O superintendente do Ibama, Anselmo Forneck, teve de vir a Xapuri, na semana passada, para esclarecer uma série de informações inverídicas que os representantes do município propagaram entre as comunidades de áreas da Resex-Chico Mendes que seriam beneficiadas por serviços de recuperação e abertura de ramais a serem executados pela prefeitura.
A equipe do prefeito Vanderley Viana propagandeou que Ibama e Imac estariam proibindo que a prefeitura realizasse a abertura e a recuperação de cerca de 20 quilômetros de estradas vicinais, tentando fazer crer, numa clara estratégia eleitoreira, que para que se abram essas vias em plena Reserva não se precisa de autorização do Ibama.
Ora, todo mundo sabe que é necessário respeitar as leis e obter licenciamento para realizar qualquer tipo de obra que traga impactos ao meio ambiente. Já para a simples recuperação de ramais não é necessário licença, uma vez que não haverá novos impactos, ficando claro que se o município não recuperou ramais até agora foi simplesmente porque não quis.
Outro equívoco dos mensageiros da falsa informação foi o de envolver o Imac na história, já que a responsabilidade sobre as áreas de reservas extrativistas e florestas nacionais é exclusiva do Ibama. Ao Imac cabe cuidar das demais áreas, que são de responsabilidade do Estado. Para se beneficiar politicamente da farsa, os sectários do prefeito atribuíam a suposta proibição aos políticos do PT, que estavam furibundos com a armação.
Não deixa de ser louvável o repentino interesse de Vanderley Viana por recuperar as vias de acesso e escoamento das comunidades rurais, mas o que estranha é que isso ocorra somente agora, a poucos meses das eleições, e após haver - durante três anos - se recusado a participar dos programas de recuperação de ramais para os quais foi convidado pelo governo do Estado.
Resta agora, depois de desmascarada a tentativa de embuste, conferir as verdadeiras intenções da prefeitura em realizar os serviços. Se havia, realmente, objetivos de se beneficiar aquelas comunidades, ou se não passava de uma velha artimanha eleitoreira, surrada de tanto ser usada por políticos demagogos e espertalhões que não fazem falta por estas bandas.
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