Começa a se confirmar a existência de irregularidades na obra do polêmico portal da entrada de Xapuri (Clique aqui e leia mais), estrutura que é considerada a menina dos olhos da administração do prefeito Vanderley Viana.
Inquérito Civil Público instaurado pelo Ministério Público Estadual investiga o favorecimento da empresa responsável pela execução dos serviços ou, no mínimo, a não observância dos termos da legislação quanto à realização do processo de concorrência pública.
Outro promotor, Rodrigo Curti, em virtude das denúncias, já havia pedido o embargo da obra, medida que não foi aceita pelo juiz que analisou o pedido, que considerou que mais prejuízos seriam causados ao município.
Se detalhes como esse fossem observados desde o início da administração do prefeito Vanderley Viana, certamente teria acontecido o mesmo com a construção do Centro de Cultura e Lazer Caleb do Nascimento Mota, alvo de denúncias parecidas com as do portal, além de outra, que acusava a prefeitura de utilizar madeira de castanheiras na obra. Nada foi devidamente averiguado e ficou o dito pelo não dito.
Assim também aconteceu com autorizações para que pessoas edificassem bares e lanchonetes em praça pública, sem consulta à câmara e sem concorrência nenhuma. Atitudes de flagrante desrespeito às leis municipais e à autoridade do Poder Legislativo que, em realidade, muito pouco esteve preocupado em cumprir com o seu verdadeiro papel, muito menos se fazer respeitado e impor sua autoridade fiscalizadora legitimamente constituída.
Na verdade são inúmeras as ocasiões em que o comportamento dessa administração fere os preceitos, agride os bons costumes e passa por cima de tudo e de todos em nome de interesses escusos e obscuros. Junto a isso, uma imensa capacidade do conjunto da sociedade em aceitar inerte uma situação gritante de descontrole e de falta de transparência quanto aos atos do prefeito e sua trupe desvairada.
Voltando à questão do portal, de acordo com o promotor Mariano Jeorge, da promotoria de Xapuri, o inquérito está em fase de conclusão e deverá ser finalizado em um prazo de 30 dias. Segundo ele, confirmadas as suspeitas, o MP tomará de imediato medidas para responsabilizar e punir os responsáveis.
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