O município está contando com o apoio de 46 soldados do Exército Brasileiro no socorro às vítimas. A maioria está sendo abrigada na casa de parentes e amigos. Quem não tem para onde ir está sendo alojado no Ginásio de Esportes Álvaro Mota, no Salão Paroquial da Igreja de São Sebastião e no salão da Loja Maçônica Bandeirantes do Acre.
Novos abrigos estão sendo providenciados na cidade e é possível que as escolas das redes estadual e municipal de ensino sejam usadas para receber as famílias desalojadas pela enchente, a maior desde o ano de 1978.
Os locais mais afetados em Xapuri são as ruas Major Salinas, Benjamin Constant, Sadala Koury e Floriano Peixoto, no centro da cidade, e os bairros do Pantanal e Braga Sobrinho, onde o Igarapé Santa Rosa encontra-se represado pelo rio.
O ritmo da subida das águas é rápido em Xapuri. A última medição, às 22 horas da terça-feira (21), marcava 15 metros e 10 centímetros. A anterior, feitas às 18 horas, marcava 15,02m, o que significa que o nível das águas subiu 8 cm em apenas quatro horas, ou seja, 2 cm por hora como ocorreu durante praticamente todo o período da terça-feira.
Com a informação de que o nível das águas deve continuar subindo nas próximas horas, a intenção da Defesa Civil em Xapuri é evacuar as áreas atingidas antes que a enchente tome proporções maiores, como ocorreu em Brasileia, cidade que continua isolada pelas águas e sem energia elétrica e telecomunicações.
Outra informação preocupante em Xapuri é de que a ocorrência de desabrigados deixou, nas últimas horas, de ser fato exclusivo da zona urbana. Desde a madrugada desta quarta-feira (22), soldados do Exército fazem o transporte de desabrigados em várias localidades rurais. O município já apresenta extensas áreas plantadas destruídas pela força das águas.
A defesa Civil está preocupada também com outro fenômeno decorrente da enchente, o desbarrancamento do Rio Acre, principalmente no bairro Braga Sobrinho, também conhecido como Bolívia. Várias famílias estão sendo removidas do local.
Um comentário:
Em dezembro deste ano completa 34 anos da maior echente que aconteceu em xapuri, a qual eu morava em uma das últimas casa da rua Major Salina naquela época em um dia só me mudei 3 vezes de casa até chegar a escola Plácido de Castro. É uma situação ruim e perigosa.
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