUE TÁ TÃO TRISTE,kkkkkkkkK,rapaz a gente so faltava morrer de rir quando ele contava isso ,,mais passou né fazer o que???? só resta recordar..abraços amigão...