sexta-feira, 21 de setembro de 2012

“Acidente de trabalho”

Máquina

Procurei informações junto à prefeitura sobre a situação desta máquina, uma moto niveladora que, segundo foi comentado na rede social Facebook, estaria abandonada pela atual administração de Xapuri no “Ramal do Carlinhos”, no Recanto do Equador.

A explicação que obtive foi de que o equipamento pertence a uma empresa de nome Oliveira, que executa serviços referentes a um convênio do Incra com o governo do Estado na região do Projeto de Assentamento Agroextrativista do seringal Equador.

Ou seja, a prefeitura, apesar de ser grande interessada nos serviços que estão sendo executados, não tem nada a ver com a queda da máquina numa ribanceira durante a operação de melhoria de ramais naquela localidade há cerca de uma semana.

Segundo as informações que obtive, a empresa Oliveira estaria aguardando a chegada de uma escavadeira hidráulica do tipo PC para fazer a retirada da moto niveladora. A própria imagem, feita com a câmera de um telefone celular, deixa claro que o incidente foi recente.

O “acidente de trabalho”, como foi classificado o episódio, tem sido eleitoreiramente utilizado como maneira de atribuir desleixo com o patrimônio público à atual administração. Exemplo da paupérrima argumentação que tem sido vista nos palanques da oposição nestas eleições.

É público e notório, no entanto, que equipamentos como esse estão abandonados em alguns locais da zona rural de Xapuri. As últimas administrações, especialmente a do ex-prefeito Vanderley Viana, deixaram várias máquinas jogadas aos deus dará.

É claro e evidente que qualquer administrador público tem responsabilidade sobre o patrimônio deixado em estado de penúria por seu antecessor. Tem a obrigação de recuperar o bem, colocá-lo em operação ou tomar os procedimentos para que seja decretada a sua inviabilidade.

O que não me parece ético para quem aspira administrar o município é que se lance mão de argumentos tão frágeis para depreciar o adversário. Não é admissível que se condene quem dá continuidade ao descaso com a coisa pública inocentando quem o originou.

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