Nader Sarkis
Vira e mexe me pego escrevendo ou comentando aqui no blog do meu velho parceiro, Raimari. Na verdade, o que eu gosto mesmo é de ler os mais diferentes tipos de post. Aliás, parabéns aos “Unidos para achincalhar” e “Com ódio e com perseguição”.
Espera-se, a propósito, que os que se dizem líderes tomem providência da vergonhosa situação por que passa a coligação “Unidos para vencer” quando permite um estouvado promover um verdadeiro bombardeio de horrores a pessoas de bem do município. Caso contrário o título “Unidos para achincalhar” cairá muitíssimo bem na referida coligação e o peso que seus “condutores” têm na conivência, como já escreveu Raimari Cardoso, é imensurável.
De maneira nenhuma emitirei juízo a respeito dos candidatos ou dos representantes da referida coligação, mas ousarei escrever e usar alguns escritos básicos de psicologia fazendo uma alusão ao comportamento humano para tentar entender essas agruras. Antemão, que me perdoem os estudiosos do ramo por não ser conhecedor do assunto.
Vamos lá, hoje em dia criamos novos nomes ou diagnósticos para descrever velhas patologias conhecidas. Por exemplo, a síndrome de pânico foi uma mera derivativa das chamadas fobias, a bipolaridade é o nome moderno para o chamado transtorno maníaco-depressivo. Como todos sabem, a bipolaridade é definida principalmente pela constante e repetitiva oscilação do humor e comportamento do sujeito; ora um estado depressivo, melancólico, ou a euforia, alegria e uma energização que deixa perplexo todos que convivem com a pessoa.
A primeira coisa interessante para se notar é que, ao contrário do que muitos pensam, o fenômeno da agressividade não se encontra no polo maníaco, mas justamente na fase depressiva. A explicação é simples, a agressividade permeia dito polo como uma reação à frustração da pouca durabilidade da fase maníaca e também como uma forma de contaminar completamente o ambiente ao seu redor: “como nunca irei superar tal situação, desejo que sintam a mesma angústia”.
Geralmente, o bipolar reclama um amor incondicional, ao mesmo tempo em que tenta condicionar os outros para a aceitação de sua estrutura neurótica de personalidade.
A bipolaridade não deixa de ser um fenômeno psicológico que denuncia com exatidão o espírito sociológico de nosso tempo:tenho pleno potencial para o amor, afeto e harmonia, mas repentinamente me lembro de meu contrato quase que vitalício assinado com o caos ou perturbação nos relacionamentos, tudo isso oriundo de um mimo não resolvido perante uma suposta rejeição das figuras parentais.
O bipolar apela o tempo todo, forçando seu direito ao amor que não obteve, sendo que não resgata em hipótese alguma suas falhas pessoais nesse histórico de convívio.
Por conta disso, desses contrassensos que ainda existem por essas bandas, acredito que alguns candidatos ou representantes de grupos políticos deveriam além de ter a “ficha limpa” passar por um divã. Fazer uma análise do conhecimento de si promovendo uma viagem interior acerca de seu tempo e de sua vida. É que cada indivíduo social ou não carrega consigo uma forte carga afetiva e que às vezes é mal elaborada. Quando assim acontece, gera transtornos no comportamento afligindo a estrutura do convívio humano.
Concluindo darei eco ao segundo parágrafo e aos apelos anteriores postados pelo titular do blog. Já expirou o tempo para os condutores da coligação “Unidos pra vencer” emitirem seus posicionamentos ou com a conivência às ações abomináveis com a dignidade social ou com o fim definitivo desses atos alienados que norteiam seus comícios. Particularmente, acredito ser a segunda opção a mais acertada, afinal estão pleiteando representar nossa cidade e a grande maioria da população não admite mais esse tipo de conduta.
Nader Sarkis é professor, radialista e, nas horas vagas, colaborador do blog.
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