Beneilton Damasceno, via Facebook.
Longe de querer incitar à polêmica e ao bate-boca barato, tão corriqueiro nesse ringue virtual conhecido por "redes sociais", fico morto de espanto e sem graça quando vejo gente de todas as classes, sobretudo os que se intitulam esclarecidos, quase desmaiarem de surpresa quando uma figura pública "peso pesado" resolve revelar sua predileção por alguém do mesmo sexo. Ora, gentem, se a homossexualidade (masculina ou feminina) é algo tão natural, por que o mundo só falta desabar, como se a pessoa tivesse admitido um assassinato, um estupro ou nova data para o fim do mundo?
Nesse episódio da semana, por exemplo, envolvendo um ex-jogador de futebol bonitão e um apresentador galã, encarei como algo perfeitamente rotineiro. E olha que, aos 53 anos, sou da geração pós-Lampião e Maria Bonita, pertencente (ainda) à maioria dos chamados heteros, com tradição cristã e que já leu umas vinte vezes a Carta de Paulo aos Romanos, capítulo 1, das Sagradas Escrituras. O que me deixa ainda mais bestificado é ver integrantes do LGBT, com todo seu arsenal de teorias convincentes, ficarem se beliscando para checarem se a notícia é verdade, se é especulação ou pegadinha de primeiro de abril.
Voltando aos dois medalhões até então "insuspeitos", está na hora de os emergentes membros da "LGBT family", cuja opção sexual eu respeito com naturalidade, repito, tratarem o assunto sem alterar a pressão arterial quando ouvirem rumores dessa natureza. Também deveriam aprender a votar nos representantes da categoria. Quem sabe não teríamos até um senador para representá-la na capital federal? Afinal, eleitores abundam (o trocadilho foi involuntário). Estamos somente no começo, pessoal. Os canais continuam abertos para centenas de manchetes tidas como inusitadas. Vamos esperar?
Beneilton Damasceno é jornalista.
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