Maxsuel Maia
O cenário político xapuriense esquentou de vez nos últimos dias. Acordos, fofocas, rasteiras, surpresas e cinismo são alguns dos ingredientes que vêm ajudando a montar o caldeirão efervescente que explodirá com as convenções dos partidos no próximo mês.
Um dos fatos mais novos é a rebeldia do PSC daquela missionária que me nego até em dizer o nome, sob o risco de cometer um pecado, rebeldia essa que foi seguida por seu pupilo em Xapuri, o também religioso Oséias D'ávila, que promete candidatura própria.
Que me perdoem os mais ingênuos, mas, cá pra nós, não consigo enxergar legitimidade alguma nesse suposto rompimento de Oséias com a turma do Manelão, é muito tempo de amizade, negócios e interesses comuns, para serem jogados fora só por causa da Missionária. Parece-me improvável uma eleição em Xapuri com Oséias de uma lado e Pedro Tarauacá de outro. Seria como aquela musiquinha: "Avião sem asa, fogueira sem brasa, sou eu assim sem você..."
Outro fato novo é a indicação do nome de Aílton Menezes como vice na chapa de Marcinho Miranda. Essa é o tipo da coisa que só acontece na minha Xapuri, e eu explico: Ailtão, o futuro candidato a vice-prefeito na chapa mais forte da oposição é marido de uma secretária municipal do prefeito Bira, isso mesmo, o mesmo Bira que provavelmente concorrerá à reeleição. Essa é de lascar, pra dar nó na cabeça de qualquer analista político. Independentemente disso, Aílton Menezes é um empresário respeitado, de família tradicional e que vem para somar forças com o pecuarista Marcinho Miranda, nessa que é a candidatura de oposição mais respeitada até o momento, apesar de ser a que eu, particularmente, mais temo.
Já o PSB do Manelão continua afirmando nos quatro cantos da cidade que também vem com candidatura própria, na pessoa do professor Wagner Menezes. Essa candidatura é uma incógnita, hora se fala que ela é legítima, hora se fala que o PSB vai abrir mão e apoiar o PT... no meu mundo de achismos, penso que dificilmente o Manelão botaria a cara a tapa anunciando candidatura própria e depois desistiria para apoiar o Bira. Ficaria feio, não é, deputado?
Em última análise, a candidatura menos comentada é justamente a de quem tem a mini-máquina municipal nas mãos, o atual prefeito Bira Vasconcelos. Fontes ligadas ao PT informam que com todo seu tecnicismo, discrição e frieza, o candidato à reeleição não vem conseguindo empolgar nem mesmo os mais "doentes" dos petistas xapurienses. Em conversa recente com um "amigo-doente-petista" ouvi a seguinte afirmação: " Não esquenta, na hora certa o Bira vai acordar, se ele não acordar a gente cai na rua pelo PT, o partido é maior do que ele".
Resta esperar.
Maxsuel Maia é xapuriense dos bons. Escreve eventualmente no blog Maxsuel Xapuri.
Nenhum comentário:
Postar um comentário