quinta-feira, 19 de junho de 2008

Arte na Ruína para o Brasil

Movimento Arte na Ruína é uma da 40 histórias selecionadas pelo programa Revelando os Brasis.



O movimento cultural xapuriense Arte na Ruína, dirigido pelo artista plástico Wágner San e desenvolvido nas ruínas da antiga delegacia de polícia de Xapuri por jovens artistas da comunidade, é uma das 40 histórias selecionadas pela terceira edição do programa Revelando os Brasis, que serão transformadas em vídeos com duração de 15 minutos pelos seus próprios autores.

O programa Revelando os Brasis - promovido pelo Ministério da Cultura em parceria com o Instituto Marlim Azul e patrocinado pela Petrobrás - tem por objetivo promover a inclusão e a formação audiovisuais por meio do estímulo à produção de vídeos digitais. Dirigido a moradores de municípios brasileiros com até 20 mil habitantes, o projeto contribui para a formação de receptores críticos e para a produção de obras que registrem a memória e a diversidade cultural do País, revelando novos olhares sobre o Brasil.

A história do Arte na Ruína foi selecionado dentre mais de 1.500 outras histórias de todo o país. A mobilização cultural em torno da delegacia desativada teve início em 2007, quando um grupo de artistas locais se confrontava com as dificuldades para encontrar um espaço onde suas criações pudessem ser abrigadas e apresentadas ao público.



Além do movimento Arte na Ruína, outras duas histórias acreanas foram selecionadas pelo programa Revelando os Brasis: Seu Nome Era Brasília, da cidade de Brasiléia, de autoria de Duplanir de Souza Filho, e O Espírito da Floresta, de Vandete Cerqueira Sereno Kaxinawá, do município de Marechal Thaumaturgo.

O artista Wágner San, diretor do projeto, é também autor da exposição "Os Caminhos de Chico Mendes", idealizada pelo Instituto Chico Mendes, onde relata em 24 telas e gravuras a floresta, o povo e a trajetória do líder sindical e ecologista de Xapuri (veja aqui).

No próximo dia 23, San vai ao Rio de Janeiro passar por 10 dias de capacitação em produção e direção de cinema para produzir o documentário de 15 minutos, que será distribuído em todo Brasil nas bibliotecas e espaços de leitura e participará de mostras e festivais de cinema no Brasil, além de ser veiculado no canal Futura.

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