Adolfo Brito – Central de Notícias
A Câmara dos Deputados deve instalar quinta-feira a comissão parlamentar de inquérito que vai investigar a crise no setor aéreo do país. A previsão foi feita pelo presidente da Casa, Arlindo Chinaglia que, depois de receber a comunicação do Supremo Tribunal Federal determinando a imediata instalação da CPI, notificou os líderes partidários para, em 48 horas, indicarem os integrantes da comissão.
Como a notificação ocorreu na última quinta-feira e houve o feriado de 1° de maio, Chinaglia informou que daria prazo aos líderes até amanhã para as indicações. Se as indicações não forem feitas, caberá ao presidente da Câmara fazê-las para que a comissão seja instalada quinta-feira. Os líderes do PSDB, Antonio Carlos Pannunzio (SP), e do Democratas, Onyx Lorenzoni (RS), já indicaram os representantes de suas bancadas na CPI do Apagão Aéreo.
Cada um desses partidos indicou três membros titulares e igual número de suplentes. Ainda faltam ser indicados os representantes dos partidos da base aliada e os do PPS, que tem direito a um titular e um suplente. Pela regra da proporcionalidade, do tamanho das bancadas, os partidos da base aliada do governo ficarão com 16 dos 24 cargos de titulares e suplentes da CPI. Com isso, os partidos da base governista terão o dobro de membros da comissão. Ou seja, a CPI terá 16 deputados da base e oito da oposição.
Mesmo com representação menor, a oposição luta para ficar com um dos dois cargos mais importantes da CPI: a presidência ou a relatoria. Os aliados, entretanto, não abrem mão de tais cargos. Pelo Regimento Interno da Câmara, cabe ao maior partido indicar o presidente da CPI e a este escolher o relator da comissão.
O líder do governo, José Múcio (PTB-PE), informou que os partidos da base indicarão amanhã seus representantes para não retardar o início dos trabalhos da CPI. Segundo ele, o PMDB já reivindicou a presidência dos trabalhos da comissão.
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