A senadora Marina Silva estreou nesta segunda-feira como colunista do jornal Folha de São Paulo.
"O Estado cresceu, mas não amadureceu".
Reconhecida como a principal voz da Amazônia, ela escreverá às segundas-feiras sobre temas ligados ao desenvolvimento sustentável. "A coluna não será monotemática", disse Marina, que no seu primeiro artigo, intitulado "Legítima defesa", falou sobre a postura ambígua do Estado frente ao incomparável patrimônio natural que o país possui.
Segundo a ex-ministra do meio ambiente, movimentos retrógrados, saudosistas do tempo da terra sem lei, fazem pressões e recebem acenos de possíveis flexibilizações, mas sociedade bloqueia e restringe esses acordos.
"A opinião pública mantém o debate, banca o combate ao desmatamento, dá suporte para a manutenção da lei do licenciamento e para a não-flexibilização da legislação ambiental. O certo é que o Estado, em todos os seus níveis, não consegue utilizar o grande capital político de que dispõe para acompanhar o pique da sociedade. Ela cresceu, passou a perceber seus problemas de maneira mais complexa. O Estado cresceu, mas não amadureceu", afirma a senadora.
Alfabetizada aos 16 anos, Marina Silva formou-se em história, cursou especialização em teoria psicanalítica, freqüentou aulas de direito e relações internacionais e termina agora curso de psicopedagogia.
Marina deixou a região de Breu Velho em 1975 e fez curso de alfabetização de adultos e supletivo. Ajudou a fundar a CUT (Central Única dos Trabalhadores) no Acre.
A atividade parlamentar começaria em 1988, como vereadora em Rio Branco. Em 1995, chegou ao Senado. Em 2002, foi reeleita para o atual mandato de senadora, mas saiu para assumir o Ministério do Meio Ambiente. Deixou o posto ao se ver sem apoio de Lula para enfrentar pressões do agronegócio contra o combate ao desmatamento.
Assinantes do da Folha ou do UOL lêem o artigo de estréia da Marina colunista clicando aqui.
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