O caso das cobaias humanas do Acre chega finalmente à Câmara. Os deputados Ilderlei Cordeiro (PPS-AC) e Sérgio Petecão (PMN-AC) pediram hoje à Comissão da Amazônia da Câmara a formação de uma delegação de deputados para vir ao Acre averiguar in loco as denúncias de que agentes de endemias contratados pelo governo do Acre serviram de ‘iscas humanas’ em estudos da malária no Vale do Juruá
(Chico Araújo, Agência Amazônia).
O governo do Acre nega que exista o procedimento denunciado. Na última segunda-feira foi entregue à Justiça Federal a defesa na ação civil pública impetrada pela Associação Brasileira de Apoio e Proteção aos Sujeitos da Pesquisa Clínica (Abraspec) para suspender o uso de agentes entomológicos em estudos da malária na região do Vale do Juruá. De acordo com o secretário estadual de saúde, Osvaldo Leal, o que há é um procedimento de captura do mosquito aprovado pelo Ministério da Saúde, que foi suspenso em razão das especulações sobre o caso.
“O que nós adotamos em nosso Estado é uma técnica aprovada pelo Ministério da Saúde. Trata-se da captura de insetos através da atração humana. No caso, os agentes de endemia vestem um fardamento apropriado, com proteção em todo o corpo, inclusive na cabeça e nos pés, e espera que o mosquito pose em sua vestimenta. Em seguida, o inseto é aspirado e armazenado em um recipiente para ser encaminhado ao setor de Entomologia para avaliação”, disse o secretário em um de seus pronunciamentos à imprensa.
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