quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Férias forçadas



O garoto da foto é Cleodomar Natilho Menezes, 16 anos, presidente do Grêmio Estudantil da Escola Divina Providência e monitor da Casa de Leitura do Instituto Chico Mendes. A belezoca ao lado dele é Sâmara, vice-presidente do mesmo grêmio estudantil. Cleodomar é uma liderança jovem que atua, além do incipiente movimento estudantil local, nos projetos desenvolvidos por Elenira Mendes em Xapuri e que, subitamente, foi afastado de suas atividades no instituto criado pela filha de Chico Mendes.

A razão das férias forçadas fiquei sabendo um dia desses em conversa com um funcionário bem informado do Instituto Chico Mendes, cuja identidade não revelo nem sob tortura. Segundo as informações, o adolescente foi vítima de assédio moral por parte da presidente vitalícia da Fundação Chico Mendes, Ilzamar Mendes, por estar usando na época de campanha um adesivo do candidato Manoel Moraes, do PSB, com quem o PV de Elenira esteve coligado nas eleições. Ilzamar, que apoiou o candidato Bira, do PT, teria sido grosseira com o monitor e ordenado que o mesmo retirasse a propaganda imediatamente.

Como não estava em horário de serviço - e também por não ser subordinado a Ilzamar, uma vez que a única ligação entre Fundação e Instituto Chico Mendes, além do parentesco entre Ilzamar e Elenira, é o fato de as duas entidades ocuparem o mesmo prédio - Cleodomar se recusou a obedecer as ordens da viúva, deixando-a furiosa. O que se seguiu a esses fatos, segundo minha fonte bem informada, foi que o garoto foi impedido de continuar trabalhando normalmente na instituição presidida por Elenira.

Da Europa, onde estava fazia alguns dias, Elenira Mendes orientou o jovem a ficar em casa de repouso aguardando seu retorno para retomar as suas atividades normalmente. Pelo o que aparenta, a filha não está muito satisfeita com as intromissões da mãe em seu instituto. Segundo a mesma fonte, no seu retorno a Xapuri, Elenira vai começar a procurar outro espaço para funcionar o Instituto Chico Mendes que não se mistura mais com a Fundação, que estaria cheia de problemas.

"A Fundação não tem mais salvação, é dívida trabalhista, com o INSS, enfim, está toda enrolada, a Elenira queria fundi-la ao Instituto, mais os advogados acharam que não seria um bom negócio, pois iria contaminar - esse foi o termo usado por eles - o Instituto", afirma a fonte.

Como não reside em Xapuri, não pude ainda entrar em contato com Ilzamar Mendes. Tentei conseguir seu telefone com um funcionário da Fundação Chico Mendes, mas não fui atendido. Não mantive contato também com o monitor da Casa de Leitura, Cleodomar Menezes. Acredito, porém, que depois de tomar a iniciativa de lançar esse post, o contato com os dois não deva demorar a ser mantido. O blog está à inteira disposição de ambos para falar sobre o assunto.

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