Beneilton Damasceno
Com o necessário e merecido respeito aos colegas de profissão, dos veteranos aos recém-formados (incluindo nessa confraria os assessores de imprensa), o jornalismo que vem sendo feito hoje no Acre, de um modo geral, está longe de receber esse nome. É uma coisa repetitiva, pouco esclarecedora, soporífera e sem sua finalidade basilar: a informação.
Estamos diante de dois extremos: os jornais, telejornais, blogs, sites e similares ou se esmeram em bajular com asquerosa volúpia os três Poderes - papel exclusivo de colunas sociais - ou os apedrejam sem piedade, desmerecendo realizações que são inegáveis e ajudam a engrandecer o Estado. Nesse meio-termo, ganha espaço o emergente noticiário estilo "mundo cão", para satisfazer as mentes sanguinárias pouco afeitas à política da floresta.
Com exceção de uma rede de TV local, que demonstra relativa isenção, o resto não passa de paus-mandados da situação - situação à qual tenho dedicado meu sufrágio a cada dois anos e estou disposto a repetir o ritual. Mas, no tocante ao trabalho do ex-"quarto poder", ratifico, muita coisa precisa mudar, principalmente num Estado que inventou de virar sede de Congresso de Jornalismo este ano. Que Deus tenha compaixão de nós, para que não venhamos a morrer de vergonha.
Beneilton Damasceno é jornalista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário