Da esquerda para direita: Gentil Alves, Oloci Alves e Cícero Tenório
O período da manhã, no julgamento dos acusados pelo assassinato do dirigente sindical Ivair Higino, foi quase todo tomado pelo interrogatório dos réus. Cícero Tenório, Gentil Alves e Oloci Alves negaram participação no crime.
Cícero Tenório afirmou estar dentro de um ônibus, na BR-317, entre Brasiléia e Xapuri, no horário em que Ivair Higino foi morto. Ele afirmou ter chegado ao local do crime instantes depois de Ivair ser alvejado, onde teria visto pegadas de coturnos.
Gentil Alves disse estar em viagem à Goiânia, na época do crime. Oloci, por sua vez, afirmou não lembrar, mas acredita que estava na fazenda Paraná na hora do assassinato.
Ainda no período da manhã, foi iniciada a leitura de partes do processo, que contém mais de 1000 páginas. Em seguida, serão ouvidas as 12 testemunhas, de acusação e defesa, que compareceram ao Tribunal. Não há previsão para o fim do julgamento, que deve entrar pela noite.
O promotor de justiça que atua no julgamento é Mariano Jeorge de Souza Melo, assistido pelo advogado Gumercindo Rodrigues, que foi uma das personagens dos episódios de enfrentamento entre seringueiros e fazendeiros, ocorridos em Xapuri na década de 80.
Gumercindo Rodrigues diz acreditar na condenação dos acusados com base nos fortes indícios da participação deles no assassinato. Ele reconhece, no entanto, que o tempo já decorrido, além do fato de o inquérito policial ter sido iniciado somente em 1994, seis anos após o crime, pesam a favor dos réus.
A defesa dos acusados é feitas pelos advogados Sérgio Quintanilha (Gentil), Heitor de Andrade Macêdo (Oloci) e Francisco Valadares (Cícero Tenório).
O corpo de jurados está sendo formado por 4 homens e 3 mulheres.
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