segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Abuso sexual pode estar também na escola

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Agência de Notícias - MP/AC

Alunos do Colégio de Aplicação (Rio Branco) são orientados a identificar professores abusadores pela presidente estadual do Conselho Estadual da Criança e Adolescente, que trabalha com casos de abuso sexual nas escolas. Os estudantes foram orientados a diferenciar a atenção desinteressada da manipulação, sendo instadas a denunciar através do Disk-100, que aceita denuncia anônima forca a investigação imediata dos casos.

Uma criança é abusada a cada 5 minutos no Brasil. Muitos casos são registrados também nas escolas. Por isso o foco da palestra no Colégio de Aplicação foi a identificação de abusadores no âmbito escolar. “Um professor ou funcionário de escola pode usar da autoridade para abusar da criança, por isso e necessário ficar atento e aprender a distinguir o tratamento gentil do mal intencionado. Professor não pode pedir foto de estudante sem ou com pouca roupa, pegar alunos no colo, nem passar a mão”, orientou  a psicóloga e presidente do Conselho Estadual da Criança e do Adolescente, Inês Jahlul.

Jahlul que a partir de agora integrara o programa de combate a pedofilia e exploração sexual desenvolvido pela deputada federal Perpetua Almeida e pelo Ministério Publico do Estado do Acre, através da Promotoria da Criança e do Adolescente. As palestras semanais, com distribuição da cartilha contra o abuso sexual de meninas e meninos, tem por objetivo prevenir os casos e ajudar a identificar os já existentes.

“Em toda a escola onde a gente passa encontra casos de abusos.Em uma delas, as professoras perceberam que duas irmãs, uma de 9 anos outra de 10 tinham um comportamento esquivo e notas baixas. Depois de varias tentativas, conseguiram obter delas a confissão que quando a mãe saia para trabalhar, o padrasto abusava delas. A mãe foi chamada e em vez de denunciar o abusador tirou as meninas da escola. E isso que a gente quer evitar com esse programa. Queremos os abusadores na cadeia e nossas crianças livres, não o contrario”, desabafou Perpetua.

Outra preocupação manifestada pela presidente do Conselho Tutelar, Liberdade Leão, é com o alto índice de exploração sexual de adolescentes praticada nas vizinhanças do terminal urbano, onde existem uns fossos usados para a pratica de relações sexuais com adolescentes. “Essa situação e gravíssima e o ponto de encontro e o terminal urbano. Temos conhecimento que alguns adolescentes deixam de ir para a escola para ter encontros sexuais, gerenciados por adultos. Algumas ate são deixadas na porta da escola pelos pais e em vez de assistir as aulas fogem para o terminal. A situação e degradante. Nas proximidades do terminal, na barranca do rio, existem uns buracos cavados na terra, que são usados para encontros sexuais de bêbados e drogados que perambulam pelo terminal”, destacou a presidente.

O promotor Almir Branco do MPE, enfatizou a necessidade de atenção principalmente em relação a com quem se relacionam na internet. A rede e utilizada por uma quadrilha de trafico humano para fins sexuais, contra a qual a Promotoria da Justiça e Infância luta, “Recentemente conseguimos chegar a uma localidade dentro do Peru, onde 30 adolescentes estrangeiras (não peruanas), estavam sendo mantidas em cativeiro, obrigadas a se prostituírem. A organização criminosa tem vários braços e tenta alcançar os adolescentes e pré-adolescentes, usando principalmente as salas de bate-papo, as redes sociais para ganhar a confiança dos jovens e depois sequestrarem. Por isso peco aos jovens que tomem cuidado e aos pais para que monitorem os passos de seus filhos. Nossas palestras não são para assustar, mas para garantir uma vida saudável para os jovens e crianças e, claro pedir ajuda para que nos ajudem a colocar os criminosos na cadeia, que e o lugar deles”, explicou o promotor.

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