O julgamento dos acusados de matar o líder sindical Ivair Higino de Almeida entrou na sua décima hora e a previsão para o seu término não é para antes das dez horas da noite. Acabou há poucos instantes a primeira parte dos debates destinada à acusação, que teve o tempo de quatro horas e meia para expor as provas e tentar convencer os jurados da culpa dos réus.
O promotor Mariano Jeorge de Souza Melo sustentou as acusações contra os réus Cícero Tenório Cavalcante, acusado de ser um dos mandantes do crime, e Oloci Alves da Silva, implicado como um dos executores do assassinato.
Quanto ao réu Gentil Alves, o “tilinho”, também acusado de ser um dos autores dos disparos que mataram Ivair Higino, o promotor reconheceu a força do seu álibi, sustentado por várias testemunhas. Gentil afirma que na data do crime estava viajando para a cidade de Goiânia, estado de Goiás. Apesar desse álibi ter sido questionado pelo assistente da acusação, o advogado Gumercindo Rodrigues, o promotor afirmou que não vai pedir a condenação do réu.
Os advogados de defesa devem concentrar suas teses em cima da inconsistência das provas apresentadas pela acusação que, segundo eles, são baseadas quase sempre em depoimentos de testemunhas.
O advogado Francisco Valadares, que defende o acusado Cícero Tenório, afirmou que não há nenhuma prova material nos autos que sustente o envolvimento do seu cliente com o assassinato do sindicalista.
As cadeiras disponibilizadas para o público passaram todo o dia completamente ocupadas e muita gente acompanha de pé o julgamento na expectativa do resultado para esse caso que se arrasta há vinte anos e que está prestes a ter um ponto final.
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