terça-feira, 3 de março de 2009

Violência na fronteira

A insegurança toma de conta da fronteira acriana. Desta vez, um soldado do Exército Brasileiro foi vítima de um assalto dentro de sua casa, na cidade de Epitaciolândia (240 quilômetros de Rio Branco), no Bairro da Satel, fronteira do Acre com a Bolívia.



Almir Andrade

Na noite desta segunda-feira, 2, João Ciclei da Silva Oliveira, de 21 anos, havia chegado de Xapuri (distante 75 quilômetros de Epitaciolândia) em sua moto Yamaha XTZ 125, (placas MZR 0931), quando foi surpreendido por um homem usando um capacete cor de rosa.

Armado com um revolver calibre 38, ele anunciou o assalto e pediu a chaves da moto. A mãe da vítima ainda chegou a ser segurada pelo assaltante. O soldado tentou acalmá-lo dizendo que entregaria a chave da moto sem problemas.

Após ter a motocicleta, o bandido resolveu atirar na perna esquerda do soldado, próximo ao tornozelo. O impacto da bala fraturou o osso da tíbia esquerda, segundo os exames médicos no Hospital Raimundo Chaar, para onde foi levado de moto pela irmã, que mora ao lado da residência da mãe.

Um oficial do Exército acompanhou o soldado e informou que ele terá todo o acompanhamento necessário. Segundo testemunhas, o assaltante seguiu em direção à Brasiléia. Os policiais acreditam que ele usou a Ponte Wilson Pinheiro, que não tem fiscalização, para atravessar para a cidade de Cobija, na Bolívia.

No final do ano passado, um sargento do Exército também teve sua moto roubada da garagem da Vila Militar. O veículo nunca foi recuperado.

João Ciclei é um xapuriense do bem, que saiu de sua terra para servir ao exército na violenta fronteira do Acre com a Bolívia nas cidades de Epitaciolândia e Brasiléia. É filho do "amigo Damião", dono de um conhecido bar na entrada de Xapuri.

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