quarta-feira, 21 de março de 2007

A união tem que fazer a força

O Presidente da Associação de Moradores do Bairro Hermínio de Melo, Ronnivon da Silva, propôs hoje pela manhã, em entrevista à Rádio Educadora 6 de Agosto, a união de todas as organizações comunitárias da zona urbana do município de Xapuri em torno de dois objetivos comuns: pressionar a prefeitura por medidas emergenciais relacionadas às condições precárias em que se encontram as áreas periféricas da cidade e cobrar do governo do Estado ações que minimizem o sofrimento de milhares de pessoas.

Ruas intransitáveis, esgotos a céu aberto, ausência de iluminação pública e falta de segurança são alguns dos principais problemas enfrentados pela população desses bairros. Mas pior do que todos esses problemas juntos é a falta de diálogo. Segundo Ronnivon, em dois anos frente à associação, jamais ouve um contato direto da prefeitura com membros da comunidade para discutir as necessidades do bairro Hermínio de Melo.

"A prefeitura está ausente e insensível às dificuldades diárias dessas pessoas. Precisamos de ações, pelo menos, paliativas, para melhorar a situação. O governo do Estado tem que interceder de alguma forma, já que o governador Binho Marques teve a resposta que esperava do povo de Xapuri nas últimas eleições”, disse o líder comunitário.

Ronnivon da Silva lembrou que um convênio entre governo estadual e prefeitura, em 2006, possibilitou o calçamento da rua que corta todo o bairro do Pantanal, até então um dos piores da cidade. O presidente acredita que essa deva ser a solução para grande parte dos problemas do município. Ele garante que abre discussão com outras lideranças em breve.

Resta aguardar para ver se, realmente, as comunidades de bairros se mobilizam em torno dessa questão. O que tem se notado é um misto de acomodação e medo de reivindicar direitos básicos. Consegue-se até reunir muita gente no âmbito das discussões, mas na hora da mobilização, praticamente todos arrumam uma desculpa e saem de fininho. Até a presidente da Associação de Moradores do bairro Bolívia, Genilza Jacó, se intimidou na manifestação do último domingo por que o marido é funcionário municipal. Dessa forma não se chega a lugar algum.

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