Em apenas duas semanas, foi registrado um número superior a 30% do total de casos ocorridos durante os 7 primeiros meses do ano em Xapuri
Os trinta e três casos de malária do tipo vivax, registrados somente nas duas primeiras semanas de julho desse ano na região do seringal Cachoeira, no município de Xapuri, são motivo de muita preocupação para a Fundação Nacional de Saúde, que trabalha no combate à proliferação do mosquito anopheles em um açude situado na colocação Fazendinha, sede do seringal, onde está localizada a Pousada Ecológica construída pelo governo do Estado.
O número de casos de malária no seringal Cachoeira durante o mês de julho representa mais de um terço de todos os casos registrados em 2007, que é de 88 até o momento. O gerente de endemias da Funasa em Xapuri, Élson Fadul, explicou na manhã desta segunda-feira (23) que apesar do número de casos ser alto, não pode ser considerado o risco de epidemia. Segundo ele, o motivo de tantas pessoas haverem contraído a doença em tão curto espaço de tempo foi uma festa realizado na comunidade em um bar localizado às margens do açude, o que proporcionou uma grande exposição de pessoas ao mosquito transmissor da malária.
De acordo com o Técnico em Entomologia Médica, Joaquim Vidal, a situação no seringal Cachoeira é grave e deverá piorar se não forem tomadas medidas mais drásticas no combate à doença. Segundo ele, uma das alternativas seria a drenagem do açude que se encontra infestado pelo mosquito. A segunda opção seria tratar as águas do açude com óleo queimado em uma proporção que não ofereça riscos ao meio ambiente, mas a Funasa, segundo o técnico, não possui autorização para realizar esse procedimento considerado danoso ao meio ambiente.
Parasitose grave - A malária mata 2 milhões de pessoas por ano, uma taxa só comparável à da Aids, e afeta mais de 500 milhões de pessoas todos os anos. É a principal parasitose tropical e uma das mais frequentes causas de morte em crianças nesses países: (mata um milhão de crianças com menos de 5 anos a cada ano). Segundo a Organização Mundial de Saúde, a malária mata uma criança africana a cada 30 segundos, e muitas crianças que sobrevivem a casos severos sofrem danos cerebrais graves e têm dificuldades de aprendizagem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário