sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Leishmaniose preocupa Xapuri

O técnico em entomologia da Fundação Nacional de Saúde, Joaquim Vidal, divulga em seu blog informações preliminares sobre estudo entomológico realizado no mês de setembro, em várias localidades rurais do município de Xapuri, o segundo no Acre em incidência de leishmaniose. O resultado da pesquisa está sendo elaborado pela equipe técnica de entomologia da gerência estadual de endemias.

O objetivo do trabalho é capturar possíveis transmissores de leishmaniose tegumentar americana (LTA), nas residências onde ocorreram casos positivos da doença em crianças, mulheres e pessoas idosas no período de janeiro a dezembro de 2008. As capturas dos insetos foram realizadas com armadilhas luminosas tipo CDC, como se vê na foto que ilustra o post.

Apesar de haver sido registrada uma redução de 29,5% dos casos de leishmaniose em relação ao mesmo período do ano passado, a doença no Acre ainda preocupa as autoridades em saúde. Segundo a Gerência da Vigilância Estadual de Endemias, dos 956 casos registrados até setembro desse ano no Acre, 26% concentram-se na capital, Rio Branco, e 11% na cidade de Xapuri.

A seguir, os números referentes às localidades visitadas:

Seringal Albrácia: população 299 habitantes, 155 imóveis e 20 casos positivos.

Seringal Floresta: população 433 habitantes, 168 imóveis e 08 casos positivos.

Seringal Nazaré: população 252 habitantes, 76 imóveis e 15 casos positivos.

Seringal Boa Vista (Maloca): população 242 habitantes, 125 imóveis e 15 casos positivos.

Seringal Tupá (Assentamento): população 319 habitantes, 155 imóveis e 06 casos positivos.

Em Xapuri, as crianças são as maiores vítimas da doença. Segundo as informações postadas por Joaquim Vidal no blog Entomologia, quase 50% dos casos registrados no município atingem crianças e adolescentes. Em 2008, por exemplo, foram registrados no município 138 casos de leishmaniose. As ocorrências em crianças de 0 a 5 anos corresponderam a 34% do total; de 6 a 10 anos, 16%, de 11 a 15 anos, 8%, e 16 anos acima, 32% do total de casos.

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