segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Dia da Amazônia

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Frei Pilato Pereira

No dia 5 de setembro comemora-se o dia da Amazônia. A extensão da Floresta Amazônica abrange os estados brasileiros do Acre, Amapá, Pará, Roraima, Rondônia, Amazonas, Tocantins, Maranhão e parte do Mato Grosso. Mas a Amazônia vai além do território brasileiro. Ela também se expande para outros países da América do Sul, como: Venezuela, Guianas, Suriname, Bolívia, Colômbia, Peru e Equador. É um bioma transnacional, cuja preservação depende de todos os governos e sociedades de abrangência do território amazônico.

Toda a área da Amazônia corresponde a dois quintos da América do Sul e, praticamente, a metade do território brasileiro. Sabemos da grandiosidade da Floresta Amazônica em termos de extensão, mas ela também é grande, rica e impressionante em minerais, espécies vegetais, animais e reservas de água doce, por conta do grande volume de água dos seus rios.

Um dado muito significativo, é que na Amazônia estão um quinto das águas doces do mundo. É, portanto, a maior bacia hidrográfica do planeta, com extensão de sete milhões de quilômetros. Os principais rios que formam a bacia são, além do Amazonas, os seus afluentes: Negro, Trombetas e Japurá, à esquerda; e Madeira, Xingu, Tapajós, Purus e Juruá, na margem direita.

A Floresta Amazônica tem uma importância significativa para a normalidade da vida no planeta Terra. Ao absorverem carbono, por exemplo, suas árvores contribuem para o equilíbrio do clima mundial. Tudo isso mais a variedade de solos, altas temperaturas e muita chuva faz com que a Amazônia seja um ecossistema auto-sustentável, isto é, capaz de se manter com seus próprios recursos.

Com beleza tão exuberante e com tantas riquezas naturais, a Amazônia também tem a sua limitação e fragilidade que o ser humano precisa saber e respeitar. O solo do território amazônico tem baixa fertilidade. É apenas uma pequena camada muito superficial que é fértil para o cultivo. Cuja fertilidade persiste por pouco tempo, não mais que um ano de manejo. Por isso não adianta derrubar suas árvores para investir na agricultura e pecuária, como alguns políticos e empresários malucos e ambiciosos estão fazendo. Pois, sem a cobertura vegetal para proteger, a água da chuva carrega todos os nutrientes do solo e o torna extremamente pobre. É da própria natureza que o solo amazônico esteja apenas para a floresta e para quem souber conviver com ela.

Se a humanidade quer se servir da Amazônia, deverá deixá-la em paz. Os desmatamentos e disputas pelo domínio de suas terras, a caça e a pesca sem controle e o contrabando de animais e de plantas, são ações criminosas que ameaçam a sobrevivência da floresta. A intervenção equivocada do ser humano na Floresta Amazônica impede a utilização correta de seus recursos para o bem da humanidade. Se deixarmos a floresta em paz, ela nos trará a paz.

Frei Pilato Pereira é mestrando em Teologia PUC-RS. Escreve no blog Olhar Ecológico.

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