Algumas escolas da rede estadual de ensino em Xapuri retornam às aulas nesta quarta-feira (16). Parece ser o fim de um movimento grevista confuso, sem adesão e cujos objetivos estão longe de corresponder, verdadeiramente, aos interesses dos profissionais da educação.
Não se trata de contestar o direito à greve, que, pelo visto, está sendo plenamente respeitado pelo governo, mas a manutenção da paralisação das aulas não está soando nesse momento como uma atitude sensata diante da proposta do governo que se mostra amplamente favorável na opinião de muitos professores que na capital não aderiram à greve e permanecem nas salas de aula.
Alguns professores, inclusive, denunciam o cunho político-eleitoreiro que se esconde por trás do movimento, fomentado por algumas lideranças sindicais de Rio Branco. Uma matéria do repórter Dílson Ornelas, de Cruzeiro do Sul, publicada ontem no Portal Ac24horas.com, oferece um exemplo desse sentimento que domina a maior parte dos profissionais em educação do Acre.
Leia a seguir:
Sinteac de Cruzeiro denuncia líderes do sindicato da capital
“Essa greve tinha um único sentido, que era servir à campanha eleitoral do Sinteac, no próximo dia 20 de junho. O governo está acenando com uma proposta melhor para a categoria e nós precisamos negociar para sair com um resultado positivo e transparente”, declarou na manhã dessa terça-feira o presidente do núcleo do Sinteac de Cruzeiro do Sul, Edvaldo Gomes.
O líder da categoria em Cruzeiro do Sul criticou duramente a iniciativa dos líderes da greve em Rio Branco, afirmando que "infelizmente a greve perdeu a característica de movimento sindical e passou a ser um movimento político e estratégico para eleições no sindicato e futuras eleições municipais na capital".
Ele lembrou que na assembléia da categoria em Cruzeiro do Sul, semana passada, ninguém foi a favor de paralisação. Na sua opinião "quem faltou ao trabalho terá que trabalhar aos sábados e isso é prejuízo para os alunos, porque aos sábados as aulas não rendem".
Para o sindicalista do Juruá, "essa greve começou errada e perdeu todo o seu sentido. É preciso entender greve como um movimento forte com todas as escolas fechadas. Alguns municípios que estavam em greve já retornaram às atividades em mais de 90 por cento das escolas de Rio Branco já está funcionando".
Dílson Ornelas (Ac24Horas)
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