sexta-feira, 12 de outubro de 2012

“Sambarilove e Mana”

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Everaldo Pereira

Ao recebermos convite para prestigiarmos hoje vossa cerimônia de casamento, nos sentimos realizados enquanto amigos e agentes de Pastoral Familiar, e vislumbramos concretamente que vocês, nesta data, dividem com a família cristã, um sacramento que é a imagem da união fraterna, um rito instituído por Jesus Cristo para a salvação divina dos fiéis, sinal visível da unidade e da comunhão.

Parabéns pela decisão. Com essa atitude vocês transbordam de satisfação e alegria nossos irmãos, nossa igreja, vossas famílias e enchem de orgulho e felicidade vossos filhos.

Vocês sabem que nós sempre torcemos por vê-los se apresentando diante do sublime altar pedindo para serem verdadeiramente considerados casados perante nossa Igreja.

Sabem também que tenho “matutado” e logicamente desconhecido os motivos materiais que levam muitos amigos optarem pela desunião conjugal, num hit popular descuidado e mal zelado do “não deu certo” e, para o bem da verdade, tenho relutado em aceitar, muito embora sem direito de opinar.

Indago, discute, debato e advogo a tese de que as todas as uniões, casamentos e relações de companheirismo, devem prosperar, pois Deus também lhes abençoa e ali se faz presente. No entanto, tenho interrogado: Onde estará a resposta para tantos desmantelos conjugais nos dias atuais?

Tenho respondido “tacitamente” que na verdade, a resolução de todos os problemas de vida e, principalmente os conjugais, encontram respostas na ”falta de espiritualidade”, o vulto-mor impulsionador de nossas atitudes concretas, sustentador de nossos atos e procedimentos, vetor de orientações e diretrizes à vida cidadã e religiosa, adequada inclusive àqueles que frequentam as igrejas, mas não estão a exemplo de vocês imantados pelo espírito santo, não sentiram a chama que inunda os corações, razões pelas quais desconhecem verdadeiramente os ensinamentos do Evangelho e se escondem na cortina de fumaça da onda contemporânea que nega a hierarquização da doutrina religiosa e, que insanamente tripudiam que o casamento está fora de moda. Para nossa satisfação, ledo engano, vez que erroneamente são adeptos da minoritária teoria contrária à família e vencidos pela corrente a que estamos eternamente  filiados que, acredita ser o casamento imprescindível a vida social,  a convivência salutar, ao dia-a-dia sereno, a vida coletiva.

Buscando Génesis encontramos : “não é conveniente que o homem esteja só; vou dar-lhe uma auxiliar semelhante a ele” e também, “ por esse motivo, o homem deixará o pai e mãe para se unir à sua mulher; e os dois serão uma só carne”

Somos e defendemos os ensinamentos de que os que vivem no estado conjugal, segundo a própria vocação, têm o dever peculiar de trabalhar na edificação do povo de Deus por meio do matrimônio e da família e que os pais são instrumentos, não apenas para a procriação física dos filhos, mas também diretamente responsáveis pela sua educação natural e cristã, incluídos aí, não apenas o seu bem-estar físico e material, mas também o seu comportamento cristão. A fonte essencial deste comportamento é a participação dos filhos num total amor entre o s esposos. Pelo exemplo eles aprendem o sentido da caridade cristã e do amor de Deus.

A aliança de vocês hoje, por si só denota características inerentes as vossas próprias vidas e significa sentimentos de juramento, amor, fidelidade, vida compartilhada, compromisso, prioridade, lealdade, zelo recíproco, companheirismo, cumplicidade, respeito e carinho. Nela Deus é chamado a ser testemunha eterna, pois vocês noivos já não são crianças e de muito cultuam a inexistência de expressões individualistas e/ou egoístas do “eu” e “meu” e desde muito substituíram pelo “nós” e “nosso” o que contribui para o crescimento e amadurecimento do casal.

Ao colocarmos nossas alianças nas mãos de Deus, estamos conclamando vidas em perfeita harmonia, abundância solidária, e experimentamos a plenitude do relacionamento vivendo em sabedoria. Compreendemos que Deus fez aliança com seu povo e tem promessas para todos nós, e que Ele não escolhe os capacitados, porém capacita os escolhidos à cumprir fidedignamente a aliança com seu cônjuge, bastando apenas que tenhamos consignados o requisito da espiritualidade.

Bom casamento é pouco para lhes desejar. Felicidade é adjetivo permanente em vossas vidas. Feliz encontra-se nossa igreja com vossos testemunhos em Cristo, que agora completa-se com a solenidade de  casamento, no que idealizamos também para vós os ensinamentos do Papa João Paulo II: A “Família é a célula vital da sociedade e da Igreja. A futura evangelização depende, em grande parte, da Igreja doméstica.

Com certeza na festa jamais faltará vinho e pão, porém a presença de Jesus está garantida, principalmente em vossas vidas, pela perpetuação do milagre, na multiplicação de bênçãos, pela infinidade de curas, no alicerce das boas ações aos olhos de Deus. 

Sigam os bons exemplos de Elias e Velissa, Antônio e Déa, Zé Bacu e Irene, Júlio e Euri, Zé Lulu e Maria, e muitos outros de nossos amigos.

Compromissos escolares inadiáveis nos fizeram ausentes nessa solenidade de casamento, no entanto, quando se dirigem ao altar, sintam nossas presenças em vossos corações e a unção do Espírito Santo.

Parabéns...

Everaldo Pereira é amigo do casal, casado há 28 anos com Mª. Raimunda e  pai orgulhoso de Mirella, Yuna e Mariana.

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