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O secretário de Comunicação do Palácio Rio Branco, Leonildo Rosas, disse que a “democracia do Acre não pode se sobrepor à democracia do Pará e do Amazonas”. A declaração é uma forma de embasar o veto da presidência da República ao Projeto de Lei Suplementar (PLS 91/2011) que restabelece a diferença de duas horas do Acre em relação a Brasília.
Para Rosas, o PLS não poderia incluir Pará e Amazonas já que a população destes Estados não foi consultada. Quando a lei que estabeleceu a atual hora (apresentada pelo então senador Tião Viana) em 2008, além do Acre, sul do Amazonas e sudoeste do Pará tiveram suas diferenças horárias reduzidas.
Apesar disso, Leonildo Rosas afirma que o governador Tião Viana respeita a vontade da população acreana e é a favor da validade do resultado do referendo realizado em outubro do ano passado. “A posição do governo do Estado é a de que a vontade do povo do Acre deve ser sempre respeitada”, afirmou ele.
Rosas fez questão de atribuir ao vice-presidente Michel Temer, do PMDB, a responsabilidade pelo veto. Diferentemente de Brasília, PMDB e PT no Acre não dividem o mesmo espaço político. O deputado federal Flaviano Melo (PMDB) esteve entre outro importante articulador para a volta do antigo fuso.
De acordo com o secretário, a oposição usa o debate do fuso horário como bandeira partidária para tirar vantagens eleitorais. “A oposição não pode mais se ancorar no horário, ela precisa apresentar um projeto alternativo ao da FPA.”
Questionado se o veto presidencial teria sido uma retaliação ao Acre por conta do desempenho de Dilma Rousseff em 2010, Leo Rosas descartou esta possibilidade. O secretário elencou uma série de investimentos do governo federal que contrapõem a suposta retaliação.
Além disso, Leonildo Rosas descartou influencias políticas de Tião Viana e Jorge Viana ante o Palácio do Planalto para o veto.
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