Texto extraído de comentário ao post Esses “carnavais” e “festivais” estão mesmo é fora de época, de autoria de Sérgio Roberto Gomes de Souza.
Clenes Guerreiro
Realmente essas são ideias interessantes (algumas até já acontecem dentro do município).
Acredito que Cleílson (ver comentário no post) respondeu muito bem sobre a questão do Arte na Ruína - ainda existe, só que sem seu ícone, o prédio abandonado e em ruínas da delegacia (o que não impediu que continuasse, mas novamente estamos procurando espaço).
Cabe salientar que o Arte na Ruína nasceu justamente devido à exclusão pelos gestores públicos, impedindo tal parte da cultura e os artistas de diferentes segmentos de mostrarem sua Arte. Como ficamos sem espaço, passamos a mostrar que a Arte estava em ruínas, utilizamos tal espaço para representar nossos sonhos e angústias juntamente com músicos, atores, contadores de histórias, dançarinos, artistas plásticos e alguns outros profissionais de apoio que estavam tão indignados quanto nós.
A luta pelo prédio e seu terreno se tornou uma constante em nosso caminho, virando uma questão judicial com apoio do governo do Estado, até que em um ganho de causa (antes que houvesse recurso), o atual dono levou ao chão o prédio (em janeiro desse ano) não construindo nada até hoje.
O Grupo não acabou, ficou sob coordenação de Cleílson Alves e seus projetos foram direcionados a outros espaços e (cabe destacar) outros municípios - e nisso a Fundação Municipal de Cultura poderia responder o porquê.
Aqui eu coordeno o grupo Fuxico de Contadores de Histórias de Xapuri, também atuante, e tem também o grupo Poronga (este ainda é atuante, mas não tenho muitas notícias, me parece que migrou para Epitaciolândia).
O Quadro atual da cultura local com ênfase nas artes e seus artistas passa, para variar, por um período de abandono - mas seus artistas continuam produzindo. Isso não é uma tarefa fácil, mas é necessário continuar lutando, como guerreiros que somos, se queremos que algo mude ou faça alguma diferença em Xapuri.
Questiono o gestor de cultura local que pouco ou nada faz para a continuidade da cultura em Xapuri. Como o autor do post muito bem pontua, "cultura não é só eventos".
A nossa parte continua sendo feita - isso pode facilmente ser vista com simples pesquisa no Google.
Nossos parceiros, ultimamente são MinC (principalmente através da Funarte), Museu do Xapury, a união entre os Grupos locais, blogs locais, e estamos firmando parcerias com fazedores de Teatro de outros municípios e estados [destaque ao grupo Floresta) para garantir trabalho.
De todo modo, acredito que podemos fazer a diferença, o que não se constitui em tarefa fácil, para ver se um dia poderemos ver algo de novo em reconfortantes horizontes.
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