O jornalista Archibaldo Antunes afirma que um leitor (ou leitora) postou o seguinte comentário no seu blog Xapuri Verdade:
Ao Raimari,
Já se passaram quase quarenta dias, e neste momento peço-lhe que publique e divulgue, não somente aqui como na emissora em que você trabalha, se melhorou o Hospital de Xapuri. Pelo menos as grávidas poderiam ser atendidas aqui mesmo. E agora que Elas têm que ir ao Município de Brasiléia se não quiserem ir a Capital?O que vc tem a dizer? Se a culpa era da Aucelina, agora a culpa é de quem?Você que fez tanta questão de quimar (sic) a imagem da Aucelina, por que fechou a boca agora?Por acaso vc foi visitar o prédio e observou o que foi melhorado?
Comentário do blog (do Archibaldo): Não estranho que o leitor (ou leitora) tenha postado seu comentário aqui, mesmo que dirigido a quem possui um blog. Pois ao contrário da postura que se adota neste espaço, o Xapuri Agora, do radialista Raimari Cardoso, prefere censurar as opiniões que lhe são contrárias ou que contrariam a política que o autor defende. Eu mesmo tentei, sem sucesso, postar dois ou três recados lá depois que Raimari postou os seus aqui. Em vão. A opinião única, o monólogo que não admite réplica se consolidaram no reino do petismo, em detrimento da liberdade de expressão. E esse comportamento é reproduzido por todo militante que têm acesso aos jornais ou toca por conta própria uma simples página na Internet.
O anônimo achou mais fácil obter uma resposta minha formulando a pergunta através do site “Verdade do Archibaldo”, mesmo conhecendo o endereço do meu blog e o telefone da Rádio Educadora 6 de Agosto, divulgado todos os dias na programação. Vamos, então, às respostas:
Passados quarenta dias, o hospital encontra-se em obras de reforma de sua estrutura física, que devem ser concluídas em um prazo aproximado de 45 dias, de acordo com a direção. Após esse prazo será possível dizer se nesse aspecto alguma coisa mudou para melhor ou não. Entre as promessas de melhoria na oferta de equipamentos, a nova gerência informa que consta a aquisição de um aparelho de ultrassonografia para atender minimamente as grávidas do município. Para fechar esse ponto, informo que duas matérias sobre o assunto já foram veiculadas através da Rádio Educadora 6 de Agosto, Difusora Acreana e etc.
Quanto à ex-gerente do hospital, Aucelina Oliveira, me mostrem quando eu disse que a culpa do que quer que seja seria dela. Em que momento "queimei" a imagem da gestora? Apresentem alguma matéria publicada ou comentário feito nesse sentido. Garanto que não encontrarão, porque atrás desse sujeito que lhes escreve essas linhas existe uma porção mínima de moral e caráter herdada de seus antepassados, que infelizmente não consta entre os princípios de alguns poucos cafajestes que, com respeito ao leitor, procuram toldar a visão dos menos avisados. Pelo contrário, o que sempre fiz foi garantir à Aucelina espaço nos veículos de comunicação para os quais trabalho, para que ela pudesse, por algumas oportunidades, defender a instituição de acusações de negligência e erro médico supostamente ocorridos naquela unidade de saúde.
Archibaldo assinou, em data que não me recordo, matéria publicada no portal Ac24horas, na oportunidade da polêmica gerada pelo anúncio do CRM de que poderia interditar o hospital de Xapuri, dando conta de que, convocada à Câmara, Aucelina teria confirmado que uma paciente morrera após o parto pelo fato de não haver uma ambulância de prontidão e sangue do tipo da paciente que foi submetida a uma cirurgia de emergência. Em uma matéria publicada em seguida, contestei a afirmação supostamente feita pela diretora, pelo fato de que essa, à época dos fatos, acompanhada de um dos médicos do hospital, Luis Eamara Vargas, garantiu publicamente que a morte da moça havia sido uma mera fatalidade. Como essa afirmação poderia mudar de repente? Questionei.
O que fiz foi apenas buscar a verdade. A estudante faleceu em razão de negligência ou fatalidade? O hospital estava em condições precárias de atendimento como constatou o CRM ou funcionava normalmente como me havia informado a gerente? Aucelina afirmou posteriormente que Archibaldo haveria distorcido suas palavras com o fim de lhe prejudicar e que a matéria poderia fazer parte de um plano engendrado por ele e pelo procurador jurídico do prefeito para causar polêmica em torno da questão do hospital. Isso me foi dito no portão de sua casa. Publiquei.
Passados alguns meses, ocorridas algumas mudanças de posicionamentos, o culpado mudou de nome, principalmente depois que divulguei a suspensão do curso de enfermagem dirigido por Aucelina em Xapuri, que de acordo com a Gerines - Gerência de Registros e Informações Escolares da Secretaria de Estado de Educação - estava irregular no município. O que era fato se transformou em tentativa política de prejudicar o curso. Convidada à Rádio Educadora para falar sobre o assunto e responder porque o CETEAC deu início a um curso na cidade de forma irregular, Aucelina não compareceu. O vereador Erivélton Soares foi testemunha do convite e da recusa.
Encerro dizendo que nada tenho de pessoal contra Aucelina, pelo contrário, tenho por ela uma sincera consideração motivada pela longa convivência social e pela maneira sempre cordial e amigável que me atendeu profissionalmente, na condução do hospital, onde considero que se saiu muito bem como administradora, apesar das dificuldades e deficiências que afetam o sistema de saúde não somente em Xapuri. Se mágoas e ressentimentos existem, não são de minha parte. E se da parte de Aucelina existirem rancores, com certeza estão sendo alimentados por aqueles que até pouco tempo lhe atiravam pedras.
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