sábado, 27 de agosto de 2011

A BR-364 e a oposição

Ermício Sena

Oportunismo e irresponsabilidade. É assim que deve ser classificada a oposição do Acre com relação à eventual instalação de uma CPI do DNIT no Congresso Nacional.

Dizer que não é contra as BRs é fácil. Difícil vai ser afirmar que é favorável à sua conclusão. Quando era do seu interesse, membros da oposição defendiam a construção e conclusão da BR, agora querem embargá-la porque sabem que os governos da Frente Popular do Acre irão concluí-la.

O cálculo que a oposição faz é simples: eles, os oposicionistas, sabem que, no atual estágio da obra, com suas pontes quase todas concluídas, recursos próprios do governo estadual serão utilizados em outros programas nas cidades do Acre. A estratégia é tentar inviabilizar a manutenção da vinda de recursos federais para o Acre.

Esqueceram-se de combinar com a presidente Dilma Rousseff, que já afirmou ser compromisso de seu governo manter os investimentos no Acre. A vinda do ministro dos Transportes para inauguração da Ponte da União, em Cruzeiro do Sul, é a prova inequívoca desse compromisso.

Como o governador Tião Viana iniciou uma nova fase de consolidação do bem-estar das populações das cidades, através de programas como o Ruas do Povo, o sinal de alerta para a oposição foi aceso.

A irresponsabilidade é tanta que já conseguiram conectar as duas coisas - votaram contra a obtenção de empréstimo do Acre junto ao BNDES para dar sequência ao Ruas do Povo e criaram um comitê para saber em que foram investidos os recursos que vieram para o Acre.

O interessante é que poucos Estados têm um sistema de transparência tão eficaz como o do Acre, inclusive publicando no site para esse fim os gastos em todos os seus setores. Portanto, é inócua a reivindicação de transparência dos nossos governos.

A política do “quanto pior, melhor” aflorou de vez. Esse comportamento é típico do desespero de quem está numa situação de observador do avanço de uma força política como é a FPA.

Orientado por nossas lideranças, nosso movimento deverá ser em duas direções. A primeira é a do bom combate que devemos travar com as inverdades, reafirmando nosso compromisso com a cidadania nas suas várias dimensões.

A segunda direção que podemos dar é no sentido de dialogar com as pessoas, mostrando nossas realizações nos vários setores, como estradas, saúde, educação, segurança, setor produtivo, entre outros.

Não podemos negligenciar em fazer a disputa política com esse tipo de oportunismo. A irresponsabilidade se combate com verdades e realizações.

Não podemos esquecer que membros dessa oposição são os mesmos que, quando estiveram no governo, quebraram o Estado. Quem não se lembra da famigerada conta Flávio Nogueira, do apartamento comprado no Rio de Janeiro com dinheiro público, do enriquecimento ilícito de gestores do passado recente, da eterna novela para a construção do Canal da Maternidade e da própria BR-364, dos salários atrasados, do desvio da alagação?

Nós, da Frente Popular, temos realizações e verdades para revelar. Não temos medo do debate nem da ciumeira gerada por nossos avanços. Vamos à disputa com o mesmo vigor que sempre nos caracterizou.

Ermício Sena é secretário adjunto de Segurança Pública, professor da Ufac e membro do Diretório Estadual do PT/AC.

3 comentários:

Maxsuel Xapuri disse...

Respeito os argumentos do Ermício, mas, se existem índicios de desvio de verbas e superfaturamento das obras, uma investigação aprofundada tem que ser iniciada e logo, afinal, estamos falando de dinheiro público, do nosso dinheiro. Se a CPI for o melhor caminho de investigação, que se instale a CPI.

Maxsuel Xapuri disse...

Respeito os argumentos do Ermício, mas, se existem índicios de desvio de verbas e superfaturamento das obras, uma investigação aprofundada tem que ser iniciada e logo, afinal, estamos falando de dinheiro público, do nosso dinheiro. Se a CPI for o melhor caminho de investigação, que se instale a CPI.

Eden disse...

Não vejo nada demais uma CPI para verificar a aplicação dos recursos, ademais esse é o papel do parlamentar de fiscalizar as contas publicas e o governo deveria ser o primeiro a apoiar para mostrar que esta correto.