terça-feira, 1 de maio de 2012

Eleições 2012: as disputas e os espaços

Stalin Melo

Bira Vasconcelos (PT) tentará a reeleição com a força política do governador Tião Viana e terá como adversários políticos, além do pecuarista Marcinho Miranda (PSDB), também o professor Wagner Menezes (PSB), pré-candidato lançado pelo deputado estadual Manoel Moraes.

As eleições municipais de 2012 serão peculiares e por diversas razões. Pela primeira vez, em muitos anos, os partidos de oposição trabalham com a real expectativa de ganhar as eleições municipais no maior colégio eleitoral do Estado, a capital. Soma-se a isso a engenharia que os partidos fazem para ter aquilo que a frente popular conquistou há muito tempo, a unidade.

Mas os dirigentes fazem uma avaliação superficial e os oposicionistas partem da premissa de que ganharam as eleições em Rio Branco em 2010 e possa como numa conta matemática, também ganhar agora em 2012. Uma falsa leitura. Afinal, os partidos e lideranças que estiveram ao lado do tucano Tião Bocalom ao governo estarão fora do seu palanque agora.

Mas um fato é inegável. A frente popular, que ainda conta com a forte unidade dos seus partidos, não entra na disputa mais como a franca favorita, embora tenha uma grande força política na capital e nos municípios. Tem um bom candidato, o diretor do Deracre Marcus Alexandre, que tem se mostrado um bom técnico, mas que nunca foi testado nas urnas.

Não é apenas isso. A frente popular não entra mais como favorita em vários outros municípios acreanos, embora seus candidatos estejam cotados para assumir prefeituras a partir do próximo ano. O resumo de tudo é que as eleições de 2012 não será o desastre para os governistas anunciado pelos partidos de oposição e nem o jardim de flores que desejava os partidos da frente popular.

A oposição, aliás, ainda engatinha quando o debate gira em torno da unidade. Como não estarão unidos em Rio Branco, também não deverão estar em vários outros municípios. Sem falar que a expectativa de crescimento dos partidos não se dará em decorrência de suas organizações internas, mas de uma insatisfação generalizada e que em nada tem a ver com o surgimento de novas lideranças do lado da oposição.

Por seu turno, a frente popular ainda agrega muitas lideranças capazes de fazer a diferença no plano político e eleitoral. Deixou a desejar em muitos aspectos ao longo dos anos, mas é fato que as transformações e os investimentos realizados, serão fatores que deverão pesar na hora da decisão do eleitor.

O que vai acontecer no dia sete de outubro, apenas o eleitor sabe, mas de antemão, o mapa político acreano não será mais o mesmo. Nem para frente popular e nem para os partidos de oposição. A julgar pelos méritos de uns e pelo salto alto de algumas lideranças, o mais provável é que o bolo do poder fique ainda, mais fatiado do que o resultado das urnas de 2008.

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