Dias atrás, um dos porta-vozes da prefeitura afirmou em um artigo que o portal do prefeito trata-se de uma obra que faz parte de um projeto de urbanização da cidade, que os vereadores de oposição insistem em desqualificar. Se assim o é, então por que tanto mistério em torno da execução da obra e do restante das futuras edificações do tal projeto? Se existe esse projeto, por que nunca foi apresentado à população? Está sendo executado por etapas? Qual será a próxima? A falta de respostas leva a crer que não exista projeto nenhum, a não ser que seja apenas um punhado de idéias desconexas guardadas nas cabeças ocas de seus idealizadores.
Quanto ao fato de ser útil ou não, trata-se de uma questão de opinião que a todos é permitido expressar livremente com o direito de não ser achincalhado ou perseguido por esse motivo. Eu, de modo particular, não posso concordar com arroubos esteticistas em uma cidade que não possui sequer ruas para se circular decentemente. Uma obra como essa, um verdadeiro monumento à ociosidade administrativa do atual mandato, não pode ser colocada à frente da situação lamentável em que se encontra o bairro da Bolívia, com ruas totalmente intransitáveis.
O objetivo aqui não é, em absoluto, condenar a atual administração pelos seus erros e absolver a anterior por equívocos semelhantes. A lavanderia comunitária, tão usada pelo prefeito para lembrar as falhas do seu antecessor, não lhe dá o direito de continuar errando. Pelo contrário, é obrigação dessa administração tentar consertar as falhas deixadas pelos prefeitos passados, assim como Júlio Barbosa consertou os muitos erros e defeitos da administração que lhe antecedeu, inclusive a herança maldita de ter que atualizar 7 meses de salários, atrasados pelo prefeito José da Silva Cunha, e ainda conseguir fazer o município funcionar, como o fez.
Por falar em salários, o ex-prefeito Júlio Barbosa deixou para Vanderley um mês de atraso de parte do funcionalismo municipal, que até hoje não foram pagos, com exceção daqueles que foram pleiteados na justiça, pois a atual gestão de Xapuri considera que não possui responsabilidades com as dívidas deixadas pelo governo passado, mas que pertencem ao município.
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