Resex Chico Mendes será coordenada a partir de Xapuri
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade é o mais novo órgão do governo federal para a área de meio ambiente. Foi criado em 27 de abril de 2007 a partir da reestruturação do Ibama. O instituto tem como principal missão cuidar das unidades de conservação, que são áreas de importante interesse ecológico, e fomentar e desenvolver a pesquisa científica dirigida à gestão ambiental.
O núcleo responsável por acompanhar as ações na Reserva Extrativista Chico Mendes, no Acre, será instalado e inaugurado em Xapuri até o final do ano, conforme informou na manhã desta quarta-feira (9), o superintendente do Ibama, Anselmo Forneck, representante legal do instituto no Acre. O prédio da antiga sede do Ibama no município, que hoje se encontra em estado de abandono, na Rua João Antônio de Carvalho, abrigará a nova autarquia vinculada ao Ministério do Meio Ambiente.
Anselmo Forneck anunciou investimentos para estruturação da sede, que será totalmente reformada e equipada com equipamentos de informática, viaturas e mais dois funcionários para que a administração da Reserva Extrativista Chico Mendes passe a ser feita a partir de Xapuri e não de Rio Branco.
“Chico Mendes foi o grande idealizador da criação da reserva extrativista que leva seu nome e das demais. A inauguração da sede reforça a lembrança dos 20 anos sem ele”, disse o superintendente à repórter Fernanda Gomes, da Agência de Notícias do Acre (Rádio Educadora de Xapuri).
O Instituto tem também a função de executar as políticas de uso sustentável dos recursos naturais renováveis e de apoio ao extrativismo e às populações tradicionais. Forneck afirmou, ainda, que a implantação de programas como Luz para todos e Crédito Habitação na reserva está garantindo a qualidade de vida e a permanência dos extrativistas. Só o programa Crédito Habitação está investindo cerca de R$ 9 milhões, em 2008, dentro da Resex.
O superintendente anunciou também medidas rigorosas contra quem tem a intenção de fazer a conversão da floresta em pasto para gado, no intuito de aumentar a pecuária na reserva.
“Nós vamos excluir da Reserva Extrativista Chico Mendes as pessoas que uma forma teimosa insistiram em comprar colocações de seringueiros, sendo comerciantes da cidade de Xapuri, de Rio Branco e de outros municípios, ou que são funcionários públicos. Essas pessoas não só perderão as colocações que compraram, mas responderão ações na justiça federal”, afirmou.
O Instituto Chico Mendes cuida hoje de 288 unidades de conservação. As unidades estão espalhadas por todo o País. Juntas, somam aproximadamente 70 milhões de hectares e representam 7,9% do território brasileiro. São parques nacionais, florestas nacionais, reservas biológicas, áreas de preservação ambiental (APAs), áreas de relevante interesse ecológico (Aries), reservas extrativistas, reservas de desenvolvimento sustentável, monumentos naturais, santuários da vida silvestre.
Junto com outros órgãos federais, como o Ibama, Agência Nacional de Águas (ANA), Serviço Florestal Brasileiro (SFB) e programa Arpa (Áreas Protegidas da Amazônia), o Instituto Chico Mendes integra o Sisnama (Sistema Nacional de Meio Ambiente) que é comandado pelo Ministério do Meio Ambiente, responsável pelas diretrizes da política ambiental no Brasil.
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