Assusta a quantidade de assassinatos registrados em Xapuri neste começo de ano. Enquanto em 2012 aconteceu apenas um homicídio, além de uma tentativa de outro, em menos de três meses quatro pessoas já foram mortas este ano, com todos os crimes tendo sido consumados na zona urbana do município, o que nunca foi um fato comum.
O último caso aconteceu na madrugada deste domingo (10), em frente ao Bar da Vivi, uma das casas noturnas da cidade. Depois de uma discussão na qual teria sido agredido com um tapa, Antônio Elio Santos, de 22 anos, conhecido como Elinho, de idade não informada pela polícia, foi até sua casa e voltou armado com uma faca com a qual golpeou pelo menos duas vezes, pelas costas, Valmir Monteiro da Silva, 21, que morreu no local.
Depois de receber as perfurações, a vítima cambaleou pedindo ajuda em meio a dezenas de pessoas que se encontravam em frente à festa noturna, caindo em seguida sobre uma poça de sangue. Foi a óbito antes mesmo que a equipe do Samu que atendeu ao chamado pudesse lhe prestar os primeiros socorros. Sem policiamento no local, o acusado se evadiu em uma moto e estava foragido até o momento em que esse post foi publicado.
Ao assumir a responsabilidade pela Promotoria Criminal de Xapuri, em janeiro passado, o promotor de justiça Bernardo Fiterman Albano havia manifestado preocupação com o aumento dos casos de homicídio na zona urbana com relação ao ano anterior. O assunto certamente deve ter estado na pauta das conversas que o fiscal da lei teve com as autoridades locais ligadas à segurança pública, área que melhor define o perfil do promotor.
Valmir foi a segunda pessoa a morrer em Xapuri vítima de arma branca em menos de uma semana por motivos aparentemente banais. O que mais assusta é que tanto os autores quanto as vítimas são extremamente jovens e as cenas dos crimes são, geralmente, locais onde a venda e o uso de drogas são largamente favorecidos. Algo precisa ser feito.
A crônica do crime, com suas imagens chocantes está no jornal O Alto Acre.
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