Uma das mais importantes exposições já realizadas no mundo sobre a região, a Amazônia Brasil, acontece em Nova York de 22 de Abril a 13 de Julho. A exposição, em sua oitava edição, é organizada pelo Projeto Saúde e Alegria-PSA, e pelo Grupo de Trabalho Amazônico-GTA, que representa mais de 600 entidades da Amazônia brasileira.
A direção é do médico Eugênio Scannavino Netto, coordenador do PSA, e execução da Fare Arte. A direção de arte da exposição principal, que ocorre no Píer 17, é de Gringo Cardia e grande acervo de fotos de Araquém Alcântara e Luiz Cláudio Marigo.Conta com a parceria de diversas instituições de pesquisa, entre elas o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia-INPA e Museu Paraense Emílio Goeldi, além da colaboração das principais ONGs ligadas à Amazônia. Leia mais no site envolverde.
Amazônia sustentável
Atualmente cerca de 12,5 milhões de pessoas vivem na Amazônia brasileira. Pouca gente se dá conta disso no Sul/Sudeste, como também poucos sabem que existem grupos organizados que buscam a construção de um modelo de desenvolvimento sustentável na região, baseado na exploração de recursos minerais e biológicos sem devastar a maior floresta tropical ainda em pé na Terra.
Para mostrar um pouco desta realidade, as empresas e organizações da sociedade civil reunidas no Fórum Amazônia Sustentável lançaram, no último dia 18, o movimento em São Paulo. A idéia é apresentar ao Brasil um espaço de diálogo que busca um novo modelo de desenvolvimento para a região, que detém 53% do território nacional e é responsável por cerca de 10% do PIB do País. Mais de 200 pessoas compareceram ao Centro de Exposições São Luiz, onde acontecia a III Feira Brasil Certificado para a apresentação do Fórum Amazônia Sustentável.
◙ Alguns estudiosos vêem com desconfiança a preocupação de grandes representantes do capital com as questões ambientais. No ano passado, sobre o lançamento do Fórum Amazônia Sustentável em Belém (PA), o Mestre em Planejamento do Desenvolvimento Regional e colaborador do Fórum Carajás, do Ecodebate e do Ibase, Rogério Almeida, escreveu: "Nada mais estratégico para a "boa imagem" das empresas que criar um espaço de "debate" sobre sustentabilidade da região. Ainda mais quando cada dia mais o debate sobre o tema ganha as mais diversas agendas". No mesmo artigo ele cita o professor de semiótica Edílson Cazeloto em artigo intitulado: Entre ecorrevolucionários e ecorreformistas o papel da mídia, publicado na edição 36, setembro/2007 da revista Democracia Viva/IBASE:
"Enquanto a maior parte da humanidade vê no aquecimento global a iminência de uma tragédia ímpar, os bens aventurados do capital, já sentem no ar o cheiro de oportunidades para o lucro. Para essa parcela, a sustentabilidade tornou-se uma forma de agregar valor às marcas de seus produtos e ao capital de suas empresas. É o chamado capitalismo verde, que vem ganhando a adesão de empresas (na maioria, corporações globais) como um novo Eldorado".
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