O professor xapuriense Antônio Cláudio Azevedo, o Cauby, residente no município de Senador Guiomard, teve seu carro, uma caminhonete Mitsubishi L200 - ano 1997, roubado na última terça-feira (5) em um estacionamento nas proximidades da Uninorte, em Rio Branco, onde ele estuda Enfermagem.
O veículo foi encontrado dois dias depois destruído por um capotamento nas imediações do conjunto Manoel Julião, onde a polícia prendeu uma pessoa acusada de compor uma quadrilha suspeita de ser especializada no roubo deste tipo de caminhonete, uma vez que outros dois carros semelhantes foram encontrados no covil dos ladrões.
Abatido com o ocorrido, o professor deverá vender o que restou de sua única condução por menos da metade do valor. “Queira ou não é uma parte da nossa vida que vai pelo ralo, não pelo apego, mas pelo tempo que se investe para adquirir um bem e pelas coisas das quais nos privamos para isso. Isso você não recupera. Meu sentimento é de tristeza e impotência”, diz.
Lembrei-me de um conhecido promotor de justiça que passou por Xapuri, Eliseu Buchmaier de Oliveira, que depois foi procurador-geral do MP do Acre. Ele dizia que um crime contra o patrimônio é tão ofensivo quanto um crime contra a vida.
“É porque um sujeito muitas vezes leva toda a vida para construir um patrimônio. Aí vem um criminoso e destrói esse patrimônio conquistado a duras penas. Junto com o bem material vai parte da vida dedicada a constituição desse bem”, explicava.
Esse deve ser o sentimento do professor Cauby, menino pobre, filho das barrancas do rio Acre, cujo primeiro carro que possuía era resultado de muitas economias e esforço mensal. O veículo tem ainda quatro anos de parcelas de R$ 500,00 a serem quitadas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário