quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Caiu a lona

Penso que os líderes da coligação Unidos para Vencer (PSB-PSC) deveriam se pronunciar publicamente sobre o perrengue com o candidato a vereador Vanderley Viana. Com certeza amainaria a péssima impressão que se aplacou sobre a aliança em razão do comportamento do ex-prefeito, que fez do palanque de Wágner e Oséias um verdadeiro circo de horrores.

Antes que voltem a me acusar de perseguir o indigitado, esclareço que minhas divergências com o cidadão são puramente ideológicas, apesar de minha vida pessoal estar sendo dura e covardemente atacada pelo dito cujo. Minhas notas e comentários se direcionam apenas às atitudes e comportamentos que claramente dizem respeito à população.

Voltando à questão central desse post, abordei recentemente o fato de Viana haver arrochado tinta sobre a propaganda visual da coligação dividia com a dele próprio em um muro localizado na Rua Floriano Peixoto. Mas a razão para a mais recente piloura ficou apenas no campo da boataria. Por que razão a maionese desandou por aquelas bandas? Ninguém sabe, ninguém diz.  

Uns comentam que o motivo foi promessa feita e não cumprida pela cúpula para com o candidato. Outros garantem que a causa do arranca-rabo foi uma admoestação feita pelos caciques da coligação para que Vanderley Viana cessasse com os shows de agressões verbais e ofensas morais contra adversários, estratégia que tornou impróprios para menores de 18 anos os comícios da aliança. 

Independentemente da motivação, o momento é favorável para que os partidos da coligação, PSB e PSC, que detêm em suas fileiras, além de um deputado estadual e um líder religioso local, pessoas que deveriam se preocupar com o zelo por seus nomes e pelos princípios de civilidade, mostrar para a população o que realmente pensam e como se posicionam diante do que tem ocorrido nas últimas semanas.

Em nenhum momento hesitei em atribuir aos líderes da aliança política a responsabilidade pelo linchamento moral que se desencadeou no palanque da coligação a cada comício. Não bastasse o discurso verborrágico da maioria dos candidatos, o ex-prefeito abusou dos xingamentos, palavrões e termos chulos para ridicularizar e intimidar os seus desafetos.

A concordância dos cabeças da coligação com as atitudes eram denunciadas pela maneira como os comícios eram realizados. Apesar de ser um mero candidato a vereador, Vanderley ocupava posição privilegiada, gozando de status superior ao do próprio candidato a prefeito, prova disso é o fato de que era sempre o último a falar com um tempo infinitamente superior aos demais. A verdadeira estrela da companhia.

Em resposta à péssima repercussão e ao descontentamento de muita gente, a cúpula passou a fazer pedidos individuais de desculpas e a argumentar que não podiam controlar a língua do agressor. Publicamente, no entanto, nunca se manifestaram ou se retrataram pelo conteúdo difamatório que se derramou do palanque sobre a vida de diversas pessoas.

Pelo que aparenta, a lona do circo caiu e aqueles que puxaram cobra para os pés começam a provar do mesmo veneno destilado contra os adversários. Resta saber se o resultado disso será positivo para o nível da campanha que se está fazendo nesta eleição. Se o mesmo palanque voltará a aceitar os desmandos ou se outro acolherá a ovelha negra desgarrada. 

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