quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Ainda a polêmica dos bancos

Nota do funcionário do Basa em Xapuri, Luis Celso:

Raimari,

Companheiro desculpe-me contradizê-lo, mas em momento algum eu fui irônico e deselegante em minha resposta a seu comentário a respeito do feriado de Natal e os bancos em Xapuri. Mas é um direito seu acreditar nisso.

Aprendi com o Armando Nogueira que um jornalista não pode tão somente acreditar naquilo em que vê momentaneamente e muitíssimo menos no que ouve de terceiros. Para o melhor dos jornalistas recomenda-se sempre uma reportagem investigativa.

Para a Walcicleidy, quando ela lhe provou o que aqui escrevi anteriormente, você prometeu retratar-se segundo as palavras dela. Mas preferiu atacar-me. Porém de forma errada. Está interpretando ao seu modo puramente pessoal o meu texto e mais uma vez não procurou escutar a outra parte, que nesse caso agora sou eu.

Caso me perguntasse, como outras pessoas que me telefonaram, saberia que eu concordaria plenamente com qualquer indignação. Sendo possível resolver algum problema até sairia da minha casa, como já fiz em várias ocasiões, para atender a algum cliente em relação a bloqueio de cartões. Mas senhas indevidas fogem a minha alçada, como expliquei para alguns clientes.

Mas fica bem claro que em outros natais ou feriados longos não ocorreram quaisquer problemas com os caixas do auto-atendimento do Banco da Amazônia.

Sim, também o sistema de ar-condicionado do local já está funcionando plenamente. As irregularidades do sistema de energia elétrica da nossa Cidade danificou os dois aparelhos. Dependemos para os devidos reparos de técnicos da Empresa Coldar, de Rio Branco,como várias instituições daqui de Xapuri e também de Brasiléia. Fato plenamente conhecido.

De qualquer forma Raimari não contestei a sua nota, apenas apresentei os esclarecimentos devidos em relação ao assunto e, não lhe conhecendo, transcrevi trechos que indicariam os meus devidos cuidados com as regras por você estabelecidas. E posteriormente visitando a Agência lhe foi comprovado os erros do seu texto em relação ao Banco da Amazônia.

Agora, para uma análise pessoal é preciso um contato real entre as duas partes. Por isso até esta data não me referi em debates escritos a outra parte como "irônica", "que está no setor errado", ou expressões correlatas, porque palavras são palavras e cada um as interpretam os seu ponto de vista.

Acredito no que disse o poeta: "A vida não é só isso que se vê, é um pouco mais."

Abraços,

Luis Celso.

Comentário meu: Caro Luis Celso, posso não concordar com nada do que você diz, mas defender o seu direito de expressar sua forma de pensar e garantir, como aqui o faço, o seu direito de resposta são alguns dos princípios que regem minha conduta profissional. Esclareço, porém, que minha nota sobre essa questão chata e já cansativa dos bancos se tratou de um mero comentário, uma opinião baseada em fatos, porém, em um blog, ou seja, um diário pessoal na internet.

Reconheço que em razão da profissão que exerço há 23 anos, o blog que assino tomou dimensão em Xapuri e no Acre de um importante veículo de comunicação. Isso, evidentemente, me obriga a ter certos cuidados quanto aos princípios do bom jornalismo quando veiculo qualquer texto informativo. No entanto, não me vejo obrigado a abrir mão de simplesmente opinar ou manifestar meu sentimento com relação a problemas inveterados, como são esses relacionados aos bancos.

Certamente, você seria a última pessoa de quem tomaria aulas de jornalismo, mas atento às suas lições, lhe digo que aquilo que vejo momentaneamente para mim é fato, uma vez que os acontecimentos não são estáticos. No momento em que clientes do lado de fora da agência informaram a inoperância dos equipamentos, um fato a ser averiguado, entrei e constatei que as telas estavam escuras enquanto duas pessoas não conseguiam realizar saques. Fato.

Outra coisa é que Walcicleidy Monteiro não provou nada com relação ao que você escreveu anteriormente, apenas forneceu algumas explicações baseadas no sistema que bateram, sim, com as que você registrou em seu comentário, mas isso não necessitava de comprovação. Minha nota não tratava disso, mas unicamente do fato de os caixas eletrônicos não estarem funcionando às 10 horas da manhã do sábado (24), momento em que estive na agência.

A tesoureira da agência admitiu a possibilidade de ter havido um problema momentâneo, uma vez que quanto ao funcionamento normal dos caixas no restante do final de semana isso foi devidamente comprovado. Não prometi a ela me retratar de qualquer coisa segundo suas palavras, não considero que tenha cometido qualquer erro, mas a consultei sobre quais informações fornecidas por ela gostaria de ver publicadas. “Fica a seu critério”, respondeu.

Meu critério foi publicar as informações suficientes para explicar que os caixas eletrônicos da agência do Basa funcionaram normalmente durante o final de semana, deixando claro que houve um problema no sábado pela manhã que foi testemunhado por mim e cuja possibilidade foi admitida pela tesoureira da agência. Fiz questão também de deixar claro que os problemas causados pelos bancos a seus clientes não dizem respeito ao desempenho dos funcionários das agências bancárias, a maioria dos quais são profissionais competentíssimos.

Considerei que isso fosse o bastante para por fim à tempestade criada no interior de um copo d’água. Mas não foi. Eis que retorna o bravo Luis Celso para tachar de mentiroso um nativo desta vila, afirmando que “em outros natais ou feriados longos não ocorreram quaisquer problemas com os caixas do auto-atendimento do Banco da Amazônia”. Tenha santa paciência, Luis Celso, consulte seus colegas de trabalho sobre quantas vezes eles foram chamados à agência para resolver problemas relacionados aos caixas eletrônicos em outros finais de ano.

No mais, Luis Celso, além de lhe desejar um próspero ano de 2012, com muita paz, amor e harmonia em sua família, quero lhe dizer que, para mim, todo funcionário de um banco estatal pertencente ao governo federal, independentemente do regime a que esteja submetido, será sempre um servidor público. Mas é um direito seu se sentir como quiser.

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