Com a proximidade da chegada do elenco da Rede Globo para gravar a 3ª fase da minissérie Amazônia - de Galvez a Chico Mendes, a população da cidade já começa viver a expectativa de poder ver de perto artistas consagrados, como o ator Cássio Gabus Mendes, que vai representar Chico Mendes, ou novatos, como a acreana Brendha Haddad, uma aposta de sucesso da autora Glória Perez.
Mas, por falar na minissérie, quem está no Rio de Janeiro, a convite da produção da globo é o primo de Chico Mendes, Raimundo Mendes de Barros, o Raimundão. Figura emblemática das lutas lideradas pelo líder sindical morto em 1988, Raimundão foi chamado a colaborar com os detalhes sobre a luta e os últimos momentos da saga de Chico Mendes, que serão utilizados para dar o maior tom de realismo possível à última etapa da produção.
Ao embarcar com destino ao Rio de Janeiro, Raimundão, que será representado na minissérie pelo desconhecido ator Osvaldo Mil, não conseguia esconder a empolgação com a oportunidade que lhe foi oferecida de contribuir com uma obra que homenageia aquele que ele considera o seu grande exemplo de vida. Raimundão é uma das poucas pessoas que tendo participado de forma efetiva dos empates e lutas ao lado Chico Mendes, teve a oportunidade de ficar vivo para contar essa história.
Como um dia falou o saudoso mestre Wando Barros, "Raimundão é um ícone da esquerda acreana. Sua história confunde-se com a história dos trabalhadores rurais do Estado, sem que por isso jamais tenha perdido a sua maneira simples e espontânea de ser. Já teve como slogan de campanhas políticas o lema "Raimundão, pé no chão". Ao longo de sua militância, constam prisões, intimações, ameaças de morte (e não foram poucas) e, é claro, como prêmio pela sua luta em prol dos povos da floresta ostenta com orgulho em seu currículo quatro mandatos como vereador".
Sem sombra de dúvidas, o Raimundão merece o momento que está vivendo.
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