Conversei, nesta quinta-feira, com o insatisfeito vice-prefeito João Dias. Depois de ser derrubado do cavalo pelo deputado estadual Chagas Romão (PMDB), quando tentava emplacar seu nome como candidato à prefeitura pelo partido, deve tentar agora uma vaga na Câmara de Vereadores. Mesmo ainda podendo levar seu nome à convenção, em junho, Dias sabe que não conta com o apoio de quem realmente manda prender e soltar no partido.
Cansado de tomar rasteiras de seus aliados políticos, João Dias diz que o PMDB é uma grande decepção e que jamais aceitaria ser vice-prefeito em chapa nenhuma sem que antes houvesse uma consulta em que a população expusesse sua preferência. Com relação à decisão do partido em indicar o engenheiro José Graciano como pré-candidato, afirma que foi vítima de uma grande armação engendrada por Chagas Romão.
O vice-prefeito não se conforma com o fato de que, com toda a tradição e força que possui, o PMDB se submeta a situação humilhante de abrir mão da candidatura própria em favor do PSDB, um partido que não possui, de acordo com ele, nenhuma história em Xapuri. Outra grande mágoa de João Dias com seu partido é ter sido preterido por Graciano, “uma pessoa desconhecida no município”.
Só falta agora tentarem colocar farinha azeda também na cumbuca das intenções de ser vereador, de João Dias. Com a sorte que tem para ser enxotado por aqueles a quem se congrega, é somente isso o que resta acontecer. E com a clara revolta e insatisfação que tem demonstrado nos últimos dias, não poupando de críticas os comandantes do partido, não é difícil que logo logo os sectários da dupla PSDB/PMDB tentem lhe aplicar nova rasteira.
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