Prometi a mim mesmo dar uma trégua aos temas que se relacionam com o nome de Vanderley Viana e sua claque, para só fazer isso quando extremamente necessário, sabendo que, por se tratar da maior autoridade civil do município, fatalmente sua pessoa estará sempre ligada aos assuntos em pauta no dia-a-dia da cidade. Me ocupo de Vanderley unicamente por dever de ofício, jamais por ter alguma atração pelos desvarios oriundos de sua personalidade anti-social, garanto.
Ocorre que acabo de ser informado que mais uma vez fui alvo dos insultos rotineiros da turba liderada pelo dito cujo, que se apossa de um canal de televisão em Xapuri para afrontar e ridicularizar os desafetos políticos dos que ocupam a prefeitura. As ofensas são, geralmente, acompanhadas de um tom de ameaça, como que num recado velado a quem teima em denunciar a situação em que a cidade se encontra e o comportamento dos que têm a obrigação de dar explicações à população dos seus atos como gestores públicos.
Desafio quem possa provar que pratico algum tipo de perseguição contra quem quer que seja, prefeito, secretário ou outra espécie de ser que habite esse latifúndio obscuro e improdutivo chamado prefeitura de Xapuri. Utilizo dois veículos de comunicação, (este blog e o programa Espaço do Povo, da Rádio Educadora 6 de Agosto) ambos destinados a informar e esclarecer o povo desta cidade dos acontecimentos de interesse público, sempre garantindo espaço às manifestações contraditórias, como não poderia ser diferente.
No programa radiofônico mais noticio que comento ou opino. Não me utilizo de uma concessão pública de radiodifusão para mandar recados político-ideológicos de iniciativa minha ou de meus superiores. Neste blog, quando emito opiniões o faço com base em fatos concretos da realidade triste e do abandono administrativo a que a cidade está relegada. Critico, mas não agrido. Ironizo, mas não desmoralizo nem achincalho a vida das pessoas citadas nos fatos que noticio ou comento.
Mas como o achincalhe é a arma mais comum de quem não possui argumentos contra os fatos, muito menos explicações ou respostas aos questionamentos que comumente recebe, o prefeito Vanderley Viana, em pessoa, ao contrário do que faço, utiliza um meio de comunicação, de forma irregular, para atacar de forma covarde e virulenta os seus adversários. As agressões já renderam uma série de ações judiciais seguidas de derrotas contra o prefeito, sem, no entanto, gerarem uma medida mais eficaz, por parte da justiça ou do próprio Ministério Público para coibir os abusos da autoridade.
Entre as ofensas, fui chamado pelo prefeito de canalha. Vindo de quem veio, tomo como elogios os insultos, recusando-me, no entanto, a devolvê-los no mesmo nível. Um dos principais dicionários de Língua Portuguesa adotados no Brasil, o Aurélio, define desta forma o verbete em epígrafe utilizado para me agravar: pessoa vil, infame, reles; velhaco. Deixo por conta do leitor decidir a quem os adjetivos melhor cabem, se a mim ou ao prefeito Vanderley Viana. Para isso, consultem nossas biografias.
O prefeito diz ainda que sou uma pessoa mal-humorada que não tem amigos na cidade. E eu digo que amigos, os tenho mais do que mereço e menos do que preciso. Tento diariamente, à base da franqueza e da lealdade com meus semelhantes, amealhar mais bons amigos do que os que tenho até este momento da vida. É certo que franqueza nem sempre é um bom instrumento para se conquistar multidões de amigos, mas, certamente, os que obtemos através deste expediente são os mais certos nas horas incertas.
Lamento a concepção que nosso prefeito possui do termo amizade. Não conhece o sabor da verdadeira amizade porque amigos não possui, posso afirmar. Prova disso é que aqueles que o cercam, geralmente o louvam e idolatram movidos pela força das segundas intenções. São os chamados amigos do poder. Pessoas que não conseguem viver sem um elo à coisa pública. Se o peito abundante lhes falta à boca, logo abandonam o líder e o maldizem nos quatro cantos da cidade. Diz o velho ditado que os ratos abandonam o navio logo que este comece a afundar. Com Vanderley não será diferente.
Quanto ao meu trabalho, garanto que prosseguirei no ofício de informar e denunciar tudo o que achar que devo, dentro da legalidade, e sem me importar com o que acha ou diz quem se sentir incomodado. Segundo o filósofo Aristóteles, a função da política, na sua mais pura e verdadeira acepção, é investigar e descobrir quais são as formas de governo e as instituições capazes de assegurar a felicidade coletiva. Na nossa prática atual nada mais é que a defesa de interesses próprios, que quase sempre são ligados ao objetivo de parasitar a sociedade, através do nepotismo e da roubalheira.
É preciso dar um basta aos parasitas inexoráveis a que se refere Rui Barbosa no texto Política e politicalha, que, não à toa, postei logo abaixo. É preciso que, urgentemente, façamos um raciocínio sobre que tipo de política e de políticos precisamos e queremos para administrar nossa cidade. Se de pessoas minimamente idôneas e emocionalmente equilibradas, de quem se possa pelo menos cobrar as atitudes mais adiante, sem medo de agressões físicas ou verbais; ou de indivíduos obtusos e de moralidade comprovadamente estragada, que tratam o povo da forma como foram criados. Esses últimos, sim, os comandantes da canalhocracia instalada em Xapuri.
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