terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Latrocínio

 

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Uma casa simples, um pouco afastada de vizinhos, um tamborete sobre um pilão e meia dúzia de pernamancas manchadas de sangue sob o assoalho. Este é o mais novo cenário de um crime que tem se tornado frequente em Xapuri nos últimos anos: o latrocínio, tipo penal onde o homicídio é o crime-meio e o roubo o crime-fim.

As vítimas das últimas ocorrências deste tipo registradas no município possuem um perfil semelhante. São pessoas idosas, que vivem sozinhas e que receberam alguma quantia em dinheiro, seja proveniente de salário-aposentadoria o da venda de bens. A vulnerabilidade dessas pessoas as tornam a presa preferida de criminosos como o da imagem abaixo.

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Mauro Júnior da Silva Souza, o Leta, 18 anos, é um dos acusados de matar a pauladas o ancião Anísio José de Barros, 72 anos, na madrugada do último sábado, com o único o objetivo, segundo ele mesmo, de roubar. Anísio Barros residia na Estrada da Variante, na casa que aparece na primeira imagem, onde Leta e um comparsa o atacaram de maneira covarde e cruel.

Segundo seu depoimento, ele e o cúmplice, que seria conhecido da vítima, chamaram por Anísio durante a madrugada e quando este abriu a janela o agrediram a pauladas. O pilão e o tamborete serviram de apoio para a dupla de assassinos entrarem na casa e consumarem o crime. Mauro afirmou ao delegado Antônio Carlos Marques Mello que apanhou R$ 200,00 na cômoda do idoso.

Apesar da prisão de Mauro Júnior, que ocorreu em menos de 24 horas, o trabalho da Polícia Civil de Xapuri prossegue para chegar ao suposto comparsa do homicida e fechar os últimos detalhes do inquérito. O crime de latrocínio figura entre os delitos de maior pena privativa de liberdade no país: 20 a 30 anos de reclusão sem prejuízo de multa.

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