sexta-feira, 4 de maio de 2007

Por que não a prospecção?

Definir o melhor caminho para desenvolvimento sustentável do Acre e a melhoria de vida da população.

Mirla Miranda*

Muito se tem debatido no estado sobre o tema prospecção. Prospecção é a técnica usada para localizar e estudar preliminarmente uma jazida mineral ou petrolífera. Nosso Vale do Juruá possui uma grande reserva de combustível fóssil e o estado do Acre carece de investimentos para crescer. Além da borracha, a economia da região gira em torno da exploração da madeira. Atualmente, a farinha é o principal produto da atividade econômica do município de Cruzeiro do Sul. Tem que ter muita “energia” nos braços, porque é um produto completamente artesanal.Análise da dependência...

Analisando nossa economia, somos dependentes do governo, o comercio é o segundo maior empregador, e tem sofrido fortes danos com a transição traumática de poderes. A falta de investimentos e de pagamentos de credores tem sido um agravo na economia nos meses de janeiro á março, sem grandes alterações neste mês de abril. Reuniões entre empresários como forma de minimizar essa problemática têm sido realizadas constantemente. Uma condensação de empresários de todos os tamanhos.E a luz no fim do túnel? A luz no fim do túnel é cara, porque se observamos uma conta de energia elétrica, pagamos de ICMS 25% do valor do consumo. É criminoso.

Análise do SE...

Se tivéssemos um parque industrial, com 40 ou 50 indústria (em funcionamento) que empregassem 150 mil pessoas, o governo teria mais dinheiro para investir. A não conscientização do povo, que não usufrui das necessidades mais básicas reservadas a qualquer cidadão, tem criado a mentalidade da ”empurroterapia”, ou “ vamos deixar como está”. Algo tem que ser feito, não podemos proscrever a idéia da prospecção.

O vale do Juruá...

O Deputado Ilderlei Cordeiro, através da esfera federal tem intensificado o debate e percebido a necessidade e urgência de investimentos no estado. Ele que conhece a região como ninguém, afirma que os danos ambientais são praticamente nulos, isso porque o que será aberto para construção de vias de acesso e escoamento terá salvaguardas de reflorestamento. A transformação econômica que o Acre poderá desfrutar a partir dos royalties resultantes da exploração de gás e petróleo são infinitamente superiores á possíveis danos, danos estes que na própria abertura da BR-364 também foram causados. Mas como escoar, integrar e desenvolver sem fazer a “estrada”?

Temos um bom exemplo na economia do estado do Rio de Janeiro, onde 37% do PIB está baseado em extração e refino de petróleo na Bacia de Campos.

O estado do Amazonas cresceu por espasmos; da borracha, da madeira, e hoje é a grande economia acesa da Amazônia com um parque industrial de dar inveja.

Em suma...

Industrializar, integrar. É uma política de investimentos que amplia uma economia, minimiza sofrimentos e carências e escuta o clamor de um povo.

Por que não a prospecção?

*Apresentadora do programa Acre S/A (TV Rio Branco)

Texto extraído do blog MIRLAMIRANDA

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